sábado, 5 de fevereiro de 2022

DCCRPG Sessão 17 Terror a bordo do Viajante da Alvorada Parte 2

 Sessão 17 04/02/2022

Urhan se ajoelha na pequena rampa da caverna que leva ao centro da sala. Andras, elevando mais ainda a tocha para que esta leve sua luz mais adiante, saca vagarosamente uma das espadas que foram cedidas por Duran e a guarda da Vila da Figueira.

Diante dos dois aventureiros, no centro da grande sala que fica numa depressão em relação às demais entradas, uma imponente estátua de uma criatura humanoide com grandes asas e uma estranha cabeça de onde parte estranhos tentáculos octópodos... a figura de Cthulhu se apresenta majestosa.

Desse ambiente no total quatro aberturas projetam rampas até onde a estátua repousa. Entre as rampas, lagos de plácidas águas escuras.

Passado o choque inicial, os aventureiros notam que uma outra dupla em robes negros, estão abaixadas aos pés da estátua.

Urhan se aproxima, se ajoelha ao lado dos outros, e inicia uma oração numa língua que soa estranha aos ouvidos de Andras.

Na superfície, 10 min se passaram e Jeremias começa a se sentir incomodado. Haviam descoberto que o homem se chama Fletcher, um caçador que vive num vilarejo próximo chamado Sossego. Ele e seu filho, Dareg, costumam caçar na floresta, mas nunca haviam se deparado com o estranho buraco por onde o menino caiu. Dareg agora se sente bem, e Duran pede a Elton, o soldado da vila, que desça a procura dos outros. Jeremias, Jorah e Fardulf resolvem seguir com Elton. Opie e Gallar ficam na superfície para ajudar a vigiar.

O grupo desce, e Elton nota uma leve iluminação no corredor ao sul. Resolvem seguir para lá.

Próximos à estátua, Andras dá alguns passos em direção às costas da dupla de robes negros com a espada em punho, mas Urhan pede que se afaste. O astrólogo continua suas orações. Com a movimentação, Andras nota um sapo e um lagarto se precipitarem às águas.

Quando Urhan profere as últimas palavras de sua oração, o restante do grupo adentra o grande salão. Andras avisa que Urhan havia pedido para aguardar.

Urhan se vira para o acólito ajoelhado... Ao invés de um rosto, o astrólogo se depara com uma caveira. Os dois acólitos parecem estar mortos há muito tempo, e ali permaneceram em contemplação a seus deus.

O grupo se aproxima e começa a examinar o local. Jeremias examina os esqueletos, e recupera um anel de ouro e um disco em bronze com a imagem de Cthulhu. Depois de algumas reclamações de Urhan, o hobbit entrega o símbolo sagrado ao astrólogo.

Jeremias já havia notado que dos olhos da estátua as chamas das tochas carregadas por ele e por Andras refletem fortemente... e resolve checar do que se trata. O hobbit nota que são grandes pedras amarelas, e começa a tentar subir nas direção das brilhantes pedras... sobe por uma das pernas da figura, mas sente dificuldades a prosseguir com sua escalada... pragueja, xinga por não conseguir alcançar a estranha cabeça. Urhan resmunga sobre a falta de respeito do hobbit, que sorri desdenhosamente.

Fardulf cada vez mais se sente temeroso, quase em pânico o hobbit galinheiro sugere que voltem. Elton diz que é melhor olhar mais um pouco.

Jorah, angustiado com o ambiente que se apresentou diante do grupo, chama pela dádiva de Gorhan, e pede que o senhor da vingança justa, lhe mostre se algum mal se apresenta diante dele... o louro e imponente estrangeiro da Garra do Norte estranhamente se sente distante de seu deus... olha ao redor, mas não sente alguma ameaça iminente.

O grupo resolve subir pela rampa que sai da sala pela direção nordeste. Jeremias inconformado, segue os demais sempre olhando para trás com a esperança de encontrar alguma protuberância que permita sua subida numa nova oportunidade. 

Os aventureiros seguem um fila liderados por Jorah. Após vencer a rampa que ascende, chegam a uma nova sala. Dois novos corredores se apresentam à esquerda, um à direita. A frente do imponente nórdico, uma mesa de pedra, atrás desta uma prateleira ladeada por dois vasos de cerâmica que têm aproximadamente 1,20m de altura. Diante da mesa, duas figuras ajoelhadas em robes negros. 

