Relato 8
Mais uma jornada até o complexo industrial. Dessa vez são Pilgrim, Motorista Mentacapto, Mohini, Saqueadora do Deserto, Stephan, Mutante do Mundo Morto e Tomy, Sobrevivente Primevo. Antes disso, conversam com Johnny e até tentam leva-lo na viagem, mas ele implora para que não. Para evitar que os aventureiros o forcem, conta todos os detalhes que lembra da siderúrgica. Algo que chama a atenção é a menção a um cristal amarelo no banheiro dos escritórios.
Dessa vez, partem com instruções do tecnomago Hazer. Ele pede que o estranho cristal amarelo no complexo industrial e promete pagar bem por ele. Além disso, seu mordomo, Lafoot, dá aos aventureiros um par de luvas de couro para tocar no cristal com segurança.Partem no carro de Pilgrim, e a viagem dura em torno de 4 horas. O céu cinza e moribundo. Na última hora, ao passarem pelas ruínas de uma cidade, percebem a presença de algumas pessoas se abrigando em uma farmácia. O grupo resolve desviar o caminho e não se encontrar com essas pessoas. Chegam no complexo industrial sem maiores problemas.
Ao chegarem se encaminham diretamente para a siderúrgica. No caminho, Mohini, que vinha andando com muita cautela, nota um grande buraco, ainda coberto pela brita da trilha. Ela anda em torno do buraco com cuidado, cutucando a terra com sua marreta. Aos poucos a terra sobre o buraco cai e revela uma estranha substância gelatinosa e prateada, cobrindo toda a superfície na base do buraco. Deixando para trás esse estranho evento, finalmente chegam a siderúrgica.
Adentram pela garagem mais próxima, o barulho das máquinas se tornando cada vez mais alto. Seguem diretamente para os escritórios, sem encontrar com ninguém no caminho. Quando Mohini abre a porta, dá de cara com dezenas de clones trabalhando em cubículos, carregando pranchetas, fazendo cópias em uma máquina de xerox. Os clones a ignoram. Ignoram a todos. Dentro do local, o grupo percebe vários materiais que podem ser vendidos por chicletes em Libertas, mas teme que se pegarem os equipamentos sendo usados pelos “Joãos”, eles ataquem.
Resolvem ir até o banheiro. Um grande buraco consome quase todo o piso, deixando apenas um pequeno espaço onde colocar os pés. Dentro do buraco, aquela mesma gelatina prateada já encontrada antes. Do outro lado do buraco, o tal cristal amarelo.
Stephan o olha com cuidado e tem a certeza de ver rostos em agonia dentro daquele brilho dourado. Logo abaixo do cristal, que cresce da parede como uma ferida, há um corpo de bruços e, no seu rosto, uma máscara de gás.
Pilgrim pega uma corda e laça o corpo do outro lado do buraco, arrasta-o pelo chão dentro daquela gelatina e o trás para seu lado do buraco. Quando o corpo surge, ainda coberto com a substância prateada, ele parece ser feito de borracha. Os aventureiros chegam à conclusão que aquela coisa prateada, afeta materiais orgânicos, deixando-os com essa consistência frágil e elástica. Nesse interim, Stephan vai ao escritório, pega um copo e alguns elásticos e coleta uma amostra da gelatina. O corpo guarda mais um presente além da máscara de gás. Ele abraça com força uma espingarda de cano duplo serrado. A arma é retirada das mãos do cadáver por Pilgrim, com um certo esforço.
O grupo resolve, depois de alguma discussão, dar a volta nessa sala e ir para a garagem de saída. Sabendo que uma das paredes da garagem coincide com a parede onde cresce o cristal amarelo, Mohini pega sua marreta e começa a derrubar a parede.
Não demora muito. Os clones vêm dos escritórios correndo e tentam vir da porta dupla no fundo da garagem, mas essa é bloqueada por Stephan. Os Joãos carregam várias armas improvisadas: canetas, tesouras e estiletes. Um deles carrega um grande revólver. A luta começa. Pilgrim dispara a espingarda e mata o clone com o revolver,
derrubando-o, aproveitando para correr até o corpo e pegar a arma. Tomy decepa a cabeça de outro com seu machete. Mohini trabalha na parede, cada marretada como um sonho realizado.
Quando ela derruba a parede, os clones estão por toda parte. Ela foge para fora da garagem. Stephan joga um molotov em uma das passagens de onde não param de vir clones. Tomy também foge da garagem. Correndo desesperadamente, Pilgrim entra na passagem recém aberta por Mohini e arranca o cristal da parede do banheiro.
Stephan está cercado, sendo cortado e furado por muitos clones. Ele grita para que Pilgrim fuja e joga um último molotov, dessa vez a seus pés.Stephan e clones. Todos queimam. Pilgrim aproveita e foge. Todos fogem. Menos Stephan.
Agora, no Café dos Sonhos Quebrados, a lembrança de Stephan, sua identidade com a foto de Brad Pitt, é colocada na parede pelos sobreviventes.
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