sábado, 27 de maio de 2023

DCCRPG Sessão A2 - Marinheiros do Mar sem Estrelas Parte 2

Saudações ilustres aventureiros!

O áudio da sessão está registrado aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=ibYM15Z1nvU

Mas para quem preferir...

Aqui continuam os registros do velho Althymanhus, o Escriba, sobre a Saga dos Aldeões da Vila das Cabras.

Com os corpos dos filhos de Justino, o ferreiro, e de Neneco, o lenhador, mortos e ainda envoltos numa estranha nuvem verde, os aldeões olham ao longe as muralhas da estranha fortaleza, sobre a qual uma flâmula esfarrapada de cor negra, tremula ao vento exibindo o símbolo de um crânio roxo.

Valença, o coveiro, deposita sobre o pônei Gumercindo o corpo de Neneco, e amarra o animal a uma árvore próxima. Marreco recolhe o machado do lenhador. Martelada, abalado com a constatação da morte dos rapazes, que praticamente eram seus afilhados, diz que retornará com os corpos para a Vila das Cabras, mas é demovido da ideia de tocar nos rapazes por Marreco. "Vocês estão certos. Vamos entrar na Fortaleza e o que houver de profano ali dentro, traremos abaixo!"

A família Berto, Marreco, Valença decide contornar a fortaleza para conhecer melhor o cenário.

Enquanto isso, pelo caminho que serpenteia até a entrada, Cino Bilada, Terra-mansa, Maneco, Buteco e Zara seguem para examinar a área do pórtico. Vencendo a ligeira elevação onde se encontra a fortaleza, notam que a muralha deve ter mais que a altura de três homens e não é formada de blocos organizados e assentados com algum tipo de argamassa, mas sim grande rochas rudimentarmente acomodadas umas sobre as outras, entre as quais, de fendas escuras brota vegetação e eventualmente água de lá escorre. Diante do pórtico, poucas tábuas do que teria sido uma ponte levadiça cruzam sobre um poço até a entrada. Um gradil de metal encontra-se entreaberto, suspenda pouco mais de um metro do chão. Encimando o pórtico, três grotescas estátuas de sapos parecem preparadas para regurgitar algo sobre quem ousar atravessar a ponte.

O grupo que examinará a área do entorno, contorna pela direita, rapidamente passando pela única torre que se destaca. Examinam a muralha leste logo notam algo inusitado: cerca de metade da muralha leste desabou, revelando parte do pátio interno da muralha, mas não encontram as rochas resultantes do desabamento. Surpresos, tentam entender a bizarra paisagem. Mato cobre o pátio interno e Maneco, o elfo silvícola nota um estranho espinheiro em determinado local do pátio. Colombo, o elfo navegador, lança mão de sua luneta e busca uma melhor posição, e além do que Maneco havia notado, percebe que na região onde deveria estar a muralha, um buraco se abriu.

Colombo, Valença e Triberto decidem avançar mais próximo do fosse para tentar entender o que há ali. Um enorme fosso que se revela largo e aparentemente profundo, e uma espécie de névoa emana lá de dentro. Colombo segue adiante, quase hipnotizado pelos rostos na névoa que transparecem dor e sofrimento. Seus passos são incertos, e o elfo de repente sente que o chão parece vibrar com seus passos, como se o chão fosse oco... tarde demais: a terra na beirada do fosso começa a se desfazer, e o chão sob o elfo desaba. Instintivamente Valença estica sua pá em direção a Colombo, e com a outra mão, agarra o braço de TriBerto. O elfo chega a sentir seus pés balançando no vazio, mas é salvo graças a ação de Valença. O névoa chega a envolver Colombo por alguns instantes, e seus companheiros acreditam ter visto as feições desfiguradas do navegador, sofrendo como os outros rostos. Mas assim que o retiram dali, tudo volta ao normal. Uns ouvem a repiração ofegante dos outros.

Colombo estica a mão a Valença e diz "amigo, você me salvou da bruxaria que habita lugar. Se tiver a oportunidade de pagar por este ato, o farei".

Antes de seguirem adiante, Marreco dá mais uma olhada para dentro do pátio, e nota distante, em meio a vegetação, uma pequena formação de pedras empilhadas e uma estrutura de madeira próxima e o estranho espinheiro.

A muralha do fundo da fortaleza parece intacta, mas a parede oeste também sofreu um desmoronamento, mas dessa vez blocos de pedra enormes se encontram irregularmente empilhadas umas sobre as outras ribanceira abaixo. Temerosos sobre uma possível avalanche, decidem seguir adiante e se juntar aos companheiros próximos ao pórtico.

Depois de alguma discussão, decidem tentar escalar a muralha à esquerda do pórtico. Emendam duas cordas, além de um pedaço de corrente.

Marreco gira a corda, e com a corrente haviam improvisado um laço, que na primeira tentativa envolve o beiral lá em cima.

Zara tenta subir pela corda, e não consegue.

Sem dificuldade, Marreco escala a parede de pedra usando a corda. Assim que chega ao topo da muralha e tenta observar o ambiente , dois pares de mãos o agarram e puxam para o passadiço... incrédulo, o elfo vê diante de si um humanoide de pela negra e lustrosa com uma bizarra cabeça de formiga, e um outro cuja carne parece ter parcialmente derretido formando grande volumes de pele pendurada, e a cabeça de um polvo. Em desespero começa a gritar e se debater.

"Socorro! Socorro! Vão me fritar" ouvem lá de baixo os gritos do elfo.

DosBerto e Alceu firmam a corda para facilitar a subida. Mas alguns dos aldeões têm dificuldade em subir pela corda.

"Eu tenho salmonela" continua gritando o elfo, e consegue se soltar de uma das criaturas.

Maneco consegue subir pela corda e Buteco corre e penetra no pórtico.

Colombo se afasta o suficiente para conseguir notar a cabeça de Marreco e uma disforme e enorme cabeça de formiga lá em cima, e dispara uma flecha, mas erra. Martelada corre em disparada para o pórtico.

DosBerto consegue subir pela corda, e se depara com a cena insólita e grita "Estamos sob ataque!"

Zara notando a ação de Colombo, se aproxima do companheiro élfico e dispara também, errando a flecha. Adamastor se junta aos demais dentro do pórtico.

Marreco consegue se soltar do Homem-Formiga e se afasta, Maneco, o mercenário, se aproxima da criatura e com um golpe certeiro, arranca seu braço, ela que cai ao solo se debatendo e uma poça de sangue negro começa a se espalhar pelo chão. "Eles sangram! Podem ser mortos!"

Buteco já adentrando o pátio, tenta sem sucesso achar uma escada de subida. Existem dois caminhos entre o mato que cresce desordenado ali, um segue em frente e outro à direta em direção à torre. O xamã corre pelo da direita, Martelada no seu encalço.

UmBerto não consegue subir a corda, Valença esfrega a mão na terra e consegue subir. Assim que o coveiro chega na amurada, nota que a derradeira criatura com a pela solta se dirige para um sino que se localiza acima do pórtico. Valença lança sua espátula... e erra a criatura.

Por toda a fortaleza soa a inesperado badalar de um sino.

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