sábado, 10 de setembro de 2022

OLD DRAGON Sessão B10 Erisdrale encara um inimgo

 

09/09/2022

O grito de dor de Erisdrale ecoa pelo complexo, e ao mesmo tempo, todos os anões olham para o grande esqueleto que havia se esgueirado pelo outro lado do corredor.

Um velho elmo protege o crânio da criatura, e das órbitas vazias um maligno brilho vermelho se projeta. A luz da tocha que o grupo carrega revela que uma velha cota de malha protege seu dorso, mas outros brilhos emanam do ser. A espada, agora manchada do sangue da anã, emite um brilho vermelho enquanto um cordão de prata sobre o peito da criatura exibe uma bela pedra azul turquesa que emite um distinto brilho no mesmo tom.

Soturno pula pra frente da criatura e desfere um primeiro golpe com a maça que acabara de encontrar na sala mobiliada por sofás, mas erra o ataque.

Thorn que seguia tradicionalmente no fim da fila, consegue um ângulo de disparo de sua besta, uma vez que os anões estavam agrupados no meio do corredor e a altura do esqueleto, beirando os 2m, permite uma visão razoável do alvo... mas a seta passa ao largo da cabeça da criatura se perdendo no fundo do corredor.

Eri ferida, corre de volta para a entrada do corredor à cerca de 3m de onde estavam, e de lá consegue arremessar uma pedra com sua funda. O projétil acerta em cheio o peito do esqueleto. Uma parte da cota de malha do inimigo se solta ficando pendurada e revelando o externo e boa parte das suas costelas. Fragmentos de ossos são lançados contra a parede ao lado. Mas intrigados, os anões notam que a bela pedra que pende sob o peito da criatura aumenta a intensidade de seu brilho por frações de segundo e na sequência aos poucos vai diminuindo de intensidade, ficando menos brilhante que anteriormente. Alguns notam que uma parte da clavícula que havia se quebrado com a pedra de Eri aos poucos vai se reconstituindo... gritam uns aos outros “o amuleto está curando o esqueleto! Acertem a pedra!”

Gondorim já retornado aos limites da sala, mira o amuleto e lança uma flecha que atinge o peito do esqueleto. Gundabad tenta um golpe com sua maça e se retira rapidamente do corredor.

Da posição onde estava, o esqueleto direciona o estranho brilho vermelho de suas órbitas na direção de Erisdrale... mas Soturno, que agora impede seu progresso, recebe o ataque da espada vermelha, e sangue escorre mais uma vez pelo braço do anão.

Soturno então revida o ataque mas falha e na sequência corre em disparada para a sala. Thorn tenta mais uma seta, que também se perde no fundo do corredor.

Eri lança mais uma pedra, mas a confusão dos anões agora aglomerados, começa a atrapalhar as ações. Gundabad por instantes relembra palavras de seu antigo líder espiritual, Benethir de Duncandin... quando criança Gundabad havia ouvido do já muito velho sacerdote sobre certa vez que ele e mais um grupo de anões havia seguido em auxílio da Cidadela dos Salões de Pedra nas Montanhas do Grifo, ao sul de Irônia, onde a comunidade anã sofria pesadamente com a exaustão das minas. No seu retorno, não se sabe de onde, foram atacados por um grupo de esqueletos...

“Lembrei!!!” Gritou Gundbad quase dentro do ouvido de Gondorim, ao mesmo tempo que segurava o braço do velho anão. Gondorim que estava prestes a lançar mais uma flecha na direção do amuleto azul se atrapalha, e a seta passa longe se perdendo no corredor. “Armas de pancada são mais eficazes contra os esqueletos”, completa Gundabad, sob o olhar enfurecido no pai.

Gundabad então segue rapidamente pelo corredor e confiante, desfere um golpe de sua maça contra o esqueleto. Dessa vez, várias costelas se quebram e fragmentos de osso se espalham pelo chão. Ao mesmo tempo Gundabad retorna na direção da sala, o restante dos anões nota que mais uma vez a pedra azul brilha e aos poucos, vai se enfraquecendo até ficar somente uma fugaz luz. Notam que das costelas que Gundabad havia quebrado, uma delas volta a se formar.

Amontoados na sala os anões observam quando o grande esqueleto percorre lentamente os metros finais do corredor e, faltando no máximo dois passos para alcançar a sala, para. Mais uma vez as estranhas órbitas se voltam para Erisdrale. Por alguns instantes observa a anã... e repentinamente dá as costas para o grupo, retornando lentamente pelo corredor de onde havia saído.

“O que foi isso?” num fiapo de voz pergunta Eri. Silenciosos os anões agora observam o corredor vazio.

Superado o choque, os anões começam a conversar entre si. Eri pergunta a Gundabad se há alguma coisa que o clérigo possa fazer sobre seus ferimentos. Gundabad lamenta pois as dádivas de Duncandin haviam sido usadas anteriormente, mas mesmo assim tira de sua bolsa algumas ervas que orienta Eri e Soturno mascarem, como forma de amenizar um pouco da dor dos ferimentos.

Feridos e cansados, acreditam que grande parte do dia havia se passado. Alguns começam a se preocupar com a situação de Otto e dos meninos, que haviam ficado na sala de entrada.

Resolvem retornar em direção a entrada do complexo. Olhando para a direção de onde haviam chegada na sala dos sofás, ficam um tanto indecisos sobre por qual dos dois corredores deveriam retornar. Erisdrale examina a poeira de chão dos dois corredores e identifica em qual deles parecia remexida. Seguem por esse.

Passam por uma das sinistras portas de metal, dobram à direita e chegam a mais uma das portas. Eri lembra que haviam saído por uma porta secreta nesse corredor, examina a parede, identifica a posição da porta mas não encontra o mecanismo de abertura.

Gundabad e Gondorim tentam auxiliar, sem sucesso. Soturno acende uma nova tocha. Depois da segunda oferta, o grupo concorda com uma abordagem mais física de Soturno, que com uma pancada de ombro, arrebenta as dobradiças e escancara o novo corredor vazio.

Seguem por mais alguns metros até que Eri identifica a porta por onde haviam alcançado esse corredor.

Facilmente aberta, suspiram aliviados ao reconhecerem a amigável iluminação do complexo, as belas paredes de mármore rosa, a cama sobre a qual repousa um mosquiteiro. Sentada sobre uma banqueta, uma bela mulher loira penteia com uma escova seus longos cabelos olhando perdidamente a parede a sua frente.

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