segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Review: Fantasy Towns – 50 Towns and Cities for Tabletop RPGs

 

Autor: Matt Davids

Editado por: www.dicegeeks.com

Suplemento muito legal e útil disponível na Amazon.com e no DrivethruRPG.com. Para o mestre que está pouco inspirado ou só quer ganhar tempo na preparação, o livro apresenta 50 cidades e vilas dos mais variados tamanhos que podem ser incorporadas em aventuras e campanhas.

Todas as 50 cidades são apresentadas com nome, introdução à cidade, mapa da cidade, tipo de governo, economia, locais de negócios, atrações, tamanho da população e sua distribuição por raças, produtos de importação e exportação e ideias de aventuras para cada uma das cidades utilizando as características apresentadas.

Então, por exemplo, temos Apuldram, uma cidade portuária que dos seus 17.000 habitantes sua maioria é humana, que importa ferro, algodão, café e chá, e exporta cominho e baunilha.


Na introdução o autor sugere que você utilize o material da melhor maneira que lhe convier: usando a cidade completa conforme apresentada, utilizando somente o mapa, somente a descrição, combinando informações, etc.

Material muito legal que já vai ser incorporado na minha campanha de Dungeon Crawl Classics.  

domingo, 17 de outubro de 2021

DCCRPG Sessão 9 Encontro inesperado no Velho Pântano

 

Sessão 9 16/10/2021

“O que vocês querem???”, perguntou a jovem mulher, de cabelos negros curtos e trajada com uma túnica vermelha que descia um pouco além de seus joelhos.

Meio desconcertados com o encontro repentino, Opie e Walcy tentam se explicar dizendo que estavam de passagem, que acompanhavam uma caravana e precisavam atravessar o pântano e que seguiam em direção à Vila da Figueira.

“Mas o que fazem fora da trilha?”, perguntou a mulher, ao que Walcy responde: “Ouvimos sua canção...”. Sem muito esperar, Opie emenda: “Meu tio Portius, quando eu era criança, contava que existia uma bela mulher que vivia no pântano e que conhecia as artes das ervas e poções... você é essa mulher?”.

O semblante severo se torna de surpresa e ela diz: “Você mencionou o nome de um velho amigo, que há muito não vejo ou não tenho notícias. Sim, conheço as ervas e raízes do pântano e delas preparo poções.”

Conversam por algum templo e entre alguns galanteios de Opie descobrem que se chama Anastasia, vive nas proximidades e negócia com caçadores e viajantes que passam pelo pântano. Tem um chá que poderá ajudar na febre de Alcebíades. Seguem pelo pântano até a casa de Anastasia.


Chegam então até uma pequena cabana, suspensa por troncos a cerca de 1m do solo. Em seu interior, um único cômodo, uma larga lareira que ocupa a extensão de uma parede, alguns caldeirões de tamanhos diferentes estão no fogo. Um cheiro doce e agradável se espalha pelo ar, é um chá relaxante que Anastasia oferece a seus visitantes. Imediatamente após experimentá-lo, Opie e Walcy sentem os músculos relaxarem e um pouco do cansaço se vai. O restante das paredes é coberto por estantes simples e prateleiras, ocupados com frascos e cestos que parecem estar repletos de folhas e raízes. Conversam um pouco, e Opie descobre que já faz cerca dez anos desde a última vez que Portius esteve com Anastasia, e que ele e seus companheiros estariam indo realizar algum tipo de trabalho numa cidade chamada Exodia.

Na caravana, Colegal e Jorah tiveram um pouco de trabalho para encontrar galhos secos e firmes o suficiente para erguer a carroça e o solo úmido não ajudou o trabalho, mas agora a troca da roda está praticamente concluída. Já faz mais de 40 min que Opie e Walcy haviam entrado no pântano e Fardulf sugere que sigam em busca dos companheiros. Andras empresta ao hobbit um pequeno martelo para ajudá-lo a se armar. Fardulf, Urhan, Gallar e Andras seguem na direção onde Urhan havia detectado magia,  encontram pequenos buracos na base de uma árvore e Andras descobre pegadas que seguem pelo pântano. As pegadas seguem até determinado ponto onde o solo se torna uma grade poça, e não há mais rastros a seguir. Andras tenta que o Cão fareje por sinais de Opie e Walcy, mas não têm sucesso. Urhan usa sua luneta para tentar descobrir algo sobre os arredores, e enxerga a alguma distância a frente uma sutil coluna de fumaça. Resolvem seguir adiante.

