terça-feira, 13 de dezembro de 2022

OLD DRAGON Sessão B17 Os mortos espreitam nas masmorras

11/12/2022

De volta a Sala das Portas, o grupo tenta relaxar.

Os goblins se prontificam a fazer a guarda para os anões.

Gundabad, determinado a dar o descanso definitivo à pobre mulher, permanece por algum tempo pedindo que Duncandin ilumine sua mente e seu coração para tomar as decisões corretas no dia seguinte.

Erisdrale examina por um bom tempo o mapa que havia encontrado.

Gondorim examina o pergaminho e o pequeno livro de capa preta e surrada que estava dentro da arca. Ele tem certeza de que são escritos arcanas, mas sem o encantamento próprio, não consegue compreender seu conteúdo.

Thorn e Soturno roncam ruidosamente.

O descanso é recompensador e todos despertam bem-dispostos. Decidem guardar a arca com as preciosidades nesta sala. Gundabad retoma suas preces a Duncandin, enquanto os demais se preparam para partir. “Norte.”

Seguem o caminho já conhecido conforme descrito no mapa que Godorim cuidadosamente prepara, e ao passarem pela Sala dos Pilares, o espelho não está mais lá. O velho pragueja.

Dessa vez pegam o corredor correto à esquerda, e alcançam uma sala com um tapete azul e dourado, duas portas e mais um corredor. Gundabad procura por uma porta com a maçaneta arrebentada, e a encontra: a da parede leste da sala.

Uma bela cama é coberta por um mosquiteiro, e a parede por trás dela é coberta com um painel com motivos de uma floresta. Uma pequena mesa com duas cadeiras ao redor, uma arca parece um pouco fora do lugar próxima da cama, assim como uma penteadeira que estranhamente está desalinhada num canto do quarto. Sentada sobre uma banqueta, uma mulher de longos cabelos loiros os penteia cuidadosamente enquanto olha para a parede vazia. Iara.

Após alguns instantes de silêncio, Gundabad se aproxima, alguns passos atrás, segue Gondorim.

O sacerdote abre cuidadosamente a caixa de metal que contém os ossos e a mecha de cabelos, voltada para si.

Em voz baixa, ora. “Oh todo poderoso Duncandin, livre a alma de Iara dessa dor eterna. Uma novamente a parte orgânica com sua alma, fazendo mais uma vez que a carne e o espírito vivam juntos novamente”. Vira a caixa aberta na direção da mulher.

Ao ouvir as últimas palavras, a mulher vira seu rosto e olha por longos momentos para Gundabad. Observa os ossos na caixa aberta e volta a olhar para o clérigo. “Há muito espero por este momento e finalmente ele chegou.... obrigado.”

A imagem de Iara tremeluz e aos poucos vai ficando mais etérea, até que apenas um breve brilho permanece ali. Um fino facho de luz segue da imagem e se espalha sobre os ossos, e finalmente a luminosidade se dissipa por completo. “Que Duncandin a guie até seu local de descanso” diz Gundabad enquanto Gondorim pousa a mão sobre seu ombro.

Eri se dirige ao painel que lembra ser uma passagem secreta e todos sentem um estranho cheiro ocupar o cômodo. Gundabad e Gondorim se juntam num dos cantos do quarto e sussurram, um dos goblins parece sentir o chamado na natureza e procura um outro canto para se aliviar. A anã reconhece a intenção do goblin e o repreende na linguagem dos aliados: “Ô Cagão, aqui não. Espera pra quando a gente sair daqui!”      

Resolvem seguir pelo corredor por trás do painel. Diferente deste cômodo, o caminho agora é escuro e de pedras ásperas. Com Soturno na frente, seguem. Eri acende sua lanterna.

Pelo caminho Erisdrale explica para os goblins que “Cagão” é um termo na língua dos anões que significa “Escudeiro Valoroso”.

No final desse corredor secreto, encontram uma das portas com a figura de caveira que já conheciam, e a anã aciona o mecanismo no nariz da figura, que se abre.

Soturno segue a frente. Ao adentrar cuidadosamente uma nova sala que se abre, explica que existem portas de madeira, grilhões em uma parede, uma mesa comprida.

O grupo entra silenciosamente e começa a se espalhar.

Gundabad descobre que ao chão junto aos grilhões existe um esqueleto com as mãos quebradas. Eri e Gondorim examinam a primeira das portas de madeira, uma pequena cela com dois esqueletos em trapos no chão.

Thorn e Soturno se adiantam na sala e descobrem que ela tem uma forma de “L”, mais adiante dois pilares no centro da nova seção e portas de madeira na parede oposta.

Eri e Gondorim partem para a nova porta. Gundabad começa a contornar a mesa com os goblins às suas costas, Thorn segue passo a passo na direção de uma porta do fundo quando....

Um grito horrendo e gutural vem da porta para onde seguia Thorn, e de lá sai uma criatura, uma Craniçal como já haviam encontrado. Das portas por onde Eri e Gondorim passaram, esqueletos emergem. Gundabad ouve quando os goblins gritam, quando são atacados pelo esqueleto que estava no chão. E um combate pela sobrevivência tem início.

Eri é atacada por dois esqueletos: um parte o braço ao errar a anã, mas o outro crava unhas e dedos ossudos na pequena. Amarela se esconde embaixo da mesa e começa a latir. Gondorim se lembra do cetro em forma de aranha que retirou do sarcófago de Nergal e examina-o às pressas. Zumba corre par auxiliar este grupo.

Thorn se afasta e dispara uma seta contra o Carniçal, Soturno tenta acertá-lo também mas é pego de surpresa... a criatura crava seus dentes no braço do robusto anão, que aos poucos vai perdendo seus movimentos, até ficar imóvel.

Eri corre desesperada para cima da mesa e, enquanto se movimenta, vê com pavor o esqueleto sem mãos cravar a ponta dos ossos dos braços num goblin que pouco falava... tudo o que notavam dele era a túnica vermelha e gasta, que agora se encharcava com seu sangue. Ele cai ao chão, morto. Os demais goblins gritam enfurecidos e atacam, até que Iga e Cagão destroem o esqueleto.  

Gondorim desiste de tentar decifrar os escritos no cetro e desfere sem sucesso uma seta contra o esqueleto. Gundabad se concentra e clama pela força de Duncandin para tentar afastar as criaturas, mas nesse instante, Duncandin não responde. Eri dispara a funda e atinge uma das criaturas, Zumba primeiro é gravemente ferido, para então desferir um golpe fatal sobre seu oponente.

Apesar do intenso barulho da batalha, Thorn nota que das portas mais ao fundo da sala mais um esqueleto e um carniçal avançam. O rude mineiro sente o sangue ferver um suas veias. Memórias indesejadas invadem sua mente e abandonando o arco, empunha sua picareta e desfere um único golpe no esqueleto. Crânio e ossos do pescoço se estilhaçam em mil fragmentos e a picareta abre caminho até o meio da coluna por trás das costelas.

Thorn olha ao redor, e morte é tudo o que vê.

 

 

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