domingo, 21 de novembro de 2021

DCCRPG Sessão 11 Madrugada no Pântano Parte 2

 


Sessão 11 19/11/2021

A caverna malcheirosa estava inundada pelas diversas sombras bruxuleantes que a pequena fogueira projetava em suas paredes.

Espalhados na parede leste, além dos cestos de vime revirados e pequenas arcas quebradas, uma gaiola de madeira com algumas galinhas, peças de bacon e pernil salgado e dois pequenos barris ainda intactos, o que os aventureiros acreditam ser aqueles roubados da caravana de Rosco e Colegal.

Do corredor mais ao sul, um orc portando lança e escudo, Burdunas, emerge e grita aos aventureiros: “Ladrões, saiam do meu buraco!!!”

O grupo de goblins, seis, ouvindo as palavras do orc se adianta vagarosamente em direção aos aventureiros tentando formar uma parece para conter seu avanço. De forma muito discreta Jeremias sente um certo calor emanando da bolsa onde carrega a caveira que recolheu na Fortaleza de Molan. Num piscar de olhos, o combate começa.

Jeremias gira seu mangual na direção do goblin mais adiantado, acertando-o na cabeça. O goblin é projetado para trás, caindo morto no meio de seus companheiros. De olhos arregalados os goblins hesitam e ameaçam recuar.

Opie avança sobre um dos goblins e mira a cabeça com sua espada curta. Não acerta a cabeça, mas atinge o pescoço, e a criatura aos guinchos tenta recuar... para em instantes cair morta numa poça de sangue escuro.  Fardulf notando também o recuo, avança numa das criaturas e a acerta em cheio no rosto, matando-a.

Burdunas grita numa língua estranha, empurra um goblin na direção de Eldaryon e se posiciona para o combate.

Jorah grita mais atrás do grupo, dizendo para deixarem as criaturas fugir, e que se concentrassem nos produtos roubados da caravana.

Opie corre no encalço de mais um goblin e agilmente o ataca com sua espada curta, abatendo mais um dos inimigos.

Eldaryon, pela primeira vez portando uma espada magnificamente forjada em mithril e que até então seus companheiros nunca haviam visto, tenta um ataque no goblin mais próximo. O elfo, assustado por  ter que defender sua vida pela primeira vez, desembainha a arma desajeitadamente e a espada se choca ruidosamente com a parede da caverna. É evidente a total falta de perícia do velho livreiro de Turana... a antiga espada cai distante no chão e Eldaryon se vê desarmado no meio do combate. Assustado e embaraçado murmura "essas coisas não acontecem nos livros." 

 Walcy e Andras se juntam a Fardulf, Jeremias e Eldaryon para combater o goblin e Burdunas, que numa tentativa de intimidar os forasteiros, grita “Fujam desse lugar, escória da superfície!”.

Burdunas dá um passo à frente e acerta um golpe de sua lança na coxa de Andras. Andras e Walcy atingem o orc, mas não conseguem derrubá-lo. No fundo da sala, Opie derruba um dos goblins, atacando-o com um golpe de baixo para cima, rasgando seu dorso da virilha ao peito. O outro goblin que havia tentado se refugir no fundo da caverna, aproveita a oportunidade e sai em disparada pelo corredor sul de onde havia saído Burdunas. Fardulf nota o movimento e se esgueira até a entrada do corredor para evitar novas fugas.

Atingido por último por Walcy, Burdunas vira-se para x elfx, e diz “Lixo das fadas, saia do meu buraco” e dá uma cusparada em sua direção e tenta atacá-lo, acertando-o de raspão. Andras desfere dois ataques no orc com sua espada curta e a navalha herdada de seu finado irmão, Atilla. O ranger além de atingir o orc, despedaça a lança de Burdunas com o primeiro golpe, para com o segundo ceifar a vida da criatura. Com seu líder morto, o goblin remanescente tenta escapar pelo corredor, mas Fardulf já posicionado, atinge o fugitivo nas costas com seu pequeno machado, matando-o.

O grupo encharcado de suor, tenta recuperar o folego e vai se organizando para carregar os bens recuperados. Fardulf ergue a gaiola de galinhas sobre a cabeça, e diz que delas ele cuida. Eladryon recolhe o escudo de Burdunas e Andras uma adaga dos goblins. O elfo tenta ouvir barulhos no corredor por onde o goblin havia fugido. Ouve passos ligeiros ao longe... mas ao se concentrar mais demoradamente tem uma estranha sensação, como se estática estivesse envolvendo seu corpo. Seus braços se arrepiam e seus olhos ardem.

De repente ouvem um grito estridente vir do corredor pelo qual chegaram à sala.

Iga adentra desesperado o local berrando “Ublak, o Unha Preta está chegando, ele está chegando!!... Mas eu não contei nada pra ele!”

Do corredor de descida, ouvem uma voz grave e áspera gritar “Iga, seu verme, volte aqui! Volte seu verme!!!”

Iga se posiciona num canto da sala, Fardulf atrás dele.  

Após alguns instantes, seguido por dois goblins, um grande orc adentra a caverna usando um elmo com chifres e um machado apoiado ao ombro. No polegar da mão que segura a arma, uma grande e retorcida unha preta se projeta... Ublak Unha Preta grunhe “Quem ousa invadir meu buraco?” e brande ameaçadoramente o machado. Assim que Unha Preta entra no ambiente, Iga se esgueira e sobe correndo o túnel em direção à superfície.

Jorah do meio dá sala dá dois passos na direção do orc, ergue os braços e grita a plenos pulmões “Gorhan, deus da vingança, dê-me forças para expulsar essas aberrações! Que a justiça prevaleça, apesar de insensatos!”. Sua voz reverbera ameaçadoramente pela caverna, e impressionantemente, Ublak vacila, e de olhos arregalados, recua. Com passos inseguros, o orc começa a retornar para o túrnel, e assustado, se vira para Jorah e diz “Eu me vingarei....”


Os goblins tentam fugir atrás de seu líder, mas Jeremias e Fardulf desferem golpes nas criaturas. O hobbit galinheiro consegue acertar e após alguns passos incertos,  ouvem um dos goblins cair ao chão.

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