Anastasia explica aos agora relaxados Opie e Walcy que no momento só tem disponíveis para venda algum emplastro cicatrizante, um preparado com cogumelos azuis que ajuda a acelerar o descanso das pessoas e chá que ajudaria a baixar a febre. Nesse instante ouvem batidas na porta de Fardulf, que rapidamente é apontado como ele, e os demais que se encontram na base da pequena escada, como companheiros de viagem. Todos se apresentam e Anastasia oferece aos demais um pouco do chá relaxante.

Os viajantes só dispõem de dinheiro para comprar o chá que ajudará a baixar a febre de Alcebíades. Anastasia diz que tem interesse em fazer trocas com viajantes e diz que precisa de cravo, canela, bacon e musgo que nasce nas rochas à beira do rio que banha Vila da Figueira. Em sinal de boa fé, e pela lembrança que Opie trouxe de um velho amigo, ela entrega ao artesão de cordas um emplastro e dois cogumelos azuis, com o compromisso de retornarem com um pouco de suprimentos no futuro.

Os aventureiros retornam à caravana já no fim da tarde, e são recebidos com reclamações de Rosco e preocupação de Jeremias, que estavam angustiados com o atraso da viagem. Seguem então por mais algum tempo o caminho de terra, e param para acampar no início da noite. Turnos de guarda dois a dois são combinados.

Já no meio da madrugada, Fardulf e Gallar estão de guarda, quando o hobbit nota uma iluminação adiante no pântano. Com sua capacidade de visão no escuro, ele presta atenção e nota dois pequenos vultos, provavelmente agachados no meio da vegetação. Comenta com Gallar, mas preferem continuar observando. Os vultos se adiantam um pouco. Fardulf dá alguns passos na direção dos vultos, quando do meio da vegetação duas flechas vêm em direção aos aventureiros. Fardulf desvia, mas Gallar é atingido no ombro. Começam a chamar pelos companheiros e se preparam para receber no acampamento invasores vindos do pântano, Fardulf tenta arremessar seu martelo nos vultos. Mas do pântano tudo o que vem são mais duas flechas, e o anão é mais uma vez atingido. O grupo tenta se organizar: Urhan lança um galho que estava na fogueira para dentro do pântano e Fardulf joga seu frasco de óleo na mesma direção. Mais duas flechas, sendo que uma delas atinge Urhan de raspão. Gallar, Eldaryon e Jeremias vão em direção das carroças para se abrigar. Fardulf tenta olhar o entorno do acampamento, e nota que um número maior de vultos está se afastando das carroças. Ele grita: “Estão nos distraindo, estão roubando as carroças!!!!!!”

Gritos agudos e estridentes vêm do pântano, Andras tenta se esconder na vegetação para identificar os inimigos e Opie não tem sucesso em subir numa árvore. Com o alerta de Fardulf, alguns dos aventureiros tentam olhar a escuridão nas proximidades das carroças e agora identificam um único e pequeno vulto se afastar do comboio, carregando sobre a cabeça a gaiola do peru que havia feito amizade com o hobbit nos últimos dias. O vulto escorrega na lama e cai, rapidamente se levanta e volta a colocar a gaiola sobre a cabeça e começa a correr.


Fardulf grita: “Meu peru!!!! Ele tá roubando o meu peru!!!!!!!”

Opie e Andras, agora empunhando um galho da fogueira como tocha, saem em disparada atrás da pequena criatura, que parece olhar para trás enquanto corre.... distraída ela vai direto na direção de uma árvore e se choca contra o tronco.


Mesmo que não tivessem alguma iluminação Opie e Andras facilmente encontrariam a criatura que berrava de dor pelo encontrão, e ao ver os dois aventureiros, grita: “Não me machuquem!!!! Não machuquem!!!! Iga é bonzinho!!!!!!”.  

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

ARKHI - Brainstorm RPG - Playtest 2ª Temporada Ep. 04

 
 E lá vai mais um relato da segunda onda de playtests do cenário ARKHI, desenvolvido pelo mestre Samuca do BrainstormRPG.

Esse sensacional registro foi feito pelo  Felipe Samedi (Instagram:@felipesamedi)

 Curtam aí!!!!!!

