05/06/2022
Drev avisa que estão atirando contra eles, abaixa a cabeça atrás do escudo e acelera o passo.
A plataforma é estreita, sua largura compota um humano ou anão por vez, mas Isiscarus utilizando suas habilidades acrobáticas consegue aproveitar o pouco de espaço que sobra e se esgueira até o extremo da plataforma. De lá, consegue enxergar os dois rufiões armados de bestas à direita do canal, lança com sucesso uma adaga num deles.
Valgrim berra para Zacarias “vai lá Zaca, enfia a porrada nesses caras!” e o bronco sai em disparada pelo meio do esgoto.
Um outro bandido surge do lado esquerdo da plataforma circular e ataca o grupo que ainda vem pelo corredor.
Alguns aventureiros pulam por sobre o canal para acessar a plataforma que segue pelo outro lado, e o combate come solto.
Bauron trocando golpes com o novo inimigo, acerta suas costelas com a maça recém adquirida e sente uma estranha vibração vindo da arma.
Enquanto Drev e Zacarias se engalfinham com o primeiro dos besteiros, Isiscarus sai em perseguição do segundo que havia disparado pelo corredor adjacente gritando “Estão vindo, tem uns caras no corredor!” e depois que uma das adagas do halfling passa sobre o ombro do bandido, este pula para uma abertura à direita no canal.
As risadas de Drev registram o sucesso do grupo em sobrepujar os rufiões que enfrentaram nos esgotos, e Isiscarus traz as novidades “adiante no corredor tem uma plataforma à direita. O malandro subiu nele e avisou que a gente tá chegando. Essa plataforma tem mais ou menos um metro de altura e abre pra uma sala comprida, tem umas colunas na parte da frente e jogaram uma tocha bem na entrada”.
O grupo vai se esgueirando pelo esgoto até atingir a abertura da sala. Combinam uma ação: Isiscarus lança com sucesso uma peça de roupa encharcada de chorume de um dos rufiões caídos sobre a tocha, enquanto Lotar se concentra num encantamento... os companheiros veem a imagem do mago começar a se distorcer, seus cabelos se arrepiar. Ele parece um pouco mais jovem, e como se sobreposta a figura do Lotar, a imagem de Musalid da guarda de Rycote se destaca. A ilusão sobe pela plataforma e Lotar grita “a guarda está aqui, rendam-se!” Do fundo da sala ouvem “Nestrum, vai lá! Pega esse cara, não temos muito tempo!” De trás de uma das colunas, surge um anão com escudo portando um pesado machado.
Drev e Bauron seguem atrás da figura de Musalid enquanto o resto do grupo procura usar uma outra coluna como cobertura e entender melhor o ambiente: conforme Isiscarus havia dito, uma sala comprida com algumas colunas e agora Valgrim mais atentamente identifica no centro uma estátua de indivíduos sentados e encapuzados, com rostos escondidos sob os capuzes. Da posição que está, o mago anão identifica três dessas estátuas sentadas e com suas costas encostadas umas às outras e acredita haver uma quarta do outro lado. Esgueirando-se por detrás das estátuas, Valgrim nota um dos bandidos encapuzados, além de uma terceira pessoa. Mais uma vez ouvem do fundo da sala “Nestrum, rápido, resolve isso”.
Assim que acessam a sala Lotar e Valgrim ouvem Ekundayo dizer “eu sonhei com este lugar. É aqui, a estatueta está aqui.Um encontro acontecerá.”
Nestrum avança sobre a figura de Musalid e ao acertá-la com um golpe, dissolve a imagem mágica “Assif, era uma ilusão! Esse outro aqui também deve ser” e avança sobre Drev.
Valgrim que vinha esse tempo todo com sua besta preparada, dispara contra o encapuzado... a seta atravessa o crânio do bandido que instantaneamente cai morto para trás.
A outra figura se esgueira por trás da estátua e Lotar
notando o movimento, dispara o único míssil mágico que restava no anel emprestado por Faranis.
Nestrum parte desconfiado para cima de Drev, que aproveita a indecisão e acerta um golpe que corta de um lado a outro a barriga do anão... este ajoelha-se, e incrédulo, vê seus intestinos escorrerem... em instantes Nestrum cai morto ao chão. O machado do anão cai no piso e vai quicando em direção da parede, e impressionantemente Drev e Bauron veem a arma atravessá-la.
O último dos bandidos pragueja, dispara e acerta uma seta em Isiscarus, e agora se esconde completamente atrás das estátuas.
Valgrim e Isiscarus aos poucos tentam contornar a estátua para cercar o último dos bandidos e agora notam que ao fundo da sala existe um sinistro e imponente portal. Eles contornam a estátua e para sua surpresa não há ninguém do outro lado. Notam que mais adiante junto a uma das colunas, há com grande e gordo saco de pano.
