sábado, 26 de novembro de 2022

OLD DRAGON Sessão C2 A torre na floresta

 

22/11/2022

Os novatos, com a mente atribulada pelas informações sobre a missão, conversam agitadamente.

“Mas e a menina, o que fazemos com ela depois? Não vai ser arriscado pra ela ser resgatada e voltar pras fazendas?” questiona Chopin.

“Por isso que já estamos espalhando por aí esse papo de que tem um grupo de bandidos atuando pra esses lados. Se ela sair bem de lá, a gente resolve o que fazer com ela. E dependendo do que vocês fizerem com as ratazanas, a gente não vai ter esse problema.... mais isso quem decide são vocês”, sorri Bigsyg.

O mateiro então se despede e desaparece na escuridão da floresta.

 Como uma “colher-de-chá”, Alethéa e Gambá fazem a guarda durante a noite.

Quando os novatos vão acordando na manhã seguinte, se deparam com Bigsyg e Gambá preparando um café. Amontoadas próximo a uma árvore, três mochilas surradas com os equipamentos pedidos.

“Menina, uma novidade pra você: vai junto com os novatos pra ajudar, mas toma cuidado pra não mostrar essa tua cara bonita” diz Bigsyg à surpresa Alethéa, que concorda com a cabeça.

O rude homem mostra a direção que devem seguir até a Terra dos Taylor, conforme o grupo havia optado.

Barin toma a dianteira. O caminho é de floresta densa, muita vegetação e raízes grossas se opõe ao progresso do grupo.  

Faltando pouco tempo para o sol estar completamento a pino e as pernas começando a doer, Barin identifica a vegetação começar a se espalhar e logo adiante, nota que estão próximos das plantações. A notícia é boa, mas poderia ser melhor: pretendiam chegar bem no centro da área das plantações, mas acabaram encontrando seu extremo leste. Se aproximam da pequena casa da última das fazendas, e uma senhora explica que o “centro” da Terra dos Taylor fica a pouco mais de 1h de caminhada no sentido oeste, seguindo pela pequena estrada que corta a região. Os viajantes pedem discrição à senhora quanto a sua passagem pela fazenda.

A estrada é estreita mas fácil de caminhar. Passam por uma ou outra carroça e alguns carrinhos puxados pelos próprios fazendeiros, até que avistam um grupo de não mais que meia dúzia de pequenos galpões, que acreditar ser a sede da Terra.

Barin pergunta pelo Velho Taylor, e indicam um dos galpões.  Lá conhecem o velho e começam uma conversa. Mostram a pequena pedra lisa com a runa e o Velho Taylor os conduz para o fundo do galpão. Perguntam sobre a disponibilidade de cavalos. O velho lamenta, mas não tem como ajudá-los. Cavalos são escassos e fundamentais para as atividades das fazendas. Rajnesh diz que precisam seguir o mais rápido possível, para que consigam resgatar a menina. Os olhos de Taylor se arregalam e o queixo cai: “Vocês vão resgatar a menina, Nádia?!”

Taylor, aos gritos, ordena que seu neto traga o cavalo da carroça, e que vá até os outros galpões verificar os que lá estão. Os companheiros pedem cinco cavalos. Taylor olha duvidoso para Barin e Chopin... “Sou o melhor cavaleiro lá na minha terra, cavalgar é comigo mesmo!” afirma o halfling.

Os cinco cavalos são trazidos, e Chopin olha desconcertado... “Lá na minha terra os cavalos são menores....”

Taylor se diverte ao ver a dificuldade de Barin e Chopin em montar nos cavalos e sugere que compartilhem a montaria com alguns dos outros. Dessa forma Barin monta com Alethéa, Chopin com Melo e Rajnesh segue sozinho.

O velho diz que a carroça dos soldados havia partido no dia anterior e deveriam te acampado no entroncamento da estrada. Seguir pelas estradas certamente seria mais rápido, pois a floresta nos arredores é muito densa. O grupo agradece e segue a trote enquanto engolem os pães com salame e linguiça que os aldeões lhes serviram de almoço. O tempo é curto.

Cruzam a estrada dos Taylor a galope e ao chegarem ao entroncamento, Rajnesh identifica os rastros de acampamento e novas carroças vinda da outra estrada. Seguem em direção das montanhas.

As histórias das Montanhas do Grifo são conhecidas de Barin. Havia ali uma fortaleza anã que acabou sucumbindo à exaustão de suas minas. A população faminta acabou por se exilar em Irônia, mas dizem que o senhor anão e sua guarda permaneceram ali irredutíveis e jamais abandonaram os salões de seu lar.

Com as formações rochosas já bem destacadas na paisagem, notam adiante na estrada a traseira de uma carroça. Abandonam a via principal e se embrenham desmontados na floresta.

Rajnesh segue sorrateiramente a frente para examinar a situação. Chopin leva os cavalos para mais distante. Algum tempo depois o homem retorna: “Uma torre de dois andares com ameias e uma porta aberta. Diante dela, quatro soldados numa fogueira, dois deles porta, espadas. No pequeno caminho entre a torre e a estrada, quatro carroças estacionadas e alguns cavalos amarrados nelas.”

É hora de planejar.     

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