sábado, 27 de novembro de 2021

DCC RPG Sessão 12 Madrugada no Pântano Parte 3

 

Sessão 12 26/11/2021

As duas tochas que os aventureiros haviam trazido pelo caminho, se extinguiram, e agora a caverna é fracamente iluminada pela pequena fogueira dos goblins, cujos corpos, assim como de Burdunas o orc, encontram-se espalhados pelo chão.

Andras pergunta aos companheiros se alguém possui tochas, mas recebe uma negativa.

Eldaryon pega um graveto na pequena fogueira e lança no corredor sul da sala, por onde o goblin havia fugido. Uns quatro metros adiante, o corredor descendente faz uma curva à esquerda.

Fardulf se adianta e entra no corredor seguido por Eldaryon, indo até a curva no corredor. Notam que esse corredor segue por metros adiante, até chegar a uma nova caverna. Notam também que no meio deste corredor, parece haver uma entrada à direita.

Observando a movimentação, Jeremias orienta Walcy a tomar conta do corredor que dá acesso a esta caverna, e chama os demais a seguirem atrás de Fardulf e Eldaryon. Opie se junta a Walcy para proteger o corredor de entrada, e os demais tomam o caminho do corredor sul. Porém antes de entrar no corredor, Andras segura Jorah pelo braço e diz “Nosso Gorhan não poderia intervir e curar o ferimento em minha perna?”. Jorah estande a mão sobre a cabeça de Andras e diz “Gorhan, mais uma vez este teu servo te pede, cure nosso companheiro de contenda, nossa luta é justa e nossa vingança é certa”. Mais uma vez a voz de Jorah ecoa pelas cavernas, o profundo corte na perna de Andras vai se fechando, a pela na região assume um tom rosado para logo em seguida voltar à cor normal. Exultantes, os companheiros seguem pelo corredor.

Apesar do fácil progresso de Fardulf, Eldaryon e Jeremias, os próximos tem dificuldade em prosseguir na escuridão... Andras pergunta “Tocha, alguém tem tocha?” para mais uma vez receber a negativa dos companheiros. Gallar, o último da fila sugue resmungando “Buraco fedorento de goblins e orcs, onde esses caras querem se meter, não têm juízo...”

Ao seguir pelo corredor e chegar na entrada é direita, Fardulf nota uma escadaria que desce dali, e não só a escadaria, como suas paredes são construídos em blocos de pedra. O hobbit que lidera a fila, resolve descer a escadaria. Eldaryon ao chegar ao corredor tem dúvidas se seriam construções feitas por anões e segue o hobbit.

Também descem as escadarias  Jeremias, Andras e Jorah. Urhan mesmo na escuridão, resolve seguir adiante no corredor junto com Gallar, que ao passar pela entrada das escadarias diz “Certamente não é trabalho de anões, anões não fariam esse trabalho porco.”

Conduzido pelo anão, Urhan chega em total escuridão em uma nova caverna, que Gallar assim descreve “Palha seca cobre o chão, fede a orc, pedaços de comida espalhados, tem umas porcarias jogadas pelo chão e mas ali adiante tem uma espada e um baú pequeno”. Gallar recolhe a espada e Urhan o baú. Testando no escuro o baú, o astrólogo acredita que esteja trancado e resolve voltar com o anão para a sala da pequena fogueira.  

O grupo que desceu a escadaria, Fardulf, Eldaryon, Jeremias, Andras e Jorah , chega numa grande sala construída em blocos de pedra, com aproximadamente 3m de altura, 6m de comprimento e 3m de largura. Exatamente diante deles, uma larga porta de pedra, nas paredes laterais estátuas de pedra de pessoas e silenciosamente encolhido junto a uma das estátuas, o goblin que havia fugido do combate empunha inseguro uma adaga. Os humanos sentem-se perdidos na escuridão absoluta. Andras reconhece Jorah pelos passos inseguros e pergunta “Jorah, você tem tocha?”, recebendo a negativa em seguida. Jeremias se lembra da caveira que recolheu no Fortaleza de Molan, e a retira da bolsa. Ela está morna e emite um luz fraca que é suficiente para iluminar parcamente o local que estão e lançar uma luz discreta nos extremos da sala.


Eldaryon vagarosamente segue em direção do goblin amedrontado.  Abaixa-se próximo e diz “Feioso, não precisa ter medo. Eu vim em paz". O goblin tremulo responde “Paz? Paz? Vocês cortaram, mataram!” Eldaryon sutilmente prepara uma estocada com sua espada na direção da criatura. Jeremias notando os movimentos que o elfo se preparava para realizar, ainda tenta impedir o companheiro, mas é tarde demais, o golpe súbito e limpo acerta a garganta da pobre criatura, que gorgolejando, rola morta ao chão. Jeremias grita “Seu maluco, precisávamos perguntar o que tem atrás da porta!” Sem responder, Eldaryon examina a adaga que recolheu do goblin, enquanto se dirige à estátua mais próxima. Observando-a, o rosto tem marcas como se golpes a ela tivessem sido desferidos. As mãos da estátua estão quebradas e aos seus pés, cacos de pedra e uma espada quebrada.

