quinta-feira, 18 de abril de 2024

DCCRPG Sessão A8 - Prelúdio

 06/04/2024

Num misto de sentimentos os sobreviventes da Segunda Queda da Fortaleza de Molan retornaram à Vila das Cabras. Muitos sentiam-se animados e capazes como nunca em suas pacatas vidas, outros pesavam se o sacrifício de tantos havia valido a pena. Mas enfim, a paz retornara à vila.     

Alceu decidiu retornar à segurança daquilo que conhecia, e abriu uma quitanda para vender o que produzia nas suas próprias plantações. Adamastor decidiu se tornar um aventureiro, equipou-se de armadura e maça, e se preparou para viver as histórias sobre as quais os bardos cantavam. Nesse meio tempo, descobriu a fé, e decidiu que e suas aventuras, espalharia as palavras de seu deus. 

Martelada cansado de tanto sangue, e principalmente traumatizado pelas visões de seus afilhados possuídos pelas vinhas diabólicas se aposentou, mas manteve consigo o mangual de Molan. Colombo Cabral o elfo estrangeiro, achou boa a ideia de passar algum tempo na vila, e acabou se aliando àqueles que optaram por se aventurar. 

ZeroBerto, o único sobrevivente da família Berto, investiu as riquezas trazidas da Fortaleza de Molan na reforma da Barbearia da Vila das Cabras. Para homegnagear seus irmãos e demais que se sacrificaram, erige uma estátua em pedra bruta dos Libertadores que caíram na campanha e funda a Guarda da cidade.  

Adamastor alia-se a ZeroBerto e como forma de contribuir com a Guarda, adestra cães par auxiliar nos trabalhos e aproveita para espalhar a crença do deus dos animais aos seus parceiros.

Algum tempo depois, um estrangeiro chamado Batatão chega à Vila das Cabras. O corpulento viajante havia ouvido sobre a criação da Guarda e em busca de sustento pela próxima temporada antes de seguir mundo afora, decide alugar sua arma aos guardas.

Batatão havia alcançado a vila com um bom dinheiro, 3 moedas de ouro que as guardava cuidadosamente. Tinha por hábito poli-las e admirá-las... Uma era retangular e possuía a imagem de uma águia. Outra redonda e larga, era impressa com uma coroa e no verso "Pela honra de nosso amado rei". A última, um pouco menor e mais espessa, exibia a imagem de uma mulher e no verso "A Beleza Devora". 

Com o passar dos dias Batatão foi conhecendo mais seus companheiros, e se sentia curiosio sobre Adamastor, que julgava conhecer de algum lugar. Certa vez chegou a falar-lhe sobre isso, mas o clérigo apenas aproveitou para professar as palavras de su deus e dizer ao estrangeiro que seu Batismo de Ouro estaria próximo.

Naquela noite, enquanto polia suas moedas, Batatão entendeu... a face da mulher em uma das moedas

era idêntica a de Adamastor, olhos, forma do rosto, nariz e boca. Era dali que Batatão o conhecia. 

No dia seguinte, ao encontrar o clérigo na taverna da vila, Batatão mostra a imagem na moeda. Adamastor fica curioso, pensa que talvez algum antepassado seu pudesse ter sido alguém famoso ou rico.

Durante a conversa dos dois, ZeroBerto acompanhado de mais alguns, entra na taverna e orienta a se prepararem pois havia chegado a informação de que uma caravana que seguia para a vila enfrentava problemas na estrada. "Aí está o seu Batismo de Ouro", disse Adamastor a Batatão.

O grupo então segue em direção à porta da taverna, e ao ultrapassá-la, algo perturbador acontece: diante deles não está a Vila das Cabras, mas uma região de árvores retorcidas e desfolhadas, sobre as quais pequenos pontos de neve acumulada. Uma pequena trilha segue adiante, subindo em direção a uma grande montanha dividida, que parece ter sido atingida e partida pelo machado de um gigante.

Aturdidos todos olham para trás, mas ao invés da porta da taverna de onde haviam saído, a trilha segue para um amontoado de árvores negras e lúgubres.  

 


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