06/02/2025
Relato 21
Por Zárganon (Vit@o)
Você só vai me ensinar sobre as runas mágicas se eu te contar como as consegui? Olha, tudo bem, eu conto, mas é segredo, hein!
Fiz novos amigos, gastei meus chicletes em armadura e equipamentos de exploração e entrei no carro tunado de Pilgrim. Tava chovendo muito e passamos por alagamentos, lamaçais que iam deixar meu C31ta atolado. Chegamos numa cidade sob escombros, com prédios derretidos e torres desabadas. Estacionamos o bichão com a trava antifurto e já pronto pra fuga. Verificamos que o caminho até a entrada do shopping estava livre, mesmo assim o caminho até lá foi tenso. Tinha uma van guardando a passagem, mais tensão. Dentro dela tinha um esqueleto velho com terno verde, devia ser o dono dha van.
Corvo Albino lutava contra seus medos, não do esqueleto, mas da van. Enquanto isso, Mohini adentrou o estacionamento com sua lanterna e viu um caminhão bem novo, ótimo estado. Aos poucos fomos entrando e vimos mais coisas por lá: uma enorme planta carnívora que borrifa algum tipo de gás; e um corpo de onde brotejavam diversos tipos de fungo. Corvo, que é saqueador, fuçou o corpo e encontrou mais uma colônia, que Mohini agora está estudando. Eu estava tossindo muito, minha saúde é precária e contava com meus amuletos da sorte, mas eles falharam criticamente e achei que fosse morrer. Pilgrim foi pesquisar o caminhão que tinha uma pintura exagerada com um guerreiro másculo galanteando uma mulher e, quando encostou o ouvido no baú, tomou um choque: o caminhão é protegido por uma runa.Fomos até a porta que levava ao depósito, e nela Corvo conseguiu ouvir tudo: havia um bicho escondido. Abrimos a porta lentamente, o bicho fugiu. No fim do corredor tinha um banheiro, e lá os restos de alguém que tirou a própria vida. A saqueadora Mohini resgatou o revólver, o tambor estava cheio de balas (exceto pela disparada na têmpora do morto). Então entramos na sala atrás do bicho, que eu, ouvindo errado, achava que era um androide, até tentei conversar, affff! Lá havia uma piscina de cinzas, sem sinais do bicho. Pilgrim emprestou sua vara de 3m para Mohini, que cutucou o fundo e de lá surgiu um tentáculo segurando o pé de Mohini. Ela conseguiu se soltar, mas a vara foi sugada e desapareceu. Então eu cometi o erro de mais uma vez confiar no meu amuleto: tentei lançar uma magia sobre a criatura, não consegui, e só não caí morto porque as urucubacas dos meus amigos foram mais forte. A partir daí fiquei zonzo e só queria ir embora. Mas o pessoal ainda estava atrás do bicho, e entraram na sala do gerador: viram um ninho de ratos mutantes, com o rei rato ao fundo. Pilgrim acertou um tiro e foi rápido para fechar a porta, mas os ratos de alguma maneira sabiam puxar a maçaneta, e então preparamos um plano: ficamos posicionados na saída do corredor, e Mohini soltou a maçaneta, colocou a granada com fusível de 5 seg no chão e saiu correndo. A granada matou alguns, mas outros foram rápidos e, quando saíam do corredor, Corvo lançou outra granada que estilhaçou todos os outros. Nisso eu tive sorte, e nem precisei do amuleto: só duas dentaduras de rato foram danificadas, as outras são estas daqui, com as runas.
Bem, o restante do grupo estava querendo voltar no gerador porque lá tinha muita gasolina. Mas o rei rato estava enfurecido e estraçalhou a armadura de Pilgrim. O pessoal errou os disparos e tive que ajudar Pilgrim a se desvencilhar daquele bicho nojento. Saímos correndo, mas o rei rato continuava atacando Pilgrim, até que ele conseguiu correr pra van, esquecendo todos os seus medos, e Mohini acertou um belo tiro na peste.
Cheguei em Libertas com a pereba dos cogumelos que matou o cara do estacionamento. Meus amigos ajudaram a pagar o tratamento, agora devo mais essa, então, se você quiser saber de mais detalhes da viagem é só pagar uns chicletes.
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