domingo, 9 de janeiro de 2022

DCCRPG Sessão 15 A Vila da Figueira Parte 2

 09/01/2022


Os viajantes desfrutam da noite agradável na Taberna Touro Bravo, apesar do olhar insistente da figura que apelidaram de “O Sommelier”.

Combinaram de voltar a se encontrar na Touro Bravo na manhã seguinte, e Urhan se despede de seus companheiros e segue para a casa de seus pais. Angus leva Gallar para se hospedar na sua casa. Os demais optam por passar a noite no lugar mais barato da cidade, As Camas do Porto, que custarão 7pc.

Na manhã seguinte Andras, Eldaryon, Jorah, Gallar e Urhan voltam a se encontrar na Touro Bravo para o café. Jeremias e Walcy continuam dormindo nas Camas do Porto e Opie vai atrás de trabalho nas docas.

Ao chegarem na taberna, o grupo é saudado por Morgan, o proprietário. Sentam-se a uma mesa e são servidos por Laurana, a hobbit. Dispondo de poucos recursos, pedem meia porção de pão e queijo... menos Gallar que pede uma porção completa.

A Touro Bravo, mesmo sendo manhã, recebe uma boa quantidade de clientes. Os aventureiros enquanto esperam a chegada de seus pedidos veem entrar na taberna um velho anão, que os locais saúdam como Nico, o contador de histórias. Pedem por uma história, e em troca de uma caneca de Espuma de Cobre, um prato de pão e queijo, e algumas moedas, Nico conta a história da Cidadela de Thunderforce.

Após a ouvirem a inebriante história de Nico, os companheiros voltam a seus pratos e Eldaryon anuncia que aproveitará o prazo que Angus pediu para concluir as chaves do portal escondido, e se retirará por alguns dias. Jorah diz “Vá com Gorhan, Eldaryon.”

Andras sugere ao grupo se oferecer como ajudante a Angus, tanto para ganhar tempo na feitura das chaves, quanto para adquirir conhecimento nas ferramentas de ferreiro.

Urhan explica pro grupo que na Vila não é possível usar joias como dinheiro, caso precisem fazer o câmbio é necessário ir até a Casa da Moeda e fazer a conversão de gemas por moedas, sofrendo ágio na transação.

Enquanto os companheiros estão conversando, notam que o Sommelier adentra vagarosamente a taberna. Ele tem um passo inseguro, manco de uma das pernas e que se apoia pesadamente numa bengala. Na outra mão, traz uma gaiola com duas pombas. Atravessa o salão e mesmo abordado por Sabrina, uma das atendentes, a ignora e senta-se numa mesa do canto. A atendente, insegura, segue o Sommelier até sua mesa, ouve o pedido sussurrado do cliente e rapidamente se afasta para providenciar o pedido.

Instantes depois os aventureiros notam a entrada de um homem de meia idade, forte e de boa constituição. Urhan diz que aquele é Duran, o capitão da guarda. Duran amistosamente cumprimenta todos os convivas e segue até o balcão, onde é servido de uma caneca de cerveja por Morgan e ali fica conversando com o anfitrião.  

Urhan acena para Laurana e pergunta em voz baixa sobre o Sommelier. A hobbit responde, também em voz baixa, “É um estrangeiro que chegou há pouco mais de uma semana, tem um sotaque estranho e uma voz soturna, alugou uma casa na Vila... vem sempre na taberna, ele paga as contas dele sem reclamar, mas é meio estranho... sei lá... exigente... carrancudo.”

Andras fica desconfiado... o Sommelier já havia observado demoradamente o grupo quando da balada de Ian Blackmore, havia se demorado observando as vestes roxas de Urhan e Eladaryon... “Ele está nos espionando, vai usar esses pombos pra avisar da nossa localização para alguém...” Urhan acha que é bom ficar de olho no suspeito e se voluntaria para segui-lo. Jorah diz “Bahhhh, ele não seria tão óbvio de mostrar para todo mundo que está usando pombos correio para espionar alguém. Talvez ele só goste de um guisado de pombos.”

Sabrina então vai até a mesa do Sommelier e serve uma taça de vinho e um prato de frutas frescas.


Enquanto os Bravos cochicham sobre o suspeito, Duran se adianta ao centro do salão e em voz diz: “Senhores, todos devem ter ouvido sobre o trágico incidente do Viajante da Alvorada. Os líderes da cidade estão extremamente preocupados e tentam entender o que aconteceu. Alguns grupos de soldados da guarda neste instante estão investigando o leito do rio e estamos fazendo o possível para solucionar esse caso. Mesmo assim, a guarda da cidade está disposta a pagar por informações (Andras: “Pagar??!!”) que ajudem a solucionar esse caso. Em paralelo a isso, estou organizando um grupo sob o comando da Guarda da cidade para realizar buscas em outros trechos do rio. Pretendemos sair em um ou dois dias nessa empreitada, e para tal estou procurando voluntários. Estou autorizado a pagar diárias para aqueles que se voluntariem.” Jorah pergunta “Quanto vocês pagam? E vocês fornecem armas?” Duran responde que pagarão 2po por diária e que é possível conseguir por empréstimo armas e escudos no arsenal da Vila.

