quarta-feira, 27 de março de 2024

IRONSWORN Sessão B5 com Flecha Mágica - O forte Skulde

 Ironsworn – Flecha Mágica

Relato 5

Yrsa e Ulthred saíram, junto com um bando de guerreiros, em perseguição as Skuldes, enquanto Leonna ficou para trás para cuidar dos feridos no combate no forte. Parcel, líder dos guerreiros de Damula, estava tendo algumas conversas escusas com seus sargentos, o que chamou a atenção de Loenna. Mais do que isso, ela notou algo estranho em sua feição, algo influenciando seus pensamentos. Enquanto pensava a respeito, a figura de seu pai apareceu diante da capela arruinada dentro do forte, chamando-a para perto. Ao chegar diante da estrutura, o espírito pôs a mão no ombro de Leonna, ela sentiu um calafrio e fechou os olhos momentaneamente. Quando abriu os olhos mais uma vez, notou que no centro da capela, onde antes havia um circulo de runas no chão, havia agora uma escadaria que levava para a escuridão. Respirou fundo e caminhou em direção da escuridão.

A perseguição pelo pântano continuava frenética, os Skuldes conheciam bem o pântano, mas em Yrsa e Ulthred ainda queimava a chama da vitória que os impulsionava. Conseguiram passar a frente de seus inimigos e preparar uma rápida emboscada com seus arqueiros. Em um minuto sangrento, os Skuldes estavam no chão, cravados de flechas. Mais uma vitória. Yrsa e Ulthred decidiram que antes de ir para o forte, deveriam atacar o posto avançado dos Skuldes, onde mantinham mais soldados e armamentos. Caminharam nessa direção, por entre a névoa e arbustos rasteiros do pântano. 

O posto avançado era uma estrutura de madeira acima da água do pântano, sustentada por madeira velha e molhada. Ulthred pegou uma corda e nadou silenciosamente na direção do local, enquanto seus companheiros ficaram para trás. Chegando um suporte central, amarrou sua corda e se preparou para voltar. Da água calma a visão de um Skulde surgiu, faca longa na boca, pronto para matar. Ulthred ainda conseguiu desviar o golpe da faca com seu escudo, mas o Skulde agarrou seu pescoço e o jogou sob as águas sujas. Notando uma movimentação estranha, Yrsa foi atrás do companheiro, apressada. Ulthred, percebendo a morte muito próxima, estocou desesperado com a espada, acertando em cheio o peito do atacante, seu sangue caindo sobre as águas. Yrsa chegou a tempo de ajudar seu amigo a voltar com a corda. Juntos com os outros guerreiros, puxam. A corda dá sinais que não aguentará, estala e reclama. A corda se parte, mas leva consigo parte da estrutura do posto avançado. Os guerreiros de Damula se aproximam em barcos dos Skuldes, atacando enquanto aproveitam o caos. No entanto, seus inimigos estão acostumados ao caos, rapidamente se organizam e partem, sob a água e sob a cobertura de seus arqueiros, ainda pendurados no que sobrou do posto avançado.

Leonna acendeu uma tocha, pois não havia luz alguma nos corredores. Seu pai era seus olhos, permitindo que ela visse o mundo para os mortos vão. Ela caminho até uma sala ampla, com várias saídas para outros corredores. Podia ver sombras estranhas, silhuetas daquele povo alto e antigo. Não consegui ver os rostos e nenhum outro detalhe além de sua forma geral. Uma sombra em particular chamou sua atenção, ela parou e se virou para Leonna, seu rosto se transfigurando e a todo momento em rostos que ela conhecia. Sempre cobertos em sombras. A entidade a guiou por um corredor até uma sala menor. No centro da sala um cajado, negro como as sombras. Leonna se aproximou. A coisa lhe ofereceu o cajado. Seu pai soltou seu ombro. Leonna aceitou aquele poder, sentindo uma estranha

familiaridade. Ao segurar o cajado, sentiu o sangue gelar nas veias. Seu pai a guiou de volta para o mundo dos vivos, da mesma forma que entrou. Lá fora Parcel acusava Avila pelo sumiço de Leonna, embora fosse perceptível sua tentativa de criar um motivo para o conflito. Queria se aproveitar da situação, do cansaço e feridas dos soldados de Avila. Leonna falou para Parcel com autoridade, explicando-lhe sobre o benefício da aliança, de usar o momento dessa vitória para conseguir alcançar o objetivo principal: expulsar os Skuldes do pântano. Como que seu livrando de uma força que tentava lhe controlar, Parcel reconhece a sabedoria nas palavras de Leonna e, junto com Avila, organiza seus soldados para se reagrupar com Ulthred e Yrsa.


