segunda-feira, 15 de maio de 2023

DCCRPG Sessão A1- Marinheiros do Mar sem Estrelas Parte 1

Salve aventureiros!

O áudio da sessão está registrado aqui:

 https://www.youtube.com/watch?v=-pCV-oMzxTk&t=2776s

Obs: A ficha ai embaixo é criação do grande Thiago Roos (@thiago_roos)

Mas para quem preferir...

Aqui estão os registros do velho Althymanhus, o Escriba, sobre a Saga dos Aldeões da Vila das Cabras.


Até ontem, tudo corria bem na Vila das Cabras.

Situada numa planície verdejante, onde nas proximidades existe um antiga fortaleza em ruínas, que sucinta através do tempo rumores e comentários obscuros.

Acontece que há alguns dias, pessoas da vila e viajantes que a tinha como destino, sumiram.

Pessoas que circulavam próximos à fortaleza, relataram estranhos sons de lá.

Até que Keary e Alban, filhos do ferreiro e herbalista da Vila, Justino, que também é uma espécie de lider informal da comunidade, sumiram. Na mesma data, jovens que visitaram a noite o pomar, foram cercados por sons animalescos vindos da escuridão, mas conseguiram fugir. Notaram porém que vultos abandonaram o lugar em direção da fortaleza.

A situação então chegou ao limite.

Reunida na Taberna de Genésio, a população da Vila das Cabras é conclamada por Justino através de um discurso inflamado a defender seu lar.

Em uma mesa bebiam Maneco, o Mercenário e Neneco, o Lenhador, que com seus eufóricos gritos enebriados, acabam motivando Buteco, um xamã local e Marreco, um Elfo Silvícola que por vivia na floresta próxima (César Milman @cesarmilman).

Os gritos vindos da Taberna chamam a atenção do senhor Adamastor, o Adestrador, uma figura muito querida na vila que passava por perto com seu pônei Gumercindo, e entrando no local por entender o que acontecia, acaba conquistado pelas bravas palavras, relembrando as antigas histórias que sua avó contava sobre o quão sinistra era a fortaleza. Rapidamente convoca Alceu, o Fazendeiro e Valença, o Coveiro da cidade a se juntar a turba. Zara, uma Elfa Navegante há pouco chegara a vila após atracar seu barco no rio próximo que serve ao comércio da região, mas resolve se juntar a eles (Thiago Roos @thiago_roos).

Cino Bilada, um Armadilheiro da região que costuma atender aos aleões da Vila das Cabras se une ao grupo, assim como Colombo Cabral, um Elfo Navegador que assim como Zara, havia atracado seu barco no rio próximo e fora atraído por um estranho desequilíbrio nas forças cósmicas da Ordem e do Caos, que apontava na direção da vila. Terra-Mansa, o Coletor de Bosta, prevendo que a missão renderia muito trabalho para ele, se junta também. Porém, para surpresa de muitos, uma voz se elea acima dos demais: Martelada, o Ferreiro ajudante de Justino, um rapaz gorducho e calado a quem normalmente ninguém dá atenção, vermelho de ira convoca os aldeões. Martelada possui um carinho especial pelos meninos que sumiram, e trata-os como seus afilhados. (Essac Ogro @essac_lc).

Quatro irmãos silenciosos ouviam com atenção as palavras e os movimentos dos demais, HumBerto, o Apiário, DoisBerto o Barbeiro,  TriBerto, o Mercenário, e ZeroBerto o Merceeiro, cochicham entre si parecendo argumentar enfaticamente (Xiko do Couto @xikowisk).

A noite é agitada para todos, pois ninguém sabe ao certo o que a manhã os trará.

O sol raia na Vila das Cabras, e Marreco aborda Justino acerca de histórias sobre a fortaleza. Diz Justino "Dizem as lendas que uma força do Caos habitou a fortaleza e espalhou medo e dor pela região. A Ordem, representada por homens, elfos e anões sitiaram e combateram por vários dias, até que derrubaram os tiranos. Não se sabe se pereceram, fugiram ou se esconderam. A paz retornou. Você sabe nobre elfo, as forças da Ordem e do Caos são muito poderosas, e permanecem eternamente em embate". O velho Adamastor diz "Minha vózinha dizia isso, aquele lugar é maldição pura, nunca acreditava nela. Agora vamos lá né, vamos ver se ela tinha razão ou não. Fica tranquilo Justino, vamos achar seus filhos".

Justino lembra que a avó de Adamastor dizia sobre uma força poderosa aabaixo da fortaleza que a tudo maculava.

Colombo diz "entre os elfos, existe a história de que dois irmãos tiranos habitaram aquela fortaleza, mas não sei se isso tem a ver com os eventos atuais".

Adamastor e Buteco, o Xamã, se juntam e com um pouco de água benta e ervas fazem preces em busca de proteção.

Por cerca de uma hora caminham na estrada que leva às montanhas e logo vislumbram a silhueta da sinistra fortaleza de pedra. Conforme segue pelo estreito caminho que serpenteia colina acima, a relva dá lugar a mato seco e ervas daninhas, assim como estranhas árvores retorcidas.

