Ótimo papo com o simpaticíssimo Richard Barton, o autor da imensa medadungeon The Halls of Arden Vul. Confere a conversa!
1) Primeiro RPG?R. A versão do livro azul de Holmes de D&D, em 1978. Eu jogava wargames da Avalon Hill há alguns anos, e a loja de jogos recebeu um novo produto com uma cara legal que pensei ser um wargame. Como fiquei feliz por descobrir que estava enganado!
2) RPG de Cabeceira?
R. AD&D (1e) é a resposta óbvia, porque combina minha linguagem preferida (fantasia, seja corajoso ou épico) e porque é o jogo que joguei nos meus anos de formação. Mas também sou um grande fã de Ars Mágica, 3e.
3) Presencial ou Virtual?
R. Presencialmente, por favor! Eu olho com admiração aqueles DMs e jogadores que conseguem navegar em ambientes no mundo virtual tão perfeitamente (vivas para o Jon Britton e 3d6 Down the Line!), tendo em mente que eu demoraria muito para imaginar aquilo tudo. Meu jogo é presencial há 14 anos…
4) Material físico ou digital?
R. Prefiro livros físicos à mesa, mas uso livros digitais quando estou escrevendo aventuras e fazendo trabalho de preparação.
5) Uma Classe?
R. Hmmm…. Já faz um tempo que não sou jogador (mais recentemente fui um ladino em um jogo de D&D 5e), mas se estamos falando de AD&D, acho que prefiro guerreiro ou ladrão.
6) Teste de atributo?
R. Com certeza!
7) Aventura ou Campanha?
R. Campanha, com certeza. A campanha que produziu Arden Vul durou uma década até que alguns jogadas azaradas mataram alguns PJs importantes no Templo de Set. Meus amigos reiniciaram-na e estamos há dois anos em uma nova campanha… embora ainda não tenham se aventurado em Arden Vul!
8) Aventura Favorita?
R. Quando eu era adolescente, era Tomb of Horror da TSR (NdE. D&D Gary Gygax, 1975). Como adulto, posso nomear Expedition to the Barrier Peaks (NdE. TSR, AD&D Gary Gygax, 1980) entre os módulos clássicos, e Pod Caverns of the Sinister Shroom de Matt Finch (NdE. Expeditious Retreat Press, AD&D e OSRIC, 2006) das entradas mais recentes. Claro, Rappan Athuk (NdE. Frog God Games, Sword & Wizardry, 2012) foi o que me fez querer produzir uma megadungeon.
9) Sessão Inesquecível?
R. Uau! Difícil de dizer. Houveram tantas. Algumas que ficaram na minha mente incluem a vez em que como um esqueleto gigante de Rudishva empalou um dos PJs na parede de um duto de ventilação... com seu fêmur (eu na verdade, escrevi isso na versão final de Arden Vul, então é literalmente imortalizado no papel); ou a vez em que outro PJ fez um uso inteligente de uma pele de urso polar em um confronto com kobolds; ou a vez que Wicktrimmer usou um anel de respiração subaquática para afogar um inimigo de longa data; ou o triste dia em que Balthazar, o Azul, foi incinerado pelo ataque de chamas da Sacerdotisa Stephania; ou o dia em que Grimley foi sugado por um portal para a Cidade de Bronze e os outros PJs encolheram os ombros e disseram ‘Oh, bem!’, e o seguiram; ou a eliminação inteligente dos halflings de Plumthorn pelos PJs usando uma tábua de madeira… e a lista continua e continua!
10) Não joguei, mas queira experimentar
R. Paranoia. Também Traveller (NdE no Brasil pela RPG Planet) – criei muitos personagens para Traveller ao longo dos anos, mas nunca joguei.
11) Thorin Escudo de Carvalho ou Jon Snow?
R. Meu instinto é ir com Thorin, já que ele é um senhor anão durão, motivado e ambicioso. Mas se eu estivesse organizando um grupo de aventuras? Não sei… Thorin pode ser um pouco egocêntrico demais. Jon Snow geralmente tenta fazer a coisa certa para o bem comum, então talvez eu o aceitasse.
12) Preparar ou improvisar?
R. Eu preparo. Na verdade, provavelmente estou me preparando demais. Mesmo assim, meus jogadores muitas vezes me forçam a improvisar.
13) Livro Inspirador?
R. Eu peguei a doença do RPG de fantasia de Tolkien, primeiro do Senhor dos Anéis, e depois do Silmarillion. Por um tempo, quando era adolescente, batizei todos os meus PCs com nomes de vários Noldorin. Mas hoje em dia eu provavelmente cite as séries Fafhrd e Gray Mouser de Leiber (que eu só descobri lá pelo final de meus 20 anos). Também foram profundamente importantes para mim na construção do mundo as séries Elric de Moorcock e o mundo de Tekumel de M.A.R. Barker . Às vezes adapto esquemas básicos de enredos de épicos e romances medievais (por exemplo, Raul de Cambrai, Guilherme de Orange, Yvain, etc.). Embora possa parecer um lugar comum em 2024, continuo inspirado pela visão de Herbert de um universo feudal em Duna; se eu alguma vez mestrasse um jogo espacial, teria as conotações de Duna.
14) Filme ou Série Inspiradora?
R. Embora novamente possa parecer uma escolha “segura”, adorei a sequência de Moria em A Sociedade do Anel (2001); esses visuais foram uma grande inspiração para mim no design de jogos. Admiro filmes que podem construir suspense lenta mas seguramente (que às vezes tento imitar nos jogos): dois entre muitos exemplos seriam Aliens (1986) e Outland (1981). Embora isso realmente não afete diretamente meu jogo, vou dar créditos para um filme de vampiros pouco citado, Near Dark (NdE. Quando Chega a Escuridão, 1987). Huh! A maioria das minhas escolhas são dos anos 80. Acho que sou um verdadeiro Gen-Xer.
Obrigao por esta oportunidade!
ResponderExcluirMy pleasure Richard!
ExcluirQue maneiro!! 👏👏👏
ResponderExcluirDemais né Rogério!
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