O último kobold larga sua pequena espada e recua aterrorizado para o fundo da sala. Hash segue a pequena figura e mesmo diante da intenção dos companheiros de executar esta última criatura, opta por poupar sua vida. Com um golpe do escudo, desacorda-a.
Valgrim é veemente em sugerir a execução da criatura, mas o clérigo não vê sentido em sacrificar um inimigo que se rendeu.
Drev vai até a sala lateral, e descobre um pequenino amarrado e amordaçado, com um prato de ferro com pão seco aos seus pés. Chama por Lido, para verificar se este conhece o prisioneiro halfling. Diante da negativa, o mascarado resolve soltar as amarras. Isiscarus é seu nome, havia visto uma criança entrar no buraco da árvore e ouviu a canção de ninar vindo do fundo, resolveu dar uma bisbilhotada e acabou preso no buraco dos kobolds. Os aventureiros explicam o que descobriram até o momento, e apesar da intenção inicial de Isiscarus de deixar o quanto antes o poço sinistro é convencido de que ser lucrativo acompanhar o grupo.
Depois de intenso debate sobre o destino do kobold desacordado, resolvem amarrá-lo. Eis que o prisioneiro acorda. Apesar da dificuldade de comunicação, descobrem que algo “grande” e amedrontador habita as profundezas do poço e atrai as crianças. Deixam o kobold ali preso e resolvem explorar o próximo nível.
Isiscarus é eleito o batedor. Desce até o próximo nível usando a escada de colchetes e chega até a tocha que em instantes se apagaria que Hash havia lançado ao fundo. Não ouve sons. Identifica à direita um corredor largo, à esquerda uma grande rocha no meio da caverna que cria em suas laterais dois novos caminhos. Sinaliza que os outros desçam.
Com o grupo reunido, Lido segue pelo caminho à esquerda da rocha. Assim que se aproxima da rocha, nota a seguinte inscrição feita aparentemente em sangue: “Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtagn”. Não reconhece seu significado e resolve avançar por 2 ou 3 metros e no limite da rocha enxerga que a caverna continua num amplo salão a sua frente. A sua esquerda, na parede da caverna, dois pequenos corredores. Retorna e relata a visão aos companheiros.
Isiscarus segue pelo caminho à direita contornando a rocha. Identifica um corredor na parede à direita e também vê à frente a caverna se expandir. Volta e relata aos companheiros.
O grupo opta por seguir o caminha que contorna a rocha pela direita. Ao chegar próximo a rocha, Valgrim examina a inscrição em sangue, e reconhece uma língua antiga, e a frase traduzida diz: “Em seu lar em R’lyeh, o morto Cthulhu aguarda sonhando”. Um frio atravessa a espinha de todos os aventureiros, mas resolvem seguir adiante em busca das crianças desaparecidas.
Ao entrar no corredor anteriormente descoberto por Isiscarus, ouvem um ronco baixo de dentro de uma sala adiante levemente iluminada por tochas... no centro da sala, mesmo a alguma distância, identificam um estranho ovo de cerca de 50cm de altura flutuando no ar.
Hash se adianta. A esquerda da entrada da sala, vê um kobold dormindo encostado na parede, e um cantil cheirando a aguardente aos seus pés. Cuidadosamente tenta acordar a criatura, mas esta parece não estar muito preocupada com o clérigo de cabelos louros a sua frente... responde algumas perguntas e rapidamente o kobold volta a dormir. Todos entram na sala, e Valgrim começa a examinar o ovo. Toda a casca possui inscrições numa língua antiga e complicada. Forçando sua memória, o anão identifica uma palavra que possui uma grafia semelhante a uma língua que já havia estudado. A palavra parece significar “Poder”. Valgrim começa a copiar as inscrições no ovo.
Os companheiros começam a inspecionar a sala. Drev permanece de guarda na entrada da sala e após algum tempo houve barulhos vindo do corredor. Avisa os companheiros que se posicionam. Valgrim permanece copiando as inscrições no ovo. Bauron fica diante da entrada do corredor, como uma isca. Os demais se posicionam nas paredes próximas do corredor e estendem uma corda no chão.
Assim que ouvem os passos cruzarem a entrada, esticam a corda. Dois kobolds tropeçam na corda e caem dentro da sala, um outro permanece latindo na entrada. Isiscaus avança sobre o kobold que permaneceu de pé e rapidamente abate a criatura. Hash avança sobre um dos que caiu, que tentava sacar uma adaga da cintura, e mais uma vez esmaga a cabeça da criatura.
O último kobold, que permanecia estirado no chão, trazia pendurado em seu peito cordões com pequenos ossos de aves e penas coloridas. Em seus braços, pulseiras de tiras de couro trançado. Rapidamente Isiscarus grita “imobilizem o xamã!!!” Valgrim a distância começa a recitar palavras arcanas que animam a corda que havia feito os kobolds tropeçarem, e esta se enrola na criatura sobrevivente.