Gallar diz “Estamos com uma missão pendente... já vamos nos meter em outra?” Andras rebate “Precisamos ficar na vila até Angus concluir as chaves. Me falta equipamentos e dinheiro... quero ir”, ao que Jorah se voluntaria também. Duran diz “que bom, tenho então dois braços para me auxiliar”. Andras retruca “Dois não, quatro!” Duran sorri e olha de canto de olho para Morgan do Machado, que só tem um braço... os frequentadores começam a rir ruidosamente na taberna... Morgan que estava de costas lavando algumas canecas se vira e olha sério sem entender o que acontecia. Duran vira para Andras e diz “Espero que sua espada seja tão afiada quanto sua língua”, e sorri.

Urhan se vira para o capitão e pergunta quanto tempo durará a viagem. Duran explica que não possui um destino exatamente definido, que irão realizar investigações na porção norte do rio. Que talvez três dias sejam suficientes para coletar evidências. Talvez um pouco mais se descobrirem algo de concerto. Gallar e Urhan então se oferecem a participar da expedição. Duran então diz na manhã seguinte realizará uma inspeção no Viajante de Alvorada, e que eles poderão encontrá-lo lá e examinar o barco. Se despede e sai.

Enquanto os aventureiros terminam seu desjejum, ouvem de um dos frequentadores uma conversa com Morgan sobre a estranha história do desaparecimento do grupo conhecido como os Caçadores da Lança de Cristal nas montanhas a sudeste das Terras dos Freake, uma cidade ao sul da Vila. Urhan se lembra que alguém desse grupo já havia vendido alguma coisa para a loja do Bernie.

Andras vai até Morgan e pergunta se conseguiria comprar uma armadura leve a preços módicos. O aventureiro aposentado responde que existem duas lojas na Vila que vendem equipamentos e muitos deles usados: A Venda do Wally e A Ostra Azul, as duas na área das docas. Urhan diz que conhece as duas lojas e diz que é amigo de infância da filha do Wally, Radija. Gallar diz que quer comprar um elmo e Andras lembra das tochas. Urhan sugere que os companheiros sigam preferencialmente à Venda do Wally.

Terminada a conversa e decidindo o caminho que tomarão, notam que a mesa do Sommelier já está desocupada. Urhan pula da mesa e vai até a porta, onde vê a estranha figura se afastando mancando vagarosamente na direção da Praça da Figueira. O astrólogo se despede as pressas e segue o Sommelier.


Jorah decide ir descansar nas Camas do Porto e Andras e Gallar decidem ir as compras. Todos seguem na direção das docas. Logo após passarem pelas redondezas da Praça da Figueira, passam por uma grande casa que possui uma grande bandeira de um olho inscrito num triângulo. As portas da casa estão abertas, e na calçada, um homem portando o mesmo símbolo num cordão no peito, aborda os companheiros. “Venham irmãos, venham. A Casa de Crypticus está de portas abertas para vocês. Venham conhecer a palavra daquele que soluciona os mistérios, desvenda os conhecimentos, mostra os caminhos.” Se apresenta como o sacerdote Levegil e insiste em que os companheiros entrem para ouvir suas palavras. Gallar fecha a cara e manda o sacerdote calar a boca. Desconcertado, o sacerdote olha assustado para o anão e se vira por os outros companheiros. Andras põe a mão no ombro de Jorah e diz “Somos seguidores de Gorhan.” Levegil responde “Ahhh Gorhan, sim Gorhan... vingança, armas, violência. Crypticus busca o conhecimento, decifrar mistérios. Venham, ouçam a palavra de Crypticus.” Olha para Gallar e diz “Menos você. Você não precisa entrar não, você é muito mal-educado.” Gallar enraivado, chuta a canela do sacerdote que grita de dor! Andras pede licença e diz que precisam seguir seu caminho. Levegil diz “Que Crypticus desvende o caminho de vocês, menos desse anão mal-educado, que esse anão se perca na poeira da estrada.” Se vira e entra na casa.


Chegam à Venda do Wally e são atendidos pelo dono. A loja é uma enorme confusão; roupas, armas, baús, cordas, móveis se empilham até o teto. É necessário andar de lado para circular por grande parte dos estreitos corredores. “Bem-vindos! Bem-vindos à Venda do Wally! Wally tem tudo! Bem-vindo anão! Mas cuidado pra não tropeçar, anão tem a perna muito curtinha!”

Gallar compra uma capa marrom (5po) e armadura acolchoada (padded armor 68% 4po). Andras compra uma armadura acolchoada (padded armor 83% 4po), 6 tochas (6 cp) e corda (25 cp). Os aventureiros se recolhem às Camas do Porto para descansar.

Urhan observa o Sommelier na Praça da Árvore. O estranho homem recolhe uma arapuca com uma pomba recém capturada e examina outra que estava vazia. Joga mais algumas migalhas em volta, e segue seu caminho vagarosamente. Chega até uma casa antiga, que Urhan sabe ser uma casa que costuma ser alugada, abre a porta e entra.

Amanhece, os companheiros se reúnem nas docas e procuram pelo Viajante da Alvorada. Descobrindo a localização do barco, se aproximam e avistam Duran próximo a rampa de acesso.

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