domingo, 17 de outubro de 2021

DCCRPG Sessão 9 Encontro inesperado no Velho Pântano

 

Sessão 9 16/10/2021

“O que vocês querem???”, perguntou a jovem mulher, de cabelos negros curtos e trajada com uma túnica vermelha que descia um pouco além de seus joelhos.

Meio desconcertados com o encontro repentino, Opie e Walcy tentam se explicar dizendo que estavam de passagem, que acompanhavam uma caravana e precisavam atravessar o pântano e que seguiam em direção à Vila da Figueira.

“Mas o que fazem fora da trilha?”, perguntou a mulher, ao que Walcy responde: “Ouvimos sua canção...”. Sem muito esperar, Opie emenda: “Meu tio Portius, quando eu era criança, contava que existia uma bela mulher que vivia no pântano e que conhecia as artes das ervas e poções... você é essa mulher?”.

O semblante severo se torna de surpresa e ela diz: “Você mencionou o nome de um velho amigo, que há muito não vejo ou não tenho notícias. Sim, conheço as ervas e raízes do pântano e delas preparo poções.”

Conversam por algum templo e entre alguns galanteios de Opie descobrem que se chama Anastasia, vive nas proximidades e negócia com caçadores e viajantes que passam pelo pântano. Tem um chá que poderá ajudar na febre de Alcebíades. Seguem pelo pântano até a casa de Anastasia.


Chegam então até uma pequena cabana, suspensa por troncos a cerca de 1m do solo. Em seu interior, um único cômodo, uma larga lareira que ocupa a extensão de uma parede, alguns caldeirões de tamanhos diferentes estão no fogo. Um cheiro doce e agradável se espalha pelo ar, é um chá relaxante que Anastasia oferece a seus visitantes. Imediatamente após experimentá-lo, Opie e Walcy sentem os músculos relaxarem e um pouco do cansaço se vai. O restante das paredes é coberto por estantes simples e prateleiras, ocupados com frascos e cestos que parecem estar repletos de folhas e raízes. Conversam um pouco, e Opie descobre que já faz cerca dez anos desde a última vez que Portius esteve com Anastasia, e que ele e seus companheiros estariam indo realizar algum tipo de trabalho numa cidade chamada Exodia.

Na caravana, Colegal e Jorah tiveram um pouco de trabalho para encontrar galhos secos e firmes o suficiente para erguer a carroça e o solo úmido não ajudou o trabalho, mas agora a troca da roda está praticamente concluída. Já faz mais de 40 min que Opie e Walcy haviam entrado no pântano e Fardulf sugere que sigam em busca dos companheiros. Andras empresta ao hobbit um pequeno martelo para ajudá-lo a se armar. Fardulf, Urhan, Gallar e Andras seguem na direção onde Urhan havia detectado magia,  encontram pequenos buracos na base de uma árvore e Andras descobre pegadas que seguem pelo pântano. As pegadas seguem até determinado ponto onde o solo se torna uma grade poça, e não há mais rastros a seguir. Andras tenta que o Cão fareje por sinais de Opie e Walcy, mas não têm sucesso. Urhan usa sua luneta para tentar descobrir algo sobre os arredores, e enxerga a alguma distância a frente uma sutil coluna de fumaça. Resolvem seguir adiante.

Anastasia explica aos agora relaxados Opie e Walcy que no momento só tem disponíveis para venda algum emplastro cicatrizante, um preparado com cogumelos azuis que ajuda a acelerar o descanso das pessoas e chá que ajudaria a baixar a febre. Nesse instante ouvem batidas na porta de Fardulf, que rapidamente é apontado como ele, e os demais que se encontram na base da pequena escada, como companheiros de viagem. Todos se apresentam e Anastasia oferece aos demais um pouco do chá relaxante.

Os viajantes só dispõem de dinheiro para comprar o chá que ajudará a baixar a febre de Alcebíades. Anastasia diz que tem interesse em fazer trocas com viajantes e diz que precisa de cravo, canela, bacon e musgo que nasce nas rochas à beira do rio que banha Vila da Figueira. Em sinal de boa fé, e pela lembrança que Opie trouxe de um velho amigo, ela entrega ao artesão de cordas um emplastro e dois cogumelos azuis, com o compromisso de retornarem com um pouco de suprimentos no futuro.

Os aventureiros retornam à caravana já no fim da tarde, e são recebidos com reclamações de Rosco e preocupação de Jeremias, que estavam angustiados com o atraso da viagem. Seguem então por mais algum tempo o caminho de terra, e param para acampar no início da noite. Turnos de guarda dois a dois são combinados.

Já no meio da madrugada, Fardulf e Gallar estão de guarda, quando o hobbit nota uma iluminação adiante no pântano. Com sua capacidade de visão no escuro, ele presta atenção e nota dois pequenos vultos, provavelmente agachados no meio da vegetação. Comenta com Gallar, mas preferem continuar observando. Os vultos se adiantam um pouco. Fardulf dá alguns passos na direção dos vultos, quando do meio da vegetação duas flechas vêm em direção aos aventureiros. Fardulf desvia, mas Gallar é atingido no ombro. Começam a chamar pelos companheiros e se preparam para receber no acampamento invasores vindos do pântano, Fardulf tenta arremessar seu martelo nos vultos. Mas do pântano tudo o que vem são mais duas flechas, e o anão é mais uma vez atingido. O grupo tenta se organizar: Urhan lança um galho que estava na fogueira para dentro do pântano e Fardulf joga seu frasco de óleo na mesma direção. Mais duas flechas, sendo que uma delas atinge Urhan de raspão. Gallar, Eldaryon e Jeremias vão em direção das carroças para se abrigar. Fardulf tenta olhar o entorno do acampamento, e nota que um número maior de vultos está se afastando das carroças. Ele grita: “Estão nos distraindo, estão roubando as carroças!!!!!!”

Gritos agudos e estridentes vêm do pântano, Andras tenta se esconder na vegetação para identificar os inimigos e Opie não tem sucesso em subir numa árvore. Com o alerta de Fardulf, alguns dos aventureiros tentam olhar a escuridão nas proximidades das carroças e agora identificam um único e pequeno vulto se afastar do comboio, carregando sobre a cabeça a gaiola do peru que havia feito amizade com o hobbit nos últimos dias. O vulto escorrega na lama e cai, rapidamente se levanta e volta a colocar a gaiola sobre a cabeça e começa a correr.


Fardulf grita: “Meu peru!!!! Ele tá roubando o meu peru!!!!!!!”

Opie e Andras, agora empunhando um galho da fogueira como tocha, saem em disparada atrás da pequena criatura, que parece olhar para trás enquanto corre.... distraída ela vai direto na direção de uma árvore e se choca contra o tronco.


Mesmo que não tivessem alguma iluminação Opie e Andras facilmente encontrariam a criatura que berrava de dor pelo encontrão, e ao ver os dois aventureiros, grita: “Não me machuquem!!!! Não machuquem!!!! Iga é bonzinho!!!!!!”.  

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