  "Um dia minha alma se tornará tão negra quanto as areias deste deserto ?
Eu pensava nisto montada em Orias, minha Yeldra roubada dos habitantes da Cidade de Ossos, enquanto acompanhava um grupo de aventureiros humanos.


Estávamos famintos, o clarão ofuscante do amanhecer havia passado a pouco e ao iniciar a marcha naquele corredor entre dunas, ouvimos um estranho som de mastigação...
Aparentemente uma criatura se alimentava, semi enterrada na areia, eu não pretendia incomodá-la, mas um de meus companheiros, levado pela fome, ou talvez, pelo caos em sua mente, arremessou uma lança na direção do barulho com a esperança de conseguir abater uma presa facilmente...
NADA é fácil em Lumn, da areia saltou um imenso Diabo Branco, maior que qualquer um de nós. A criatura, irritada por ter sua alimentação interrompida, nos atacou.
 

Arte: Yuri Perkowski

 

Cada um dos viajantes correu para um lado diferente, o velho sacerdote que estava próximo de minha yeldra, tentou subir nela, eu tentei ajuda-lo, mas foi em vão, o animal se assustou com a chegada da criatura, avançou correndo me levando em seu dorso e deixando o velho para trás.
O demônio se atracou ao sacerdote e nós começamos a atacar a distância arremessando pedras e facas, mesmo sendo constantemente alvejado o monstro não largava o homem que por sua vez berrava pedindo para que nós fossemos embora, deixando-o, pois seu destino estava selado, sua carne e sangue seriam consumidos por aquele diabólico horror marmóreo.
Já presenciei saqueadores fugirem por menos, mas havia muito tutano nos ossos daqueles humanos, forte é a fibra em seus músculos, pois se mantiveram firmes, fosse pela comoção com a coragem do amigo que se sacrificava, fosse pelo ódio ou simplesmente pela loucura da fome, todos meus companheiro continuaram a atacar, comigo entre eles.
Um deles teve a audácia de puxar o homem ferido para trás, tomando a frente na luta corporal contra o demônio. Por sorte, o monstro estava mais lento que o normal, já que havia se alimentado a pouco. Nossos ataques surtiram cada vez mais efeito, até que um outro sacerdote, convocando a benção de Nagual, arremessou uma pedra de boleadeira com força e perícia o suficiente para atravessar o crânio do inimigo. Um feito impressionante, o próprio Nagual deve ter guiado seu projétil.
Demônio abatido, milagrosamente todos estávamos vivos, incluindo o velho sacerdote que involuntariamente havia servido de isca. Os deuses que nos perdoem, caiamos sobre o corpo daquela criatura profana como abutres na carniça. Nos momentos seguintes esqueci minha herança élfica e me juntei à aqueles humanos naquele festim sangrento.
Arrancamos as escamas da criatura para futuramente confeccionar uma armadura. Ossos, garras, chifres, tendões, viraram armas, arranquei os olhos, pois eles servem de ingredientes para poção de cura, a bexiga virou cantil, a espinha foi arrancada por pura curiosidade a respeito do que poderia ser feito com ela. Bebemos o sangue, separamos a carne para consumo, nada foi desperdiçado.
O Demônio pretendia profanar nossos corpos, pagamos com a mesma moeda, será que aos poucos nos tornamos demônios também ? 

 

Mantive isso no pensamento enquanto meus companheiros se preparavam para investigar o buraco da onde a criatura havia saído, era provável que no corpo das presas anteriores, haveria algo de valor. Infelizmente não tivemos a chance de verificar, pois o chão aos poucos começou a tremer, a princípio só um de nós reparou e nos deixou em estado de alerta, pouco depois o tremor se intensificou, fugimos da região o quanto antes e ao longe vimos que todo aquele local fora engolido por um imenso Vorme de areia.


Aquele foi o segundo grande perigo do dia e o primeiro quarto da manhã ainda não havia acabado, a vida é intensa em Lumn.
Mantivemos o sacerdote ferido em cima da yeldra e assim prosseguimos a marcha, logo nos aproximamos do imenso paredão de pedra. Aquela maligna montanha de formação estranha, artificial. Eu já havia entrado em contato com a hostil tribo que vive ali, avisei meus companheiros sobre o perigo e contornamos o lugar faceando a parede lisa, tentando assim evitar possíveis ataques de dardos provindos de inimigos escondidos nas fissuras no alto da rocha.
 

