sábado, 13 de maio de 2023

OLD DRAGON Sessão B28 - Viagem pelo subterrâneo Parte 2

Os anões observam cautelosos as pequenas criaturas reptilianas que ao fundo do corredor, próximas à pequena fonte, tentam auxiliar aquele que havia caído os pisar num dos estrepes de ferro posicionados por Eri.

A anã ladeada por Gundabad tenta se aproximar das criaturas, "Não queremos fazer mal", diz na linguagem comum.

Os pequenos reptilianos abrem suas bocas e com línguas finas e bifurcadas do lado de fora, sibilam na direção dos anões ao se afastarem.

"Não vamos ferir vocês", tenta a anã em goblin enquanto dá mais um passo adiante. Um dos reptilianos olha diretamente para ela, e em goblin diz "Casa, sai!" e continua se afastando de volta no corredor de onde haviam vindo.

Eri explica aos demais anões, e tenta se aproximar mais uma vez. "Casa, sai!" e um pequena lança parte do grupo de criaturas, passando ao lado da cabeça de Eri.

Já preparado, Thorn dispara uma flecha na direção do reptliano que havia respondido Eri, que transpassado, sibila desesperado enquanto morre. "Esses kobolds tão conversando muito, despacha logo", diz o anão.

A anã que já trazia discretamente a funda preparada atrás das costas, gira rapidamente a pedra e a solta, acetando em cheio a cabeça de uma outra criatura, que não emite som nenhum enquanto cai abatida ao chão do túnel.

Gondorim acerta a boca de um dos que sibilavam mais atrás e tentava fugir, a flecha atravessa o crânio da criatura e penetra na pedra do túnel, deixando-a pendurada na parede.

Rymn tenta desferir um ataque, mas sua espada raspa na parede de pedra e rola pelo chão. O reptiliano vê o anão desarmado e escancara a bocarra com a língua para fora sibilando. Rymn grita desesperado quanto daquela boca, uma chama amarela atinge em cheio  a mão que protegia o rosto, deixando imediatamente bolhas na carne chamuscada.

A maça de Sikrad já emitia uma sútil luminosidade no túnel, e o anão avança e esmaga o  crânio de outra das crituras. 

Thorn dispara contra aquele que havia acertado Rymn, derrubando-o.

"Calma, não vamos machucar você", Gundabad tenta se aproximar do último sobrevivente com uma bandagem na mão. Erisdrale contorna este, deixando a criatura encuralada entre ela e o clérigo, que notando a movimentação, sibila em direção da anã, atingindo-a com a pequena chama de leve no rosto.

Gundabad vendo o ataque, desiste da criatura e desfere um golpe com a maça, mas erra. O clérigo atinge em cheio as costas de Rymn que tentava recuperar sua espada no chão do túnel, e grita desesperadamente de dor com o golpe.

Sikrad tenta dominar o inimigo, mas tropeça em Rymn e cai.

Thorn, gritando também, se joga sobre o reptiliano e finalmente o subjulga.

Amarram a criatura, Eri tenta falar em goblin com ela, que simplesmente se debate, sem parecer entender. Eles notam que será infruifero tentar conversar com ela.

Gundabad não vendo outra saída, desfere o golpe de misericórdia.

"O churrasco tá garantido" sorri Sikrad.

Sikrad começa a abrir os reptilianos e descobre uma carne branca e suculenta, que anima muito o anão. Gundabad pede ajuda ao guerreiro, e começa a separar o couro dos reptilianos.

Gondorim resmunga "Nunca ouvi falar que kobolds cospem fogo... Gundabad, deixa um desses bichos que eu quero examinar".

Por algum tempo os três trabalham. Eri que havia se sentado ao lado para acompanhar a atividade, acaba dormindo encostada na parede. Thorn e Rymn dormem sem cerimônia.

Com objetivos diferentes, facas e adagas trabalham os corpos, mas os três anões acabam notando algo em comum: apesar dos corpos já perder temperatura, estranhamente os pulmões das criaturas permanecem quentes. Sikrad também reconhece que o órgão é de uma textura firme, porém perfeita para colocar na brasa, e fica com água na boca.

Continuam os trabalhos, e Gondorim pede que separem todos os pulmões. O velho anão em determinado ponto experimenta pressionar um deles contra o chão, e para sua surpresa, uma fagulha salta de um orifício.

Quatro horas já haviam se passado. Gondorim, Gundabad e Sikrad se sentem cansados, e a têm certeza de que ainda precisam repousar, mas de súbito o velho anão acredita ter ouvido sons no corredor adiante.



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