Colombo, o Elfo Navegador, pega sua luneta e examina o cenário adiante. Dali observa que à direita da imponente muralha uma torre se destaca, à esquerda um portão cujo gradil parece entreaberto. Baixando a luneta em direção ao caminho que seguem, o elfo nota um tronco onde duas pessoas parecem encostadas. Ela avisa sobre o que avistou.

Adamastror pede que Colombo empreste a luneta a Martelada, que imediatamente reconhece os filhos de Justino. As opniões se dividem, alguns querem ir falar com os rapazes outros acreditam ser uma armadilha.

Marreta se angustia, Marreco pede a luneta emprestado, avança alguns metros e nota que o corpo dos raapzes parecem envoltos em algum tipo de cipó, "uma armadilha, com ceretza!".

Zara diz "já vamos descobrir..." e dispara uma flecha na direção dos rapazes... atrapalhada por um Martelada desesperado e Buteco preocupado, atrapalham o disparo que cai distante dos rapazes.

Um grupo formado por Maneco, Neneco, Martelada, Adamastor e seu pônei Gumercindo, seguidos da família Berto em bloco, rumam na direção do poste de madeira.

"Keary e Alban! Os filhos de meu mestre Justino! São eles mesmos!" se desespera Martelada.

DoisBerto resmunga com os irmãos, pega sua navalha e se adianta para cortar os cipós, enquanto TrisBerto vigia ao redor. Maneco segue cuidadosamente DosBerto, Martelada dispara atrás. Gumercindo permanece agitado por todo o caminho, e Adamastor tenta aclamá-lo.

DosBerto e Martelada notam que os cipós não só envolvem como penetram em bocas e cavidades nasais. DosBerto pede auxílio a TriBerto para cortar os cipós, mas assim que o grupo se aproxima, os cipós afrouxam suas amarras, e em instantes os meninos encontram-se soltos dos postes, porém com olhos vazios e sons inumanos vindo de suas gargantas. Tais como tentáculos, os cipós se movimentam ao redor deles.

Martelada olha incrédulo num misto de emoções, Adamastor grita "A maldição, eu disse, a maldição, o demônio se levantou!"

Maneco e Neneco tentam proteger Martelada que parece atônito, enquanto Buteco e Marreco buscam contornar os rapazes. Maneco, o Mercenário desfere um golpe certeiro no corpo do jovem Alban, abrindo um corte que ao invés de verter sangue, libera uma estranha lufada de poeira verde.

Neneco tenta desferir um ataque com seu machado, mas iludido pelo movimento do rapaz, acaba sendo envolto pelos cipós que parecem ter vida própria e rapidamente fica imobilizado por eles!

"Malditas plantas! Cortei vocês toda a minha vida e agora vocês se vingam... um dia da lenha, o outro do lenhador!" grita ensandecido.

Maneco habilmente se desvencilha de um cipó que tenta prendê-lo.

A família Berto, depois de mais uma breve discussão, decide agir: TriBerto prepara a espada e orienta que seus irmãos auxiliem o restante dos companheiros. Vários golpes são desferidos até DosBerto acerta uma navalhada no corpo de Alban, auxiliando Maneco.

Zara ao longe, busca uma melhor posição para não atingir um companheiro com uma flecha.

Alceu deixa sua galinha Jiló em segurança, e corre com seu forcado na direção da refrega.

Marreco o Elfo Silvícola atinge um osso do rapaz com seu cajado, que se quebra em suas mãos. Buteco acerta um ataque e atinge o braço rapaz.

Neneco, envolto pelos cipós que cada vez mais apertam seu corpo, houve seus próprios ossos que começam a estalar sob a pressão da planta maldita... num último esforço, Neneco tenta se soltar do abraço mortal... em vão, já enfraquecido, Neneco, o Lenhador sucumbe diante daquele poder sobrenatural... "Voltarei do inferno para te levar de lenhaaaa..." e dá seu último suspiro.

Martelada, num misto de fúria e pena, desfere um golpe contra o rapaz que acabou de assassinar seu amigo de bebedeiras, mas erra o ataque. Ao longe, Colombo com movimentos plásticos, prepara seu arco e desfere uma flecha, que atravessa o peito de Keary. A família Berto também era companheira de copo de Neneco, e os irmãos enfurecidos atacam as criaturas, DosBerto é preciso com sua navalha atingindo Alban, o assassino de Neneco, a tempo de ver Alceu passar como um raio ao seu lado aos gritos, "Por Neneco!!!" e trespassa o corpo do criatura com seu forcado, que finalmente cai morta ao chão.

Valença pega emprestado o pônei Gumercindo e dispara na direção da refrega.

Zara melhor posicionada, acerta uma flechada em Keary.

Cercado, a criatura Keary se vira e tenta atingir Buteco prendendo seu braço.

TrisBerto, o Mercenário, ergue sua espada e tendo analisando a estrutura dos cipós, desfere um golpe preciso, que aniquila a última criatura... gritos de alívio dominam a turba.

Dos ferimentos das vis criaturas, nuvens de uma estranha fuligem verde são exaladas. Por instantes os aldeões vão se silenciando e olham para o corpo sem vida de Neneco, lenhador e companheiro de copo de muitos.

Ao fundo, a sinistra fortaleza parece aguardar a chegada desses visitantes.

  

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