Arte:  Carlos Castilho


 

O céu claro e sem nuvens era rasgado por estranhos relâmpagos negros e eu sentia em meu amago que aquilo era o prenuncio de algo ruim, muito ruim.
Nós nos apressamos e logo chegamos no objetivo, um oásis natural entrava em contato com lava vulcânica, a água fervia rapidamente, evaporando e subindo aos céus numa espécie de gêiser, Nós queríamos obter água, o problema era as duas criaturas de patas tentaculares que circulavam o lugar, as terríveis Anhanderas.
Um dos meus companheiros avança como batedor, logo sinaliza me chamando, me aproximo, ele havia encontrado uma bolsa de prata, caída pouco a frente, próxima da água fervente, cercada por lama negra. Combinamos de usar corda e gancho para laçar a bolsa a distância, ele voltou para pegar o equipamento, eu me mantive na mesma posição, neste interim os relâmpagos negros se intensificaram, estranhos gritos de aparente comemoração ressoaram por toda a montanha próxima, as Anhanderas fugiram mergulhando na agua e de repente... tudo se apagou.
O céu se apagou de uma maneira jamais presenciada por mim, não era como se tivesse anoitecido, não havia luminosidade embaixo, na areia, como é comum durante a noite, durante o Lumien, não havia luz, o negro tomou conta de tudo.
Eu rolei pela lama e fiquei imóvel deitada, tentando me camuflar, meus amigos ou se encostaram no paredão de pedra ou no barranco, todos tentando permanecer imóveis e não virar presa daquilo que possivelmente espreitava no escuro.
Aos poucos, do outro lado do lago fervente, uma luz se acendeu, algo grande se aproximava e emitia seu próprio brilho. Não poderíamos fazer nada, além de observar, meu parceiros tinham sorte, seus olhos humanos são pouco adaptados à escuridão, então sua visão sobre a sequência dos acontecimentos era limitada.
Eu não tive a mesma bênção, pela primeira vez amaldiçoei minha origem élfica, pois meus olhos enxergam formas, padrões de calor e frio na escuridão, então eu vi, eu vi tudo...
A criatura que se aproximava era muito grande, emitia luz, era bípede, longos braços com garras, um imenso crânio, tentáculos saindo de suas costas, se movendo em um estranho padrão. Ao mesmo tempo em que ela se aproximava, uma outra entidade ? Ser ? Deus ? Outra coisa se erguia da lama negra, saindo do centro do lago e indo em direção a primeira criatura.
Este segundo possuía um grande corpo também humanoide, muito musculoso e com dezenas de tentáculos saindo do lugar onde deveria ser a cabeça. Coberto de lama ele se aproximava do primeiro, naquilo que me pareceu um rito de bizarro acasalamento, mas antes das entidade se encontrarem, eles estranhamente foram afundando na lama. Conforme afundavam, alguns de meus companheiros ao longe começaram a levitar, a loucura continuou por alguns momentos e assim que os seres desapareceram no fundo da lama, meus companheiros flutuantes caíram ao chão e a luz voltou ao mundo, como se nunca tivesse se apagado.
Após nos recuperarmos deste evento bizarro, nos reunimos novamente, consegui laçar e puxar a bolsa de prata através da lama movediça, recuperamos desta forma, algumas moedas e uma adaga de jade, que fiz questão de guardar.
O meio do dia está próximo, mal posso imaginar o que o segundo período de Xadrah nos reserva. Momentos atrás eu espiei o possível acasalamento de Deuses, serei perdoada por isto ? Há alguma salvação em Lumn ? Só o tempo dirá...
Kamaria, elfa devota de Zenitar."

Grupo de WhatsApp do ARKHI: https://chat.whatsapp.com/Danw28jGPcw1cP8f7vxvWU

BrainstormRPG:  https://linktr.ee/brainstormrpg

Discord: https://discord.gg/bRA2jFNdhJ 

Roll20: https://bit.ly/3k0fJzo

Sistema OSE (em português):  https://ose-srd.netlify.app/

Criação de Personagem:  https://bit.ly/2Y1pOUG

 

sábado, 9 de outubro de 2021

DCC RPG Sessão 8 Chegada ao Velho Pântano

 

Sessão 8 08/10/2021

Na quase uma semana que se passou desde a libertação da Fortaleza Eldaryon e Walcy tentam aprofundar seus estudos nos pequenos spellbooks presenteados por Fastigondas. Urhan, com as orientações de Leia, começa a sentir que através de suas orações Cthulhu notou sua existência. Mas todos esses caminhos são árduos e poucas polegadas foram percorridas de uma jornada muito longa. Eldaryon, Walcy e Aithusa precisarão estudar arduamente para descobrir os meandros das artes mágicas, e Aithusa ainda não tem um spellbook. Urhan, Jorah e Andras precisam dedicar tempo às orações a seus deuses, para que a vontade dessas entidades se canalize através dos mortais.   