Com este último imobilizado, perguntam sobre as crianças. O kobold, que conhecia razoavelmente a linguagem comum, com um sorriso diz que estavam mais abaixo nas cavernas. Perguntam sobre ovo, mais uma vez sorrindo, nada responde. Hash tenta combinar com Lido uma tática para interrogar o prisioneiro. Valgrim pede uma oportunidade, se aproxima do kobold e diz para que a criatura olhe em seus olhos. Recita novas palavras, e diz que é seu amigo. O kobold sorri maliciosamente para o anão, e diz não, não são amigos, mas que as profundezas da caverna estão aguardando ansiosamente pelos aventureiros... e gargalha. Hash, abalado pela maldade que sente naquelas risadas, avança sobre a criatura e a abate.
Sob os protestos de Valgrim e Bauron, que não viam sentido na atitude do clérigo o grupo resolve deixar a caverna e buscar o mais rápido possível as crianças. Bauron, meio que se sentindo culpado pelo assassinato do kobold indefeso, resolve levar consigo o kobold que dormia bêbado no canto da sala. Hash decide assumir o risco e pega o ovo. Uma trepidação sobe pelos braços do clérigo, suas costas enrijecem, sua cabeça lateja... o ovo vagarosamente se desfaz nas mãos do clérigo e antes mesmo de atingirem o chão, os pedaços de casca de desfazem no ar. Estranhamente, Hash se sente mais forte, mais capaz e mais determinado em sua fé.
Seguindo pela caverna, Isiscarus decide investigar um corredor que continua pela parte central. Contornando as paredes, não encontra nada.
O grupo volta e segue por um caminho à direita, que se abre numa caverna com uma corrente presa ao teto que desce por um buraco no chão. Lido desce pela corrente seguido por Hash. Ao chegar no piso abaixo, o halfling observa uma pequena sala construída em pedra com uma porta. Em uma das paredes, uma enorme estátua de pedra com um homem nu e careca sobre um pequeno pedestal. Sem pestanejar, Lido começa a examinar a estátua, e assim que a toca, ela toma vida e com uma terrível carranca avança sobre a dupla de exploradores. Hash diz para o pequenino subir rapidamente pela corrente e encara o monstro de pedra. O clérigo desfere um ataque com sua maça que acerta em cheio a estátua, mas não é o suficiente para derrubá-la. O gigante se projeta sobre Hash, e desfere golpes com ambas as mãos... Lá de cima, da beirada do buraco, os aventureiros veem a estátua voltar lentamente para o pedestal, enquanto o corpo sem vida de Hash jaz ao chão.
Após longos e silenciosos minutos, Drev é o primeiro a descer, não toca a estátua e confirma a morte do companheiro. Abre a porta sem dificuldades e chama pelos companheiros. Além da porta uma, um grande salão também construído em blocos de pedra. Nos cantos opostos, duas estátuas: ambas com corpos humanos, uma com a cabeça de um cão e outra com a de uma águia. No centro da sala, mais uma corrente que desce por um buraco. Não tocam nas estátuas e descem pela corrente.
Drev é o primeiro a descer. Nova sala construída em pedra, duas mesas com jarros preenchidos por uma substância negra e aparente mente viscosa. Ferramentas estranhas sobre elas. Ao fundo, uma jaula onde cinco crianças, ao verem o estranho mascarado adentrar a sala, choram e pedem por socorro. Na outra extremidade da sala, outra corrente que leva a um nível mais abaixo.
O grupo todo desce, e Drev se prepara para golpear o cadeado que prende a porta da jaula, mas Isiscarus pede uma oportunidade para tentar abri-la. Mal o halfling enfia uma pequena peça de arame na fechadura, esta se abre, libertando as crianças desesperadas.
Se preparando para decidir os próximos passos, Valgrim diz “nossa missão está concluída, achamos as crianças, e sabemos que algo maligno se esconde lá embaixo. Vamos embora.” Os companheiros se entreolham, e acabam concordando com o anão.
Cuidadosamente o grupo sobre nível após nível das cavernas, até chegaram sem contratempos a superfície. Lá fora, encontram a criança que haviam amarrado em uma árvore assustada e com olhos arregalados ao verem os aventureiros saírem do buraco da árvore. Juntam troncos e pedaços de galhos e terra, e melhor que podem, tentam lacrar a entrada do poço.
Voltam com as 6 crianças para Nottinghappens, e são recebidos pelo Prefeito Pretzers que agradece o resgate dessas crianças. Porém o grupo alerta: “A árvore é realmente amaldiçoada. Fizemos o nosso melhor, mas mantenham-se afastados dela.”
Retornam a Taberna do Chifre Quebrado, relatam o acontecido a Paco, o Taberneiro, e recebem seu pagamento pelo trabalho concluído, inclusive Isiscarus.
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