Em 08/12/2021 tive a satisfação de participar de uma sessão no cenário de Biergotten, um cenário de exploração hexcrawling no estilo westmarches, que usa o sistema Caves & Hexes (https://cavesandhexes.com/), tudo bolado pelo pessoal do podcast Regra da Casa (@regradacasa).
Além do grupo de aventureiros super gente boa e altamente cooperativos, os “Perdidos e Desencontrados” Danilo, Matheus (@matheus.piquera), Syllas e Lianker, não posso deixar de mencionar o Mestre Bruno Cobbi (@bcobbi), que deu show na sessão.
Para a empreitada, meu personagem é uma guerreira chama Penélope, nome escolhido em virtude dos sensacionais 2 hit points que ela possui... Descrevi a Penélope como uma jovem adulta de cabelos ruivos, que carrega um arco praticamente novo nas costas e tem um jeito que transita entre o displicente e o descompromissado. Parece que veio à Frasqueta em busca de férias animadas... será?
Meu querido diário,
Tive um dia fabuloso!!!
Dormi na Frasqueta, e o dia amanheceu agradável, um pouquinho fresco e ventos suaves, mas suportável.
De cara, conheci um grupo de aventureiros. Conversamos e pedi que nos sentássemos numa mesa do lado de fora. Mais arejado, sabe.
Meus novos amigos eram Matias, um sacerdote sério e barbudo. Um cara grandão de fala mansa e pausada.
Beluga, um rufião meio desconectado da realidade que ficou estranhamente brincando com uma adaga, riscando a mesa e arremessando a arma nela... estranho, mas vá lá, cada um com as suas manias. Acho que quando o pessoal da Frasqueta notar o estrago vão cobrar dele.
Viktor, um rapazote de uns 17 anos, franzino com umas roupas meio gastas e falador. Ele precisava dar uma repaginada no seu guarda-roupa. Qualquer hora vou dar umas dicas pra ele.
Sávio, um homem magro, postura um tanto altiva. Parece que é um professor de profissão. Usa bigode e tem cabelos cacheados pretos. Nas vestes, um brasão de escudo vermelho e listra amarela e a figura papiro e pena. Curioso. Me fez lembrar de um professor de matemática que pegava no meu pé.
A dona da Frasqueta, a Dora, é um doce! Veio perguntar sobre o nosso café, que nesse dia era uma cortesia e nos ofereceu chá de folha de arruda, curativo e alivia quem está meio carregado. Parece que é bem relaxante.
Numa mesa próxima da gente se sentaram dois caras ali da Frasqueta. Um deles usava arco, que nem eu, e parecia que eles conheciam as redondezas. Fui lá falar com eles. O Neneca e o Voadora. O Voadora tava meio chateado, parece que tinha a ver com um pedágio que um tal de Zebedeu, que tem umas terras ali por perto, cobrou deles. Conversa vai, conversa vem, contaram que tem um elfo chamado Pandarev que voltou sozinho da Chapada dos Queimados com um rubi do tamanho de um punho!!! Eles também contaram que ouviram falar de um mausoléu em algum lugar lá pro mato, e eles sabem como chegar na região. Bom, chamamos eles pra seguir conosco.
Lá tem uma tradição, os forasteiros antes de se embrenhar no mato, recebem uma caneca da Biergotten. Quando a cerveja chegou, todo mundo que tava ali em volta veio nos incentivar. Quando a Biergotten desceu, foi a maior viagem!!!! Parecia que nossos sentidos tinham se expandido, a gente meio que conseguia sentir o que o pessoal em volta da gente tava sentindo...