Com o acordo fechado entre Rosco e Jeremias, em que aos guardas da caravana seria pago 1gp por dia, por pessoa, o hobbit marinheiro começa a procurar por interessados em seguir na empreitada. De cara Jeremias chama Eldaryon, Urhan, Alex, Aithusa, Walcy e Jorah. Aithusa diz que não poderia participar dessa viagem, assim como Alex, que pretendia resolver alguns assuntos particulares. Eldaryon acredita ser interessante que Andras participe da viagem. Ouvindo pedaços dessas conversas e acreditando que na Vila da Figueira teria mais oportunidades de trabalho, Opie se oferece a Jeremias. O hobbit aceita, e sentindo falta de braços mais fortes no time, estende o convite a Gallar o anão fazendeiro de cogumelos. De última hora, Fardulf resolve deixar por alguns dias suas galinhas e fazer uma visita à Vila distante juntando-se a caravana.

Tanto os aventureiros quanto a caravana tem um dia de preparação. Alguns buscam por armaduras e jaquetas de couro, outros por armas. Opie consegue um desconto com Bill , o ferreiro que perdeu seus filhos para as vinhas malignas na Fortaleza, numa espada curta bem simples mas fica devendo um favor ao homem.

Pela manhã, o grupo se prepara para a viagem. Jeremias sutilmente examina o conteúdo das carroças: Pernas de boi e porco salgados, sacas de milho e trigo, bacon, perus, galinhas, cabras e leitões vivos, barricas de vinho e azeite.

A caravana parte, com Rosco, Colegal, Piolho de pé quebrado e já naquela hora cheirando a aguardente e Alcebíades espirrando e febril, conduzindo as carroças.


 A viagem no primeiro dia transcorre tranquilamente, com a caravana cruzado a planície próxima a Turana e ao anoitecer, já nas margens do pântano, levanta acampamento. Durante seu turno de guarda Eldaryon e Urhan ouvem um piado de coruja bem próximo. Urhan evoca o poder de Cthulhu mas não identifica magia nos arredores.

Pela manhã seguem viagem a adentram o Velho Pântano. Existe um caminho de terra que a caravana percorre e conforme vão avançando, as árvores vão se adensando e notam que se do lado direito do caminho ainda é possível enchergar o solo encharcado, do lado esquerdo o pântano se transforma num verdadeiro mar de água parada e malcheirosa. A febre de Alcebíades piorou durante a noite, e ele agora chacoalha com calafrios. Urhan tenta em vão curar o carroceiro e Walcy encontra algumas ervas que ajudarão o rapaz a dormir. Jorah toma o lugar de Alcebíades conduzindo a carroça.

Pouco depois do almoço ouvem Rosco aos berros xingar: uma roda da sua carroça havia se quebrado. Colegal se prepara para substitui-la e pede ajuda a Jorah. Repentinamente alguns dos aventureiros ouvem uma melodia vindo de algum lugar a esquerda do caminho... uma voz feminina entoa uma canção ao longe. Urhan mais uma vez chama pelo poder de Cthulhu, e além de identificar uma emanação mágica ao longe, nota que seu anel, algumas coisas em Jeremias e Walcy, e a espada de Eldaryon emanam magia.         


Walcy resolve investigar e Urhan lança uma bênção nele. Assim que o elfo põe o pé no solo encharcado, Opie o segura pelo braço e diz:  ”Meu tio dizia que no pântano vivia uma mulher que conhecia as artes das ervas e poções.... mas não lembro se essa mulher era do bem ou do mal....”. Walcy pede para Opie ir com ele então. Passando pelo charco desviando de árvores e trocos secos, a dupla avista um vulto agachado, ao se aproximarem, o vulto se levanta, revelando uma jovem mulher de cabelos negros e túnica vermelha, com um pedaço de raiz em uma mão e apontando uma pequena faca com a outra, que num tom imperativo pergunta: “O que vocês querem????”