terça-feira, 28 de dezembro de 2021

DCCRPG Sessão 14 A Vila da Figueira Parte 1

 Antes de mais nada, Feliz Natal e um ótimo 2022!!!!!

Nos dois primeiros dias na Vila os viajantes tentam descansar e conhecer um pouco da cidade.

A maioria opta por dormir nAs Camas do Porto, a hospedagem mais barata disponível e que custa 7pc a noite.

Opie, com a dica de Jeremias, procura um certo Bartolomeu o fiscal das docas, mas não o encontrou no primeiro dia. Nessa noite, quando se acomodavam nAs Camas do Porto, ouviram a história sobre um certo grupo de aventureiros da região:

Os Caçadores da Lança de Cristal, um famoso grupo de aventureiros da região, sumiu nas montanhas a sudeste de Terras dos Freake. A única sobrevivente uma elfa chamada Eudora Folha Verde, foi encontrada vagando em trapos e desorientada e foi recolhida por camponeses. Parece que a igreja de Shul, o deus da lua, está cuidando dela. Dizem que uma horda de orcs está há anos se organizando naquelas montanhas.

Na segunda noite na vila, os viajantes voltam até a taberna Touro Bravo e veem entrar um estranho anão que parece muito velho e careca, o rosto enrugado e coberto por estranhas tatuagens azuis. Esse é Nico, um contador de histórias que vive há muitos anos na Vila. Quando Nico entra na taberna é saudado por muitos dos frequentadores ao que ele responde com um sorriso onde alguns dentes faltam. Ao pedido de uma história, Nico pede em troca uma caneca da Espuma de Cobre, e recebe não só a caneca, como um prato de pão de centeio e queijo, e algumas moedas.

Nico bebe um bom gole da cerveja e diz:


“Tenho uma ótima história! Uma história sinistra... Uma história de anões.... A história da Cidadela Perdida de Thunderforce.

Existia no passado uma Cidadela de Anões chamada Thunderforce e governada pelo Rei Lucca Barba de Leão. Eram vários os veios de prata e ouro. Minério ali não era problema e muito mithril ali se encontrava.

Os anões faziam negócio com seus vizinhos humanos e elfos, e como a rocha era generosa os anões cada vez mais fundo cavavam.

As forjas de Thunderforce nunca se apagavam e é dito mesmo entre os anões, que lugar nenhum no mundo possuía fornalhas tão quentes quanto as de lá. Diziam que em determinada ocasião, nos dias mais quentes que as fornalhas haviam tido, haviam visto espadas se desfazer e juraram que um ferreiro desmaiou e sua carne e ossos derreteram e evaporaram no ar!

Ainda hoje é dito por alguns anões que algo “está tão quente como as fornalhas de Thunderforce!”

Nesses dias, Barba de Leão ordenou que as forjas fossem fechadas, e só foram reabertas quando duas novas chaminés foram construídas.

O tempo passou, e a Cidadela de Thunderforce prosperava cada vez mais, até que num fatídico dia um terremoto atingiu a região.... alguns disseram que os espíritos das rochas haviam respondido aos profundos túneis que os anões abriam na pedra dura.

O fato é que uma grande fenda rasgou a região onde Thunderforce existia, desmoronando as poucas construções da superfície e engolindo várias salas e andares da cidadela subterrânea... e do fundo da terra muitas coisas diabólicas, emanações vivas do caos, surgiram e caçaram os anões nos corredores de pedra. O rei Lucca ordenou que os anões lacrassem as minas para proteger sobreviventes e o que ainda existia da cidadela. As primeiras portas já haviam sido trancadas, mas criaturas das profundezes haviam conseguido se esgueirar para níveis superiores... mais portas deveriam ser trancadas.

Só que então, a desgraça se abateu sobre a Cidadela de Thunderforce. Encurralado numa sala conhecida como “A Fonte de Osbornum”, Lucca e um grupo de seus soldados travaram uma batalha mortal com os malignos invasores. Conseguindo num derradeiro esforço empurrar os inimigos por um dos corredores, o rei ordenou que as portas desse salão fossem lacradas às suas costas. Sob lágrimas, os leais súditos obedecerem. Por três dias os anões permanecerem de vigília na soleira da porta, aguardando um sinal de seu rei para que o salão fosse reaberto e pudessem resgatá-lo. Durante o primeiro dia gritos e barulhos de intenso combate puderam ser ouvidos, ora próximos à porta ora à distância ecoando por corredores. No segundo dia, apenas silêncio. No terceiro dia, atentos e esperançosos, os anões inicialmente ouviram fortes garras raspando a porta, para em seguida ouvirem gritos cruéis e gargalhadas diabólicas vindo de dentro do salão. Thunderforce e seu rei haviam caído.

Abatidos os sobreviventes abandonaram para sempre a cidadela, que nos tempos que se seguiram tiveram suas estruturas superiores ocupadas pelas mais diversas criaturas que caminham pela superfície. Suas minas e níveis inferiores continuam lacrados por seis portas, algumas delas aparentes, algumas escondidas.“


Ao fim da história, mas uma caneca da Espuma de Cobre é colocada à frente do anão sorridente.

 

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