quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

OLD DRAGON Sessão A1 A árvore morta dos kobolds infernais Parte 1

Antes de mais nada, faço aqui meu agradecimento ao César Milman do Rizoma Cultura (@rizomacultura, https://linktr.ee/RizomaCulturaRPG), que disponibilizou espaço no seu servidor pra gente fazer essa mesa de Old Dragon. Cesinha, você é show!!!

E atendendo ao chamado, vieram velhos e novos amigos: Lucas (@lucasvonlohrmann), Igor, Dirceu, Cristian e Daironne (@daironne7). Vamo pra pancada!!!!

Sessão 1 11/01/2022 

Em meio a amplas planícies e vales verdejantes, a cidade de Rycote fincou seus alicerces e prosperou, prosperou tanto ao ponto de atrair novos moradores vindos de distantes localidades e de todas as raças amigas que povoam nossas terras.

Sob a mão gentil de seu rei e rainha, as fronteiras de Rycote se estenderam um pouco, incorporando sob sua proteção três ou quatro vilarejos próximos que já mantinham relações amistosas com a coroa.

Rycote, agora habitada tanto por homens, como elfos, anões e halflings, estampava em sua arquitetura a influência dessas diversificadas culturas, moldando o mármore e o calcário que eram retirados das ruínas que ocupavam quilômetros de estruturas no subterrâneo da cidade.

E assim como os subterrâneos, as florestas, pântanos e montanhas da região ainda mantinham mistérios e tesouros que atraiam a atenção de aventureiros.

Foi então que certa vez, uma oportunidade de trabalho acabou sutilmente se espalhando boca a boca por algumas tabernas de Rycote, uma ou outra caravana de mercadores, um acampamento de viajantes e outros locais onde homens e mulheres compartilham histórias e odres de vinho.


Em resposta ao chamado, Hash, um altivo sacerdote de longos cabelos louros e seguidor de Earus, deidade da ordem e da vida, e Lido, um halfling esguio para os padrões do povo pequeno, com cabelos castanhos que chegariam aos seus ombros se não estivessem presos por uma tira de couro na parte de trás de sua cabeça, adentraram, separados por questão de minutos, o salão da Taberna Chifre Quebrado, local onde estaria sendo oferecido o tal trabalho.

São recebidos por Paco, o taberneiro, e após escolherem pratos e bebidas, Hash chama Lido para juntar-se a ele numa mesa e compartilhar a refeição.

Enquanto a cozinha preparava os pratos e Paco retomava ao balcão depois de levar uma caneca até uma mesa, adentra o salão uma estranha figura: um homem alto, de longos cabelos negros lisos, e cuja face era coberta por uma máscara branca. A ser saudado por Paco, aos gritos reponde que se chama Drev, e ainda aos gritos pede uma cerveja. Pega sua caneca e se dirige a uma mesa num dos cantos
da taberna.

O silêncio pela chegada de tão pitoresca figura vai se dissipando, as risadas começam a retornar quando um anão abre a porta do salão, e antes que esta se feche, outro do povo das montanhas segue os passos do primeiro. Para aqueles que observam a cena, não fica claro se os robustos viajantes trilhavam juntos as estradas, mas o certo era que Paco agora tinha duas barbudas figuras resmungando diante de seu balcão.

Valgrim Faltazomba, de barba ruiva com tranças desajeitadas, rosto largo e fala exaltada, e Bauron Machado de Cobre, sisudo com seus cabelos loiros que quase cobrem os olhos e barba trançada que chega aos jolhos, reclamavam da poeira e pediam impacientes cerveja e porções generosas das comidas mais engorduradas que Paco tivesse disponível. “Pernil! O pernil que separamos hoje tem quase três dedos de gordura. O anão não vai se arrepender”, respondeu.


