domingo, 14 de agosto de 2022

OLD DRAGON Sessão B8 O segredo no espelho

 

12/08/2022

Os desmortos haviam sido enviados para seu novo descanso, mas o desespero tomava conta do coração de Gondorim. Aos poucos Soturno voltava a se mover, mas Gundabad permanecia inerte no chão do grande salão de mármore rosa.

Gondorim ao mesmo tempo que chamava pelo filho, examinava o ferimento provocado pela mordida do carniçal. Gundabad parecia respirar, seu coração ainda batia, mas braços e pernas permaneciam rígidos.

Os companheiros ajudam Soturno a se levantar com dificuldade, e Gondorim continua chamando pelo nome do filho e após angustiantes minutos, o seguidor de Duncandin vagarosamente começa e movimentar seus dedos. Aos poucos a vontade vai retornando ao corpo de Gundabad.

“Duncandin manteve seu punho forte nos protegendo”.

Gondorim com um pouco de água e sabão, limpa os ferimentos de Gundabad e Soturno.

O grupo discute rapidamente sobre continuar ou bater em retirada e Gundabad declara que para continuar precisará mais uma vez apelar às dádivas de seu deus. Eri questiona o clérigo se naquele lugar Duncandin ouviria suas preces.

Gundabad com as duas mãos suspende um pequeno martelo preso por uma fina corrente de prata em volta se pescoço e clama fervorosamente pelas dádivas de Duncandin. Uma sutil aura envolve o pequeno martelo e aos poucos vai se transferindo para às mãos de Gundabad, e então envolve seu corpo. Apesar de ainda sentir a dor em seu braço, o clérigo sente parte de seu vigor restabelecido.

“Prima, nunca duvide da benevolência de Duncandin. Zeloso, ele permanece vigilante”. Erisdrale silenciosamente aquiesce.

Gondorim diz ao grupo que em determinado momento, notou no grande espelho montado na estrutura de pedra, olhos observando-os durante o combate. Se aproximam da estrutura do espelho, Thorn segue até a entrada à esquerda de onde vieram os carniçais e permanece de guarda.

Feita em pedra, a estrutura possui seis degraus que chegam até as estátuas de dois elfos armados com espadas, que ladeiam a superfície de pedra onde está preso o espelho. Eri e Gondorim acreditam que a estrutura como um todo não está cravada ou presa no chão.

Gondorim toca a superfície do espelho, e tal qual uma pedra caindo na superfície de um lago, uma onda circular vai se afastando daquele ponto e se perda nas beiradas do espelho. “Um vulto! Atrás daquela pilastra!” grita a velho anão. Eri e Soturno correm para o pilar indicado, mas não encontram nada.

Por vários minutos os anões investigam a superfície do espelho, tocam-na e examinam seus detalhes. De repente, a imagem no espelho mostra que do pilar que Gondorim havia indicado, uma figura encapuzada vagarosamente vai se revelando e passa a passo vai se dirigindo ao espelho.

Os anões olham ao redor. Nada de diferente é notado aqui.

Um velho apoiado num cajado se dirige até os degraus e parece olhar adiante. Os olhos são os mesmos que Gondorim havia notado durante o combate. Os anões tentam interagir com a imagem mas não obtêm reposta, até que repentinamente notam o velho olhar para o rosto de cada um deles e dizer “Isso será interessante”. Se afasta e retorna para trás do pilar de onde havia saído. Por vários minutos, os anões permanecem desconcertados olhando o espelho.

Finalmente resolvem seguir adiante. Examinam a grande figura que cobre todo a parede atrás do espelho. Gundabad e Gondorim acreditam que esta não possui relação com os conhecimentos divinos, muito menos com as tradições dos anões.

O corredor à direita que sai do Salão dos Pilares segue por cerca de 6m e parece virar também a direita. O corredor à esquerda do Salão, onde Thorn havia permanecido de vigília, segue por aproximadamente 12m e vira a esquerda. Decidem pela esquerda.

O corredor possui o tradicional mármore rosa e a onipresente iluminação. No fim do corredor, virando à esquerda, uma porta de madeira entreaberta bem construída e com rebuscadas padronagens dá acesso a uma sala que Erisdrale cuidadosamente examina da entrada.

Uma sala mobiliada com dois sofás e dois divãs, cujos estofados sofreram com a ação do tempo. Uma pequena mesa sobre um tapete estampado e sobre uma das paredes uma outra tapeçaria de uma mulher de cabelos negros segurando uma bússola. Examinam tapeçarias e paredes, cobertas ou não e Gondorim leva de lembrança um bule de prata que repousava sobre a mesa.

Desta sala, na parede oposta a porta por onde entraram, existem dois corredores.

O grupo segue pelo corredor à esquerda, tomando os cuidados habituais.

Chegam em uma nova sala que possui uma tapeçaria na parede com padronagens azuis e amarelas. Dela, um corredor segue pela parede à esquerda e duas portas de madeira, à frente e à direita.

Erisdrale olha pela fechadura da porta à frente: uma cama coberta por um mosquiteiro.

Ao olhar pela fechadura à direita, consegue vislumbrar outra cama com mosquiteiro, uma penteadeira... diante da penteadeira uma mulher está sentada, penteando cuidadosamente seus longos cabelos loiros.

A anã cuidadosamente tenta abrir a fechadura trancada, mas não consegue.                  

    

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