Walcy e Opie observam a chegada de Urhan e Gallar do corredor. O anão resmunga “Buraco fedorento. Fede a orc”, mas ele sente que tem ouro o pequeno baú. Walcy se oferece para tentar abrir usando um pequeno martelo. O elfo bate na fechadura, mas a fechadura não se abre. Opie se oferece para tentar abrir o cadeado e com um dos joelhos apoiado no chão, retira duas pequenas ferramentas de um dos bolsos e as insere na fechadura. Com dois rápidos momentos Opie abre facilmente o baú. No seu interior, algumas moedas de ouro, várias moedas de prata, duas pedras azuis, uma pedra rosa, dois frascos com líquidos dentro sendo que um deles possui um pequeno coração em seu exterior, e uma estranha peça, uma estrela de quatro pontas feita em prata, com uma alça no seu centro.  

Examinando rapidamente esse conteúdo, Urhan recolhe 3 moedas de ouro. Gallar pega 10 moedas de ouro e uma das pedras azuis. Opie pega a outra pedra azul, 3 moedas de ouro e 7 de prata. Walcy despeja o que sobrou na mochila, pegando as 9 moedas de ouro que sobraram, 53 moedas de prata, dois frascos com líquidos, a pedra preciosa rosa e a estrela de prata.

No salão subterrâneo, enquanto Jorah observa, Fardulf se dirige à porta. De cada um dos lados conchas parecem ter sido esculpidas para colocar material combustível, e então gerar pequenas chamas que iluminariam o local. Na parte superior da porta, o desenho de uma chama trabalhada na pedra. No centro da porta, em baixo relevo, três desenhos adornam a peça e parece que uma sutil linha divide a figura. Jeremias se junta ao companheiro hobbit e com uma faca, começa a cutucar os trabalhos em baixo relevo.

 Andras se dirige à outra estátua. Diferente da anterior, está inteira e nas mãos da estátua uma pequena chama esculpida na pedra.

Fardulf diante da porta, tenta empurrá-la... nada acontece. Andras tenta acompanhá-lo e... nada. Eldaryon avisa aos companheiros sobre a estátua que encontrou, com rosto danificado e mãos quebradas.

Na sala da fogueira, Walcy acha que o tempo está passando e sem notícias dos demais companheiros, acha razoável procurá-los.  Opie resolve descansar um pouco e come um dos cogumelos recebidos de Anastasia. Urhan decide homenagear Cthulhu, pega alguns gravetos na fogueira e vai até a caverna onde havia encontrado o baú e ateia fogo na palha no chão.

Descendo até o salão da porta, Walcy reconhece um dos símbolos em baixo relevo, encaixa a estrela de prata que havia encontrado e gira... todos ouvem um som abafado como se algo tivesse destravado. Walcy diz “São chaves, precisamos encontrar as que faltam”. Mas esperançosx, x elfx pede que os companheiros tentem mais uma vez empurrar a porta... nada acontece.

Na sala cuja palha começa a incendiar, Urhan na porta ergue seus braços oferecendo as chamas a Cthulhu e brada “Cthulhu, assim como cria, você destrói, do pó veio e do pó está voltando para ti, assim como os goblins que aqui foram subjugados”.

Nas distantes profundezas do mar, locais tranquilos onde repousam em sonhos eternos entidades anciãs como o próprio tempo, uma agitação incomum é percebida... e um dos antigos, O mais antigo, tem seu sono perturbado. Ao invés de incomodo, Aquele sente curiosidade.

 Eldaryon lembra que ainda há uma sala na caverna que os companheiros não examinaram. Ouvindo essas palavras, Walcy sobe as escadarias em desabalada carreira seguido por Andras, Gallar e Fardulf.

Jorah ao ouvir as preces de Urhan, fica incrédulo sobre como alguém pode seguir falsas divindades, mas tem fé de que Gorhan irá em algum momento abrir tais olhos.

Atrapalhado pela escuridão, Andras atrasa a corrida dos demais, mas Walcy que segue a frente chega a sala. Desorientado no meio do corredor, Andras grita furioso “Caralho de novo, ninguém tem uma porra de uma tocha?”

Assim que chega na caverna, Walcy é atingido por um cheiro nauseabundo de urina e fezes. Pelos cantos, restos de carne e frutas apodrecendo, penas de galinha e ossos espalhados, além de pequenos montes de fezes e o chão ensopado de urina. X elfx fica tontx sem conseguir respirar, encosta numa parede e sobrepujadx, começa a vomitar o pouco que ainda tinha no estômago.

Os três companheiros conseguem chegar a sala, e tem os sentidos atingidos pelo terrível odor. Andras chega a sentir ânsia de vômito, consegue controlar... porém sente que pisou em alguma coisa mole e fedorenta. Notando a situação dos companheiros, Fardulf e Gallar começam a vasculhar o local. O hobbit vai empurrando com o pé os restos que estão espalhados pelo chão, e encontra uma peça estranha: uma estrela de seis pontas feita de latão... mas ela está quebrada, três pontas estão faltando. Fardulf diz que precisarão buscar entre os dejetos e pergunta se alguém tem uma pá ou outra ferramenta... Walcy está revirando sua mochila procurado alguma coisa para aliviar sua náusea, olha para Fardulf e diz: “Eu tenho uma tocha...” Acendem a tocha sob os xingamentos de Andras, vasculham a sala, mas não encontram as peças que faltam.


 

 

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