quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

OLD DRAGON Sessão B20 Lágrimas dos anões

 27/01/2023

Permanecem por mais algum tempo no laboratório de Nergal, e pelo horário, resolvem lançar mão de suas rações. Uma certa preocupação com a disponibilidade de comida começa a pairar sobre os anões.

Gondorim usa o Cetro das Sombras e lança um encantamento de Luz. Retornam pela masmorra dos mortos-vivos, seguem pelo corredor e passam pelo quarto de Iara.

Logo após o dormitório, existe uma sala com portas ou passagens em todas as paredes. Erisdrale se lembra que a porta ao norte chega no dormitório vazio que utilizaram dias antes para descanso, e o corredor ao sul leva ao Salão dos Pilares. Decidem por explorar o corredor a oeste.

Soturno segue na dianteira, Eri logo atrás. Após percorrerem alguns metros de corredores, chegam numa bela porta de madeira ornamentada. Eri a examina, observa maçaneta e dobradiças. Ao olhar a parede acima da porta, identifica uma seta apontando para a esquerda. “Oeste”, diz a anã, e se veem de volta a Sala de Entrada, onde haviam deixada a arca com os itens até agora encontrados.  

Descansam alguns minutos, e decidem explorar mais um pouco da moradia de Nergal.

Acessam a porta com a seta para o norte. Seguem pelos corredores iluminados e revestidos pelo rico mármore, até chegarem à Sala dos Pilares. Os corpos dos carniçais permanecem lá, mas o estranho espelho não se encontra no salão.

Seguem pelo corredor que leva a oeste e depois de uma curva, chegam a um corredor largo.

Soturno descreve: “Talvez uns 5 metros de comprimento, lá no fundo tem uma espécie de portão estranho, trabalhado mas com portas vazadas. Existe duas pessoas tentando se espremer através das frestas do portão. No meio caminho entre nós e o portão, um bloco retangular de mármore com pouco mais de 1 metro de altura. Aqui o ambiente parece menos iluminado que o resto dos corredores”. Eri acende sua lanterna.

 

Sorrateiramente Erisdrale e Soturno se aproximam do bloco e o examinam. Repentinamente os movimentos das duas pessoas que tentavam atravessar o portão param, e aos poucos vão se virando na direção dos anões.

Um outro anão ladeado de uma mulher de cabelos ruivos e túnica verde... dão poucos passos na direção do grupo... os rostos são pálidos e pedaços de pele e carne parecem pendurados em seus rostos, e então um grito gutural emerge da garganta do anão que pula na direção do bloco.  

Thorn dispara uma seta que crava no peito do anão que avança sobre Soturno. A mulher vem na direção da Eri.

As criaturas parecem famintas. Gondorim atira uma seta e acerta a mulher.

O anão mesmo atingido avança sobre Soturno e a boca com dentes podres mira resoluta a garganta do corpulento oponente. Soturno arregala os olhos... os dentes penetram profundamente a garganta e num violento movimento arrancam a carne. Sangue jorra do pescoço de Soturno e num piscar de olhos seu corpo vai ao chão.

Gritos desesperados são ouvidos pelos corredores. Eri lança sua lanterna sobre o anão morto-vivo. O óleo em chamas cobre a criatura e um bocado do combustível respinga na mulher. As criaturas urram atordoadas e desorientadas, até que caem imóveis ao chão.

Gundabad corre até Soturno, sangue cobre o chão do corredor. Seus olhos estão fixos e vazios. O sacerdote implora pela benção de Duncandin, suas mãos brilham, mas Soturno permanece estático. Gundabad chora e continua suas preces, até que Gondorim coloca a mão em seu ombro, “Filho, não há nada mais que possamos fazer...”

Eri senta junto à parede, abaixa a cabeça e seu choro é entrecortado por soluços desesperados.

Soturno caminha por um túnel escuro, em direção à luz. Houve saudações e cantos. Duncandin olha para o guerreiro e diz “Bravo, seu momento é chegado. Seja bem-vindo”. Ao seu lado, uma lágrima rola pelo rosto de Avena.     

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