domingo, 18 de setembro de 2022

OLD DRAGON Sessão B11 Retorno a Farlong

17/09/2022

Arte Gerik @crawlstilho

Arte Julan o Vesgo @yuri.perkowski

A visão do dormitório iluminado com paredes de mármore rosa, e a estranha mulher loira, Iara, que penteia seus cabelos diante da parede, trouxe uma certa tranquilidade ao grupo de anões.

Já começavam a ficar cansados do intenso dia e dos ferimentos que Eri e Soturno ostentam no corpo.

Saem do quarto da mulher loira e chegam numa sala, na qual identificam a porta do dormitório que haviam utilizado horas antes.

Examinando as marcas de poeira do chão, reconhecem o caminho de volta que os leva através do salão dos pilares com o grande espelho e os cadáveres dos carniçais, até a porta com a indicação da seta para cima. “Norte”, fala Thorn na linguagem comum. A porta se abre.

“Seu bando de quimeras do avesso!!! Onde estavam esse tempo todo” ouvem de um enfurecido Otto ladeado pelos meninos com olhos arregalados. Amarela abana alegremente no rabo ao ver o grupo.

Exibem ferimentos e falam sobre perigos inomináveis. Quando questionados sobre as riquezas, Godorim diz “Há veios de ouro e prata, esmeraldas do tamanho do meu joelho...”, ao que Soturno complementa “e essas são as pequenas”.   

Os olhos de Otto brilham, mas o mercador se mostra aflito para retornar a Irônia. Voltam todos a caverna dos goblins e desmaiam de cansaço pelo dia intenso que viveram.

Resolvem levar Otto e os meninos de volta a Farlong na manhã seguinte, enquanto se recuperam. Recuperam uma pequena carroça que os goblins haviam guardado nas proximidades e abastecem-na do restante das provisões. “Sentirei sua falta”, diz Thorn para a mula que puxará a carroça.

O caminho pelo pântano é difícil, e no fim do primeiro dia conseguem vencê-lo e chegar ao início das colinas. Abrigam-se nas árvores que existem próximas e Gondorim, Thorn e Soturno conseguem pescar alguns salmões no riacho que desce das montanhas em direção ao pântano. A pescaria é demorada e depois de agradável jantar vão se deitar já com a noite bastante avançada.

Um amanhecer radiante recebe os preguiçosos e sonolentos anões, quando um a um são acordados com as lambidas de Amarela. Gundabad, acompanhado de Soturno, agradece a Duncandin ao mesmo tempo que pede suas bençãos para tentar curar seus companheiros. Gondorim se senta absorto e lê concentrado um pequeno livro de capa marrom.

Com as dádivas de Duncandin, Gundabad cura Erisdrale.

Seguem decididos até chegar à Pedra do Caçador. Lembravam claramente do cenário: a forte queda d’água vinda das montanhas com o tempo atravessara uma enorme rocha, a Pedra do Caçador, que então constituía uma ponte natural e o único ponto de travessia do rio na região. Além do local aprazível, a Pedra propiciava uma vista privilegiada da região. Otto perguntou se podiam tentar pegar mais alguns peixes e Eri se junta a Gondorim, Soturno e Thorn na empreitada.

O rio nesse ponto é agitado e fundo. Pegam dois peixes pequenos. Thorn resolve tentar alguma caça, mas tem dificuldades em encontrar algum “bichinho”. Gondorim encontra um arbusto repleto de pequenas frutas silvestres, praticamente enche um saco com elas. Eri retorna ao acampamento com as frutas e os peixes e Soturno e Gondorim optam pela caça. O velho anão captura dois coelhos que Soturno havia achado com um encantamento de Sono, e se dão por satisfeitos. Duas horas haviam se passado.

O almoço preparado por Otto é diversificado e saboroso. Seguem em direção das fazendas já de tarde.