Jorah vagarosamente se aproxima, e com seu martelo cutuca o ombro de um dos adoradores... de dentro do robe um esqueleto tomba ao chão. Cutuca o outro e novo esqueleto tomba. O nortenho resolve examinar a mesa de pedra. Estranhas manchas escuras se espalham sobre a superfície de pedra áspera... sangue. Uma adaga ondulada permanece ali.

O grupo vagarosamente se aproxima da mesa. Jeremias examina os esqueletos e descobre um disco de prata com a imagem de Cthulhu semelhante ao que havia encontrado anteriormente. Recolhe também dois anéis, um de ouro sólido e outro de ouro com uma pedra negra. 

Sobre a prateleira de pedra, uma bandeja de prata, sobre a qual uma tiara de um metal claro e brilhante se destaca. Três frascos com líquidos e diversas gemas estão espalhadas. Jorah agora tem a oportunidade de examinar a parede por detrás da prateleira: nova cena submarina, baleias, tubarões, cardumes, rochas e algas...

... Cthulhu majestosamente retratado, estende sua mão para um estranho desenho, um cubo, uma caixa misteriosamente decorada. Acima do desenho, uma inscrição: "Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtagn", chama Urhan que reconhece a língua e traduz como "Em seu lar em R’lyeh, o morto Cthulhu aguarda sonhando."

Andras examina um dos vasos, vazio. Segue para o próximo... um estranho conteúdo negro com cheiro ácido emana de seu interior.

Jorah recolhe 5 gemas da bandeja (três vermelhas e duas verdes), Fardulf pede licença e recolhe outras 5 (4 amarelas e uma preta) e Elton se aproxima e recolhe as demais. Urhan pega a estranha adaga que estava sobre a mesa de pedra e um dos frascos. A tiara e dois frascos permanecem sobre a bandeja.

Enquanto conversam, Elton para estático, e olha estranhamente para o primeiro corredor à esquerda. Vagarosamente um homem alto, de aproximadamente 2m, saí das sombras do corredor. Chega ao limite da luz das tochas, e diz "Que bom que vocês estão aqui. Por favor me ajudem." O homem se veste em trajes simples e gastos, como um camponês. Está descalço e com a barba por fazer.

O grupo começa perguntar:

Como você se chama? Após alguns instantes, responde "Chamo-me Uri"

Há quanto tempo está aqui? "Há muito tempo."

De onde veio? "Não me lembro."

O que aconteceu aqui? "Ouve um grande desmoronamento." Aponta para o outro corredor à esquerda e para o da direita. Agora os aventureiros notam que esses caminhos estão bloqueados com grande rochas.

Por que não saiu pelo buraco no teto do corredor? "Não tenho conhecimento de um buraco."

Há outros aqui? "Sim, há. Preciso de ajuda. Preciso da ajuda de vocês." E aponta para o corredor de onde veio.

Os companheiros se entreolham... depois de alguns instantes resolvem ajudar o estranho. Andras faz menção em mexer no vaso que contém a estranha substância negra. Uri se vira para ele e diz "Não mexa. Deixe estar."

Uri segue adiante pelo corredor escuro, seguido pelos demais. Fardulf está desconfortável e corre atrás do estranho, como um de seus pequenos machados se aproxima de Uri e impulsivamente tenta ameaçá-lo. Uri facilmente segura o pulso do hobbit, olha em seus olhos e diz "Me ajude." Com uma sacudida o hobbit se solta e volta assustado para o grupo.

Ouvindo há alguns minutos a voz de Uri, o grupo acha a maneira dele falar estranha... parece que ele na verdade aglutina as sílabas ao invés de proferir as palavras. Conseguem entender o que diz, mas sentem certa estranheza.

A luz das tochas ilumina uma nova caverna. Ao fundo, uma cela de metal trancada, dois esqueletos dentro dela. Numa das paredes, uma mesa de madeira apodrecida, uma cota de malha, uma espada, um martelo e algumas moedas sobre ela.

No centro da sala, Uri olha fixamente para um poço coberto por uma tampa de metal, com duas barras também metálicas e cadeados trancando o mesmo. 

O homem olha para o grupo e diz "Me ajudem."   

  


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