Os Skuldes chegaram por baixo da água, sem serem vistos, virando os barcos e usando o caos e confusão para atacar. Vários guerreiros morreram ali, vítimas das facas de ossos dos Skuldes. Yrsa e Ulthred se reencontram no caos, Ulthred tentando manter os Skuldes afastados com golpes amplos de sua espada, enquanto Yrsa se foca no combate. Ela percebe que há método no ataque dos Skuldes, que o caos é falso, uma criação para confundir os combatentes. Coloca uma flecha no arco e se prepara, percebendo todos os movimentos sincronizados dos Skuldes. Quando os inimigos emergem e partem para cima da dupla. Suas flechas derrubam vários deles, caem como folhas apodrecidas. Os últimos deles, percebendo a derrota, cortam seus próprios pescoços com suas facas, rogando alguma maldição em sua língua vil. O sangue se mistura as águas. Uma força horrenda se vira durante seus sonhos malignos, nas entranhas do forte Skulde.

O trio se reagrupa mais uma vez, junto com os guerreiros restantes. Juntos preparam a última ofensiva do dia. Apesar do cansaço e feridas, sabem que essa oportunidade é única e não pode ser perdida, ou o inimigo se reagrupará. Yrsa pede conselho aos corvos, eles indicam uma passagem subaquática até o forte. Um plano é feito: Parcel e Avila atacarão o potão, enquanto Yrsa, Leonna e Ulthred entram pela passagem alagada e abrem o portão do forte. 

A passagem sob as águas é estreita e claustrofóbica, mas os três conseguem atravessá-la, apesar da aflição. Ao entrarem, percebem que o forte está praticamente vazio. Enquanto se recuperam, percebem uma sombra surgir de uma das estruturas dentro do forte. Uma criação profana, feita das partes das vítimas dos Skuldes, animada pela maldição dos Skuldes, pela vida entregue para os poderes sombrios. A coisa tem mais de dois metros de altura, braços longos e grandes músculos apodrecidos. O cajado de Leonna parece assustar a monstruosidade, que parte para cima da curandeira. Yrsa e Ulthred aproveitam a situação para tentar empurrar uma torre apodrecida, com o intuito de derrubá-la sobre a besta profana. Leonna tenta se esquivar do monstro, mas ele usa um tronco podre para arremessá-la para longe com um golpe. A torre vem abaixo com a força de Ulthred e Yrsa, mas cai longe da criatura, bloqueando a passagem entre os dois e Leonna.

O cajado assusta a criatura, ela tem medo de ser tocada por aquela coisa. Leonna, percebendo que precisa fugir pula de volta na passagem que a trouxe até ali, mas a besta é mais rápida e a agarra pela perna. Uma flecha vinda dos escombros da torre caída, acertando direto na articulação do ombro do humanoide. Yrsa salva a vida de Leonna. Ao cair no chão, Leonna percebe que terá de usar o cajado se quiser sair viva dessa luta. Tomada pela vontade de sobreviver, ou talvez pelo poder sombrio do cajado, ela contra-ataca. Seus golpes rápidos e furiosos colocam o monstro no chão, o cajado quebrando ossos. Ela só para de golpear quando Ulthred chega, mostrando que o monstro está morto.

Os Skuldes do pântano foram derrotados, mas tudo tem seu preço.

Os vídeos de nossas sessões estão disponíveis no canal do YouTube do Flecha Mágica  www.youtube.com/@flechamagica
O relato da sessão anterior pode ser conferido aqui: dadosecanecas.blogspot.com/2023/11/ironsworn-sessao-b4-com-flecha-magica.html

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