Com o sol se pondo chegam à fazenda do finado Velho Tim. Notam na entrada da casa a iluminação provida por uma lanterna e Gondorim nota que uma pessoa pequena segurando a lanterna olha pela janela para dentro da casa.

Dão a volta na casa e interpelam o curioso. Uma pequenina em trajes de viagem confronta o grupo dizendo ser amiga de Velho Tim, o que os jovens Tim e Thomas confirmam. A hafling se apresenta como Julia e diz ter ouvido sobre o incidente dos goblins na região. Lamenta profundamente ao ver o corpo do Velho Tim, entrega um pequeno saco aparentemente contendo moedas ao mais velho e se despede, dizendo que oportunamente retornaria para se certificar de que os rapazes estariam bem. Agradece aos anões pelo resgate dos meninos e se despede. À noite sepultam o corpo de Velho Tim próximo a um antigo carvalho.

Passam a noite na fazenda do Velho Tim e na manhã seguinte Gondorim propõe aos rapazes que os anões façam comércio diretamente com eles, e que pediria que Irônia mandasse alguém para auxiliar na segurança da região. Se despedem dos rapazes e rumam acompanhando Otto em direção a Farlong, a vila humana onde a aventura começou. Amarela corre alegremente pela estrada à frente do grupo.

Chegam na hora do almoço e são recebidos alegremente pela população, quando dizem ter resolvido a situação dos goblins. Levam o grupo para comer e beber na Taverna do Grifo de Latão. Muitos se reúnem para celebrar junto aos aventureiros e ouvir sua história.

No Grifo de Latão um competente bardo está se apresentando, chama-se Stanley. Possui uma poderosa voz e toca habilmente seu alaúde. Em determinado momento, o bardo anuncia uma antiga canção que encontrava-se meio esquecida nos dias atuais. A canção fala sobre um amanhecer onde a batalha derradeira irá ocorrer, uma batalha entre dragões. Os versos são marcantes e tocam profundamente vários dos presentes. Em determinado ponto, a canção questiona se dragões bondosos ou aqueles malignos triunfarão, e qual o destino terão homens, elfos e as demais raças. Após aplausos dos presentes, Stanley diz que a balada se chama “A Alvorada dos Dragões”.

Gondorim fica extremamente curioso com a canção, e quando o bardo faz o intervalo, chama-o para se juntar aos anões. Junto com ele vem Julan o Vesgo, um caçador conhecido na região que está acompanhando o menestrel desde as vilas do Grande Lago até Stagenhoe, a capital do reino da floresta.

Questionado sobre a canção, conta que seu antigo mestre Ian Blackmore, havia ensinado a bela balada. Isso era tudo que sabia sobre “A Alvorada dos Dragões”. Seu mestre há anos havia rumado da cidade natal de Stanley, Brundoval, para o leste distante.

Enquanto conversam numa mesa, um grupo de viajantes adentra a taverna, todos usam insígnias que representam a cabeça de um cervo. Seu líder é saudado como Lorde Pietro. Cumprimenta as pessoas e anuncia que vem trazendo mensagens do Grande Lorde de Stagenhoe:

“Em nome de Lorde Izan, Senhor de Stagenhoe informamos que todos os esforços estão sendo realizados para eliminar os goblins que vêm aterrorizando a região. Estamos certos de que nas próximas semanas serão encontrados e exterminados pela valorosa equipe liderada pelo Capitão Reno.

Informamos que os valores pela captura dos bandidos conhecidos por Gerik (450 po), Bigsyg (220 po) e Nina (200po) foram aumentados. Informações adicionais sobre o paradeiro de quaisquer elementos do bando, serão reconhecidas pelo Lorde.

Por fim informamos que os valores das taxas bimestrais para manutenção do reino sofreram um pequeno aumento. Então Farlong passará a contribuir com 30 po, 50 sacas de cereais, 20l de vinho a cada bimestre.”

Um dos soldados que acompanha Lorde Pietro, pendura em um mural as três imagens dos procurados.


  Gerik

Bigsyg








Nina



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