A estrada nos chamava. Atravessamos a região das fazendas, através de uma trilha a sudoeste, até a chegar na terra do Zebedeu.... dois soldados, Nilsinho da Masmorra e Constantino vieram cobrar o pedágio. A gente tentou conversar. O Neneca e o Voadora que tavam acompanhando não precisaram pagar, mas nós, forasteiros tivemos que pagar 1gp. O Viktor começou a trocar uma ideia com o Nilsinho sobre a gente conseguir abrigo na fortaleza do Zebedeu se a gente perdesse a hora... O Nilsinho falou que, pagando, dava pra botar a gente na masmorra da fortaleza dando uma desculpa de que prendeu a gente e soltar no dia seguinte. Masmorra, sei lá... deve ser frio e húmido. Meu cabelo fica horroroso na humidade. Não curti não. E então ele disse que da próxima vez ao invés do Neneca e do Voadora, se ele estivesse de folga, ele iria de guia com o nosso grupo por 1gp. Ele disse que sabe lutar.
A gente seguiu andando, passamos pelas fazendas e chegamos numa área onde só tinha plantação de grãos, bem mal-cuidada. Ali perto existe tinha um curso de água, ouvimos os barulhos de um rio.
Chegamos num pasto numa região mais alta e vimos o Rio da Viúva, e um caminho mais largo que acompanha o rio.
O Voadora disse que da outra vez eles retornaram desse ponto, porque não tinham achado ponto para cruzar.
Parece que tem uma ponte próxima ao Alambique na direção sudeste. Ali o rio corre de oeste para leste. Parece que os Navalha andam por essa região do Alambique. Já avisaram pra tomar cuidado com os Navalha, parece que é um grupo de bandidos. Será que não tem autoridade na Frasqueta pra dar um jeito nisso? Um absurdo!
Mais adiante tem um tal de Casulo que os nossos amigos dizem não ser seguro e acham bom a gente ir pelo outro lado.
Seguindo na direção leste, indo pro Alambique, achamos uma estrutura de uma ponte velha, de madeira. Mas pra leste já dá pra ver a ponta de uma torre do Alambique.
Enquanto o pessoal dava um jeito na ponte, o Sávio tentou pescar, e falou que tava ouvindo vozes vindo do rio. Eu parei pra prestar atenção... e também ouvi!
Demos um jeito e atravessamos o rio pela ponte. Do outro lado da margem parecia ter plantações quase abandonadas de grãos. Muito insetos, e eu odeio insetos. As trilhas pareciam quase cobertas pela vegetação. Ao longe a gente via montanhas, pra direita. São os Pícaros.
Matias seguiu a frente. Beluga vai mais atrás e ia tentando se esgueirar pela vegetação.
Adiante já notamos o início da área dos pedregulhos. Chegando na área dos pedregulhos, a área da esquerda possuía uns rochedos mais íngremes.
Seguimos na direção das rochas mais planas, à direita, na direção do Casulo.
A gente já tinha ouvido uns murmúrios na mata, e agora a gente ouvia mais forte. O pessoal acha que é a tal Cabeça do Santo.
Ao anoitecer achamos uma laje na área rochosa que pode servir para acampamento. Na região acreditamos haver um afluente do rio principal. Encontramos restos de um acampamento. Nas rochas umas inscrições nas paredes com carvão tipo “Lugar seguro”, “Acampamento”.
Subi numa rocha mais alta, a oeste tinha planície verde. Vários pontilhados brancos. Parece que é a Floresta dos Casulos.
Na direção da montanha, a sudoeste a montanha sobe e existem caminhos ascendentes.
De onde viemos, na direção da plantação, dá pra ver a iluminação do Alambique, a sudeste.
Amanhece um dia levemente frio, sem chuva.
Tomamos o caminho de retorno, começam a avistar a ponte pela qual passamos. Avistamos dois guardas do Zebedeu na ponte. O pessoal achou melhor esperarmos escondidos. Algum tempo depois, dois sujeitos vêm da direção do Alambique com um burrico. Trocam palavras, trocam alguma coisa e vão embora, cada um para seu lado.
Continuamos a caminhada até as terras do Zebedeu e 3 guardas mulheres cobraram o pedágio novamente.
No fim da tarde, finalmente, chegamos à Frasqueta.
Essas férias prometem!!!!
Penélope
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