Gritos guturais reverberam pelos corredores.
Um dos orcs já havia caído pelos golpes de Sikrad e Rymn. Outro dos invasores que estava mais próximo do corredor, começa a gritar desesperadamente.
Thorn acerta uma flechada. Eri se esgueira, e apunhala outro no limite da escuridão.
Por trás do orc que encarava Sikrad na abertura do corredor, o soldado nota que algumas das criatura correm da área de escuridão e retornam desesperadamente pelo corredor. Sikrad grita para Gondorim encerrar a escuridão.
Apenas dois orcs continuam na sala, guardando o corredor enquanto seus companheiros fogem. Gundabad ergue a maça, e termina o serviço iniciado por Erisdrale.
O último dos orcs então bate em retirada pelo corredor, sendo atingido por uma flecha de Thorn. No encalço deste, Sikrad e Gundabad o alcançam e liquidam-no.
Alcançados por Eri, notam quando o último dos orcs em fuga vira por um túnel a esquerda.
Thorn se junta a eles, enquanto Gondorim e Rymn examinam os corpos. Poucas moedas, armas de baixa qualidade e duas pequenas picaretas. Rymn recolhe tudo.
O grupo perseguidor se esforça, mas os orcs correm por suas vidas e começam a se distanciar. Passam reto por um cruzamento de túneis.
O folego dos anões carregados começa a faltar e alguns já acham que perderiam os invasores nos corredores.
O corredor é comprido e os orcs rápidos... de súbito, como um relâmpago saindo de um corredor lateral mais adiante, algo grande ruge e cai sobre os orcs desferindo ataques poderosos. Os orcs desesperadamente tentam se desvencilhar do atacante e urram em desespero... até se calarem por completo.
Ali, onde estavam as criaturas, o chão está coberto por uma massa disforme de carne estraçalhada encharcada de sangue.
Os anões paralisados, observam enquanto um enorme urso branco com a cara ensopada em sangue ergue os olhos calmamente e os encara.
Thorn começa cuidadosamente a recuar pelo túnel. Gondorim e Rymn em instantes se encontrarão com os demais.
Após alguns segundos em que os olhares permanecem fixos uns nos outros, o urso bufa, e vagarosamente segue pelo corredor adiante. Notam que placas de metal cobrem sua fronte, peito e pernas."O que era aquilo?" perguntam uns aos outros.
"Pelo menos parece que ele também não gosta dos orcs" pontua Gundabad.
Gondorim e Rymn alcançam os outros estáticos, a tempo de ver na distância o enorme urso aos poucos ir mudando de forma e aos poucos assumir uma postura ereta, na forma de um homem e se distanciar do grupo.
Gundabad diz "Já havia ouvido sobre sacerdotes que se voltam para a natureza e com o tempo conseguem assumir a forma de animais..."
Gundabad, Eri, Sikrad e Thorn disparam atrás do estranho.
Gondorim e Rymn examinam os restos dos orcs. Rymn acha os restos do que deveria ser um mapa, arruinado e banhado em sangue.
Gondorim fica em silêncio, Rymn olha para ele enquanto o velho anão retira cuidadosamente dos trapos de um dos orcs um cristal vermelho.
"Ei você, o que você está fazendo nas nossas minas?" grita Eri.
A figura para no meio do corredor e lentamente se vira na direção dos anões. Um elfo de longos cabelos negros salpicados de branco encara seriamente o grupo.
A visão assombra a todos. Por muitos e muitos anos elfos não são vistos em Calenglad. A maioria desses anões, jovens para os padrões de seu povo conhece o povo orgulhoso através de histórias e figuras, mas certamente nunca viram um deles em carne e osso. Um silêncio desconfortável toma o lugar.
"Esse é o problema dos anões, acham que tudo pertence a eles. O que VOCÊS estão fazendo aqui?"
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