Drev e Bauron examinam a parede e entendem ser uma ilusão. Atravessam-na. Um pequeno corredor de pedra leva até uma sala que no fundo possui um portal de rocha. De um dos lados uma bancada também de pedra e sobre ela um painel.
Isiscarus e Valgrim examinam o conteúdo do saco, e dentro dele, entre palha, algodão e pedaços de pano, descobrem uma estatueta de platina, de uma mulher envolta numa serpente!!!!
Lotar angustiado pede que os companheiros se apressem, pois Ekundayo havia falado sobre um encontro. Enquanto o nobre profere tais palavras, o grupo vê duas figuras atravessarem a porta que existe na boca da figura demoníaca que adorna o portal. Seguindo-os, três goblins. Altivos, possuem sobretudos de couro negro, botas compridas e coletes do mesmo couro com detalhes em prata. Seus traços são finos, notadamente élficos, mas estranhamente seus cabelos são completamente brancos e sua pela negra como a noite.. provavelmente algum dos aventureiros já ouvira falar nos lendários e maliciosos elfos negros.
O primeiro dos elfos negros, com um rabo de cavalo e o rosto coberto por cicatrizes, se adianta alguns passos, sorri pelo canto da boca e diz “Hum, muito conveniente. Va’halish, pegue a estatueta. Mate todos e limpe a bagunça”, estende seu braço no qual possui um estranho bracelete com a representação de teias de aranha em prata, e dele teias negras se projetam sobre Isiscarus e Valgrim. Sem mesmo esperar o efeito de seu encantamento, o elfo negro dá as costas para a sala e retorna pela boca do demônio.
Incrivelmente Isiscarus e Valgrim conseguem pular para os lados enquanto veem o segundo e mais jovem elfo negro se adiantar ladeado pelos goblins... a gritaria começa.
Mais atrás, Teebo entra no corredor secreto enquanto Drev e Bauron examinam o estranho painel adornado por simétricas e repetidas imagens de cavalos, e avisa que novos problemas surgiram no salão.
Isicarus agarra o pesado saco com a estatueta e se afasta da confusão. Um dos goblins é atingido e cai morto e Valgrim lança mão de sua especialidade, retira uma corda da mochila e a encanta de forma a enrolar o elfo negro. Por alguns instantes o grupo pensa em partir em disparada mas notando que a elfo havia realmente ficado preso na corda e que os goblins agora tentavam desesperadamente soltá-lo, resolvem voltar. Drev e Bauron surgem correndo pelo salão.
Isicarus estranhamente nota que alguma coisa parece estar sacudindo dentro da sacola, batendo mesmo. Se agacha atrás da estátua dos encapuzados e retira a estatueta do saco. Por alguns instantes pensa em jogar a estatueta contra o chão, mas ouve um sussurro em seu ouvido “esta é a missão, é seu objetivo...”, e atribuindo o augúrio a Velka, a Senhora dos Ladrões, resolve examinar mais cuidadosamente a estatueta. Na base da mesma descobre uma camada de cera que talvez o tempo, talvez o transporte havia quebrado, ali embaixo um pequeno botão. “Senhora Velka e todos os outros deuses da esperteza e da malandragem, me ajudem mais uma vez nessa hora que preciso de vocês”, e aciona o botão. Um pequeno compartimento se abre, pedaços de cera quebrada caem lá de dentro, assim como uma velha e amarelada folha de papel enrolado. Isiscarus examina rapidamente: muitas inscrições e runas e no centro do papel um mapa. Rapidamente o halfling dobra o papel, guarda-o em sua mochila e fecha novamente o compartimento da estatueta.
Vendo a dificuldade que o elfo negro e os goblins estão tendo em soltar a corda, Valgrim e Lotar se aproximam. O nobre humano retira um pergaminho de sua bolsa e recita o encantamento. “Certamente és um nobre, alguém de valor... por que te alias a estas criaturas baixas e repugnantes... esses vermes?”
Esse é Va’halish, um jovem e orgulhoso oriundo de uma família nobre menor do soturno e ardiloso reino dos elfos negros. Como um autêntico representante de sua raça, despreza todas as raças que seu povo usa como escravos... mas sua repulsa é ainda maior. Para ele, nada mais são que insetos insignificantes a seu serviço.
Lotar diz “Não deviam estar juntos a ti... na verdade, não merecem viver...” e sob o efeito do encantamento do mago, assim que a corda se solta, o jovem elfo negro saca sua espada e mata o goblin a seu lado.
No tempo de um piscar de olhos, Drev abate o outro goblin que desesperadamente tentava alcançar a boca do demônio.
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