Mestre Guilherme Kazuma
Kroc Dellamn orc lv 4 (André)
Lioren arcanista lv 1 elfo lv 2 (Guilherme)
Eraldin elfo lv 2 (Marco)
Crepúsculo magista lv 2 (Rheica)
“Meus amigos… vocês acreditariam se eu dissesse que hoje desci 666 braçadas no elevador de Malmin? Pois é. O número maldito. Só de ouvir já senti a espinha gelar.
Descemos nós quatro: Kroc, o impetuoso orc; Crepúsculo, com sua fé inabalável; um estranho chamado Lioren; e eu, que agora vos falo.
O lugar era um túmulo vivo, fétido e silencioso. Kroc parecia conhecer cada pedra, mas guardava segredos — como sempre. Segui-lo foi como seguir um cego correndo para o abismo. E adivinhem? O abismo nos esperava.
Chegamos a um altar tomado por corpos. Um encapuzado murmurava cânticos profanos, e ao lado dele uma criatura com cabeça de javali nos fitava. Kroc não pensou, só avançou. E nós, insensatos, seguimos.
No início, vencíamos. Mas então… o javali chamou reforços. E do altar nasceu um coração pulsante, cada batida drenando nosso sangue. Imaginem lutar contra homens, mortos-vivos e ainda contra o próprio coração batendo dentro da sala!
Crepúsculo clamou à sua deusa, e a luz respondeu. Mas por cada raio de esperança, dez sombras se erguiam. Nossos golpes falhavam, nossas magias sumiam. Até que Lioren caiu. Não caiu — se dissolveu! Uma poça de sangue sorrindo para nós. Até hoje sinto o estômago embrulhar só de lembrar.
E sabem o que fizemos? Fugimos. Sim, meus caros! Fugimos como ratos acuados. Já havíamos derrubado uns cinco ou seis inimigos, mas cada morto era transformado em bomba pelos hemomantes. Duas explosões já nos haviam queimado por dentro. A terceira teria acabado conosco.
Enquanto corríamos, projéteis de sangue nos perseguiam. Eu me coloquei à frente, conjurando minha Armadura Arcana. Um deles atravessou minha defesa e derrubou Kroc. Pensei que fosse o fim… mas então… Lioren voltou! Surgiu de uma poça de sangue, vivo, distorcido, mas vivo!
Ele e eu puxamos Kroc enquanto Crepúsculo nos mantinha respirando com sua fé. Subimos no elevador sob uma chuva de magia, mas vivos. Por um fio, vivos!
E agora vos digo…”, o elfo ergue a caneca outra vez, o olhar sério e distante,
“…não foi força que nos salvou. Não foi coragem. Foi pura graça dos deuses. E se não aprendermos com isso, da próxima vez não haverá relato algum para contar.”
Silêncio toma a mesa por alguns segundos, até que alguém ergue a própria caneca em resposta.
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