Espalhados pelo salão os recém-chegados saboreavam suas refeições e quando abordado pelo taberneiro, Lido disse que procurava uma oportunidade de trabalho. “Ahhhh, então você veio pela oportunidade!”, disse Paco, e então foi até o balcão e de lá trouxe ao halfling uma chave do quarto que a ele estava reservado… entregou e orientou que o café de manhã seria servido numa sala anexa, para qual o robusto homem aponta a porta fechada, e orienta que chegasse as 8h da manhã, sem atraso e que todas as custas, refeições e estadia estavam pagas. Um por um, os viajantes mencionaram o interesse pela oportunidade, e a cada um deles foi dado a mesma orientação. 

Os quartos a eles disponibilizados eram individuais, contando com banheiras de água quente, lençóis limpíssimos e grandes travesseiros. Hash se concentra numa demorada oração a Earus, Lido e Drev imediatamente caem no sono, caminho que também seria seguido por Bauron se Valgrim não viesse à sua porta, e depois de um chute bravejar “vamos aproveitar a taberna, a noite ainda é uma criança! Deixa de ser mole!” Juntos os anões
chegam ao salão, que agora era bem mais ruidoso por estar quase completamente ocupado. Duas atendentes auxiliavam Paco; Laurana, uma halfling loirinha atendeu a dupla. Entre um gracejo e outro, Valgrim tentava ganhar a simpatia da atendente. Em dado momento, Valgrim perguntou sobre quem estaria no café da próxima manhã, apontando para a porta fechada. Laurana disse que era o contratante, alguém que era tratado de forma especial por Paco e que já havia vindo encontrar uns dois outros grupos ali. Antes de se recolher, Valgrim ainda tasca um beijo na bochecha da jovem, que se afasta em meio a risadinhas.

Na manhã seguinte Drev se posiciona junto a porta quase uma hora antes do horário combinado. Hash foi o próximo a chegar, seguido de Lido. O halfling encontrando a porta trancada, rapidamente pôs-se a trabalhar na fechadura. O clérigo desconcertado com a avidez do companheiro, repreendeu-o com veemência. Lido ignorou-o. Hash com a duas mãos segurou os pulsos do pequenino, suspendendo-o um palmo do chão. Os anões chegam nesse exato instante e lançam olhares de estranheza na insólita cena.

Paco interrompe os argumentos do grupo, abre a porta e pede que os viajantes se acomodassem. Serve farto desjejum.

Alguns minutos depois, um distinto cavalheiro adentra a sala, cumprimenta a todos e senta-se na cabeceira. Apresenta-se como Xavier, representante de um grupo que possui interesses em várias regiões e que vez por outra recruta os serviços de equipes para desempenharem determinadas atividades. Reforça que são trabalhos lícitos e bem remunerados. Questionado o motivo da reunião desse grupo específico, Xavier explica que existe uma pequena cidade a alguma distância dali, chamada Nottinhappens, que vem vivenciando o misterioso sumiço de pequenas crianças. O prefeito da cidade, Pretzers, pediu ajuda para investigar ou solucionar a crise. Hash se exalta e diz “não aceitarei dinheiro algum para minimizar a dor de pais e famílias que sofrem pela perda de suas pequenas crianças. É nosso dever ajudá-los sem nada cobrar em troca!” Imediatamente um alvoroço explode na mesa, com todos os demais aventureiros protestando contra as palavras do sacerdote. Xavier pede calma, e diz que os recursos aos quais o clérigo faria jus poderiam ser revertidos a sua igreja e seus fiéis. Segurando firme a pequena imagem de dragão que sempre carrega, Hash concorda com a proposta, para tristeza de alguns companheiros.

Questionado, Xavier entrega um pequeno saco com moedas de ouro (30), diz que concluída a missão e retornando a Chifre Quebrado, receberão 5 vezes esse valor. Essa missão é quase um teste para o grupo, que a partir dali será encarado como uma equipe e que ao fim desta, qualquer um pode solicitar o desligamento da mesma, caso assim desejassem.

Todos assinam seus contratos e Hash diz que ele e Lido partirão imediatamente. Valgrim negocia com Paco o crédito de uma diária e então se preparam para partir. Paco diz que para seguirem para Nottinhappens, deverão rumar a oeste pela Rota dos Ciganos, após duas ou três horas de caminhada, uma pequena bifurcação a esquerda os levaria a cidade.

Determinados, os companheiros põem os pés na estrada.

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