segunda-feira, 11 de julho de 2022

OLD DRAGON Sessão A12 Investigar ou Explorar? Parte 1

 

10/07/2022

Mais do que o sentimento de missão cumprida, os sorrisos previam as generosas moedas que encheriam os bolsos dos aventureiros quando as pedras que receberam como pagamento fossem trocadas.

Rapidamente combinaram no salão da Raposa Astuta: ao invés de partirem todos juntos para a investigação, Lotar sugeriu se separarem na manhã seguinte, de forma a chamarem menos atenção para quaisquer decisões que viessem a tomar. Dessa forma, Lotar iria tentar trocar as pedras que havia conseguido, Isiscarus iria fazer contatos pela cidade tentando mais detalhes sobre o subterrâneo e Valgrim seguiria para a biblioteca, inicialmente para investigar a assinatura que existia no mapa encontrado. Bauron, Teebo, Drev e Ekundayo ficariam descansando na estalagem.

Lotar logo pela manhã seguiu para uma vistosa joalheria pela qual vez por outra passava localizada no Distrito Norte, chamada Brilhante de Rycote. Lá conheceu, entre outros, Horácio, o halfling joalheiro responsável por produzir as belas peças da casa, e Ugh o anão que fazia sua segurança. A negociação foi rápida, e de posse de uma mochila contendo moedas e alguns lingotes de ouro, foi acompanhado pelo anão até a Casa de Valores de Rycote, onde depositou grande parte dos valores recebidos.

Isiscarus, no caminho para o Distrito do Pequeno Lar, ainda nas redondezas do Distrito das Oficinas, passou pela discreta porta da Oficina do Lang, um joalheiro local. Lá dentro conheceu o próprio Lang, um anão de conversa fácil e apreciador de boa aguardente, com quem fechou a venda das pedras. Naquele momento, o halfling retirou apenas 50gp do valor combinado, retornando alguns dias depois. Durante a conversa, Lang disse que Petrus Fleming o dono da Senhora da Serpente que havia recompensado o grupo era tido como a pessoa mais rica de Rycote. Diretamente envolvido com construções e atualmente também atuando no ramo imobiliário, Petrus já havia expandido suas atividades para duas outras grandes cidades da região.

Resolvida essa parte da conversa, Isiscarus segue para o Pequeno Lar e lá encontra Boldo, o halfling que já lhe havia fornecido algumas informações. Seguem para conversar mais reservadamente para uma taberna simples e mal iluminada chamada Bafo de Bode. Sobre os subterrâneos Boldo fala sobre pelo menos quatro níveis conhecidos. O primeiro já teria muita coisa explorada e mapeada e o segundo  possuía uma boa área conhecida. Desses saíam as grandes placas de mármore a calcário que era usadas nas construções de Rycote. Do terceiro, pouca coisa se falava, e do quarto nem meia dúzia de salas e menos de 500m explorados. Existem alguns grupos na cidade que se organizam para descer e explorar a região. Um dos que está ativo e talvez atualmente o mais famoso é o Crânio Rachado. Aproximadamente de três em três meses o grupo desce para tentar achar algo valioso, e normalmente o que trazem, sejam peças de arte antiga ou joias valiosas, é o suficiente para sustenta-los até a próxima descida. Quando não acham nada, fazem algum dinheiro com novos mapas das regiões percorridas. Boldo diz que por 10gp pode fornecer a Isiscarus o mapa de uma pequena região do primeiro nível, e fecham negócio para o dia seguinte.

Valgrim segue até a biblioteca e procura pela ajuda de Diana. Depois de alguma conversa, mostra seu interesse em descobrir detalhes sobre a assinatura que ilustra o mapa descoberto. A bibliotecária se anima e diz que tem por hobby catalogar assinaturas dos sábios e escritores que possuem volumes disponíveis na biblioteca. O anão aceita a ajuda, que pode demorar algum tempo. Valgrim também pede volumes sobre a história de Rycote, que começa a estudar. Conhece um excêntrico senhor que vem a ser Mestre Sabatino, o Primeiro Bibliotecário de Rycote. Usando sua lábia, Valgrim tenta se aproximar do Mestre Sabatino e descobrir alguma coisa sobre o passado distante das ruínas abaixo de Rycote. No geral o que descobre é que a história oficial é de que grupos de fazendeiros e comerciantes há cerca de 200 anos estabeleceram uma espécie de feira na região onde hoje Rycote se localiza. Moradias e comércios mais definitivos começaram a se estabelecer, até que a cidade começou a tomar forma. Quando escavações em busca de poços ou mesmo para fundações de casas maiores se iniciaram, as ruínas foram descobertas. Então é tido como uma grande coincidência a fundação de Rycote sobre as profundas ruínas, que até hoje não possuem uma origem determinada.

Direcionado por Mestre Sabatino, Valgrim chega até um volume atribuído a certo Adam Sandaregron, um dos primeiros a se aventurar pelas ruínas há mais de 100 anos. Seus relatos são muitas vezes criticados ou até mesmo contestados, uma vez que não se tratava de um acadêmico, mas explorador que teria registrado uma espécie de diário muitas vezes tida por fantasiosa. Para surpresa de Valgrim, nas páginas do “O que se esconde abaixo de Rycote” de Sandaregron o anão encontra a representação da Senhora da Serpente, que teria sido encontrada pelo explorador, além de duas outras preciosidades: um conjunto de seis grandes pratos feitos de platina, adornados com pedras preciosas e repletos de intrincadas imagens trabalhadas em suas superfícies, e finalmente uma belíssima e imponente espada forjada num desconhecido metal negro com uma grande pedra vermelha em seu punho, que Adam carregou por algum tempo.

Tanto para Mestre Sabatino quanto para Diana, Valgrim sugeriu conhecer detalhes dos incidentes recentes na cidade e a existência de um elfo negro neles envolvido. Sabatino encarou com incredulidade, mas Diana ficou visivelmente abalada.

A noite a trupe se reúne no salão da Raposa Astuta. A discussão é longa e por vezes acalorada: Valgrim defende sua teoria de que A Cidade Antiga na verdade era povoada por elfos negros, e que talvez ainda seja habitada. Isiscarus quer investir na exploração das ruínas, acreditando que seria o caminho mais lucrativo para todos. Lotar desdenha da teoria sobre as ruínas serem originárias de elfos negros e acha arriscado e sem sentido partir para a exploração dos subterrâneos, mas em princípio não propõe outra alternativa.

 

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