03/08/2022
“O clérigo, onde está o clérigo?” grita Isiscarus. “Não temos clérigo!” responde irritado Valgrim. “Então Água Benta, alguém comprou Água Benta... alguém deve ter comprado Água Benta!!!”, retruca o pequenino.
Teebo se agarra aos trajes de Bauron, Lotar de Hildebrand encostado na parede oposta, retorna alguns passos pelo corredor. Valgrim sem tirar os olhos daqueles dedos descarnados, retira um poucop da água do Poço de Duralis... Isisacrus ainda balbuciando sobre clérigos a Água Benta, gira desesperadamente uma pedra em sua funda.
Ao tempo que Lotar ergue desajeitadamente sua espada, a pedra deixa a funda Isiscarus, e em alta velocidade atravessa carne e osso poderes do crânio de um dos desmortos que se espremem contra a porta de barras de ferro. Aquele especificamente para de urrar e cai mais uma vez morto. O sorriso do halfling dura pouco pois no lugar do caído outros dois se colocam, e mais urros horrendos ecoam no corredor por detrás deles.
Valgrim tremulo tenta aspergir um pouco da água de Duralis sobre as criaturas, mas não escuridão não tem nem certeza de que as gotas seguiram na direção certa. Por duas vezes Lotar erra ao tentar atingir uma das criaturas e angustiado com urros e Teebo que grunhe aterrorizado a seu lado, Bauron desfere um golpe com sua maça que arremessa corredor a frente o braço de uma das criaturas.
Enquanto Isiacrus, Bauron e Teebo recolhem a tampa intacta de um dos sarcófagos e pedaços daquela que foi quebrada, Valgrim tenta acertar um flechada, que se perde na escuridão do corredor fechado pela porta. Os urros inumanos vão se intensificando por detrás da porta.
Teebo diz a Bauron “Um Xamã, precisamos de um Xamã...”
O grupo acha então temerário seguir, os urros ecoam pelos corredores e só os Deuses saberiam o que mais pode ter sido acordado na escuridão. De comum acordo, resolvem deixar as Catacumbas. Ao passarem pela primeira bifurcação, Bauron para para ouvir o corredor que não haviam explorado e ao longe ouve os estranhos grunhidos dos mortos vivos... pede que mantenham o silêncio e cuidadosamente tomam o caminho da saída.
É meio da manhã e uma chuva fina cai sobre o cemitério (6). Isiscarus olha ao redor e ninguém circula pelas proximidades e rapidamente solta a corrente com o cadeado que estava apenas encaixado e Lotar lhe entrega um cadeado recém comprado, do qual possui a chave.
Enquanto andam começam a debater. Nas proximidades do cemitério existe o único e pequeno Templo de Exdos (T3) em Rycote. Exdos é o patrono da justiça e da guerra e como lembraram Valgrim e Lotar a partir das pesquisas do anão na biblioteca, existem lendas de que Exdos teria ascendido a divindade na ilha de Vanir, para onde aponta o mapa recuperado por Isiscarus dentro da estatueta da Senhora da Serpente. Por outro lado, não muito distante ainda no Distrito Norte há um dos grandes Templos de Earus (T1), patrono da ordem e da vida, cujos clérigos são particularmente conhecidos por caçarem mortos-vivos. Decidem seguir em busca de ajuda de Earus.
A entrada do templo é marcada por grandes pilares do mais branco mármore retirado das antigas ruínas. Adentram a nave principal e logo são recebidos por uma jovem que se apresenta como Jane. Explicam a urgência de falar com um dos Altos Sacerdotes de Earus, mas a noviça explica que infelizmente estes ainda se encontram absortos nos ritos matutinos e que só durante a tarde estariam disponíveis. Uma áspera discussão acontece entre o grupo e a sacerdotisa. Um jovem de pele e cabelos negros, olhos claros e andar altivo que estava anteriormente estava conversando com Jane se aproxima do grupo.
Apresenta-se como Gerardus, um sacerdote de Exdos, e para terminar com o clima desconfortável, se oferece para acompanhar o grupo na investigação. Questionam sobre seu conhecimento sobre mortos-vivos, ao que responde estar apto.
Retornam até o cemitério (6). Pela primeira vez Gerardus entra nos opressivos corredores das Catacumbas dos Esquecidos e o sacerdote resolve lançar Luz em sua maça. O grupo não interfere quando o clérigo para em determinados pontos para examinar placas de pedra e corredores. Não reconhece a runa discretamente gravada nas placas da parede. Passam pelas portas de madeira arrombadas e ao passarem pela última bifurcação, Bauron segue alguns passos adiante para verificar se ainda há sons à distância. Nada ouve, mas nota uma porta de madeira fechada a alguns passos. O grupo abandona temporariamente a sede de cobiça e retorna ao caminho conhecido.
Chegam à porta de grades (A). Apenas encontram o cadáver da criatura que Isiscarus havia abatido e o braço decepado por Bauron. Examina o cadáver e acredita que não mais se levantará. Diz ser um zumbi e alerta sobre suas mordidas possuírem algum tipo de perigo do qual não se lembra no momento.
Valgrim explica que precisam seguir adiante e questiona se Gerardus sobre seu interesse em continuar. Intrigado pelos achados, o clérigo declara seu desejo em continuar.
Seguem até a parede ilusória (B) e Bauron a atravessa para espanto de Gerardus. Quando o clérigo se prepara para atravessá-la, ao fundo detrás de mais uma porta de grades, ouvem um grunhido distante. Se apressam.
Alcançam a placa solta (E) que oculta a passagem para os esgotos, e descem pela escada além.
Passam pelo grande pilar que despeja mais dejetos no esgoto e dobra pela direita pela primeira vez.
Chegam até a plataforma das colunas e estátuas onde haviam defrontado os elfos negros. Bauron localiza a nova parede ilusória e nota que um rastro de sangue segue dali até o canal do esgoto. Alguma coisa havia carregado o cadáver do anão com o qual ele e Drev haviam combatido.
Ao adentrarem a sala escondida veem a estranha moldura de um portal de pedra na parede a frente. Gerardus fica no seu centro iluminando a tudo com a encantamento de Luz que havia lançado em sua maça enquanto Bauron examina um jarro de cerâmica que existia sobre um balcão de pedra. Acima do balcão há um painel com pequenas imagens de cavalos que Lotar passa a examinar. Valgrim evoca o encantamento de Detectar Magia e apesar de identificar emanações no jarro e em pequenos pontos próximos a parede, diz malandramente a Lotar que o painel também possui magia.
Bauron recolhe o jarro. Lotar nota que existem algumas imperfeiçoes em alguns dos cavalos, e com sua pena e tinta começa a corrigi-las. Valgrim encontra num dos cantos cacos de um jarro semelhante ao que Bauron havia encontrado, mas o que realmente emana magia são pequenas bolas de vidro das quais o anão recolhe cinquenta.Adiante, inerte, o portal permanece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário