quinta-feira, 18 de agosto de 2022

OLD DRAGON Sessão A16 Algo se esconde próximo ao mar

 

17/08/2022

 Alguns permanecem olhando o batente de pedra que provavelmente demarca um portal, enquanto outros dão a última olhada ao redor da sala.

Não encontrando nada, voltam sua atenção para o jarro. Colocam uma das bolinhas dentro dele. Imediatamente, uma suave luminescência branca toma conta do vaso, e semelhante iluminação começa a subir pelas laterais do umbral, atingindo a metade de sua altura, para seu curso e repentinamente se apaga. Em instantes, a iluminação do vaso se apaga também.  

Lotar em determinado momento diz “Bem, vocês realmente querem tentar abrir esse portal?”

“Lotar, fica quieto e a bota a cabeça pra pensar!” responde Isiscarus.

Das bolinhas que Valgrim havia recolhido, transferem todas para dentro do vaso. Mais uma vez este se ilumina, o umbral começa a se iluminar... chega até a metade de sua altura... e se apaga junto com o vaso.

Recolhem todas as bolinhas que permaneciam espalhadas nos cantos da sala e as colocam no interior do vaso. Mais uma vez umbral e vaso se iluminam, mas voltam a se apagar.

“Certamente o painel tem relação com o segredo... há seis cavalos no painel diferentes dos demais... vamos retirar seis bolinhas” declara Lotar. Umbral e vaso voltam a se iluminar... e se apagam.

“Deixemos seis bolinhas...” diz Lotar. Bauron recolhe as excedentes e as guarda consigo. O vaso se ilumina, assim como o batente de pedra. Mas desta vez a iluminação segue até o topo do umbral e a superfície interna de pedra começa a se iluminar na mesma suave luz branca.

A imagem de uma caverna com paredes e piso naturais aparece diante dos aventureiros.

“Vocês tem certeza que atravessar esse portal é uma boa ideia?”

“Cala a boca Lotar!” responde Isiscarus.

Discutem rapidamente, Isiscarus, Teebo e Bauron decidem atravessar. Assim que Isiscarus chega do outro lado é engolido pela escuridão da caverna... “Bauron, o que você tá vendo?”

“Isiscarus, só nós dois chegamos...” ouve o halfling na aflita voz de Teebo.

Na sala do portal, o grupo se entreolha perplexo quando Bauron é impedido de vencer a parede. Vêem claramente a iluminação da tocha de Gerardus ultrapassar os limites do portal e iluminar parte da caverna adiante. Começam a discutir sobre o porquê do anão não ter conseguido passar. Numa tentativa desesperada, Bauron acende uma tocha e joga-a contra o portal.

“Uma caverna, uma mesa de pedra, muita areia no chão” diz Teebo. Enquanto Isiscarus diz para Teebo que se acalme, uma tocha acesa atravessa a parede vindo do onde deveria ser o portal e cai no chão, revelando a caverna que Teebo havia descrito. Rapidamente o halfling recolhe a tocha e faz uma mesura na direção do portal e dispara para examinar a mesa de pedra.

A discussão continua por algum tempo e Lotar amarra uma adaga em uma corda e os arremessa contra o portal. Atravessam, e logo Isiscarus segura a outra ponta e começa a puxá-la. Vendo que a passagem continua aberta, Gerardus atravessa o portal e logo se vê ao lado de Isiscarus e Teebo.

Em determinado momento o portal do lado de Lotar, Bauron e Valgrim se apaga, assim como o vaso. Um som de tilintar vem de um dos cantos da sala onde estavam os cacos do segundo vaso. Notam que lá estão todas as bolinhas de vidro, e o vaso com Bauron agora está vazio. Recolhem seis das bolinhas e as depositam no vaso e o portal se abre novamente. Bauron atravessa, seguido de um contrariado Lotar. Valgrim coloca o vaso sobre a bancada de pedra e também atravessa o portal.

Isiscarus havia removido com Teebo uma grossa camada de areia da superfície da mesa e descobriram diversos entalhes regulares nela inscritos. Tocando a superfície, esta se ilumina com uma aura levemente branca como o vaso da sala de origem.

Gerardus nota um leve odor que muito se assemelha ao que havia sentido numa cidade à beira do mar, que os locais chamavam de maresia.

Lotar nota que junto à parede exatamente oposta à localização do portal existe uma maior concentração de areia sobre o chão e com a ajuda de Gerardus começam a procurar na parede alguma indicação de uma porta. Rapidamente acham um pedaço de rocha que parece se projetar mais que os outros da parede.

Bauron e Teebo inspecionam as paredes próximos ao umbral do portal, e a própria estrutura do batente. Nota que está coberto por muita poeira e após alguns instantes descobrem que há várias reentrâncias que quando livres da areia, revelam símbolo semelhantes aos encontrados por Isiscarus sobre a mesa. O halfling volta a tocar sobre a superfície da mesa, três símbolos específicos se iluminam. Quando os mesmos na mesa são tocados, o portal de pedra como um todo se ilumina revelando adiante uma sala construída em blocos, uma mesa de pedra, um vaso de cerâmica e um painel com várias repetições de pequenos cavalos. Satisfeitos com a descoberta, ouvem de Lotar “Não seria melhor voltarmos?”   

“Se fosse mais alto, te dava um tapa. Deixa de ser medroso, Lotar!” exclama Isiscarus.    

 O halfling com sua vara aciona a pequena pedra saliente na parede, que revela uma porta.

Adiante o grupo identifica uma grande caverna e logo a frente duas grandes rochas se projetam do solo.

Gerardus e Isiscarus se aproximam das rochas e notam que mesmo corroídas pela erosão, várias figuras ali estão inscritas. Em princípio peixes dos mais diversos tamanhos. O halfling identifica um ser marinho, cujo preparo feito por um mercador produziu um prato delicioso. Chama-se lula. Em certos pontos notam que misturados com os peixes, criaturas humanoides com estranhas protuberâncias nas cabeças podem ser identificadas. Gerardus lembra de certos ensinamentos que diziam haver estranhos cultos a deuses ancestrais que viviam no fundo do mar, e Lotar lembra de um livro de contos sobre viagens marítimas e piratas, em que numa das histórias havia um estranho povo que vivia nas profundezas e atacava barcos e vilas pesqueiras.

Andam mais adiante na sala e descobrem que na sua extremidade existem três túneis, um mais largo à direita que parece descer e dois mais estreitos à esquerda. Alguns membros da trupe começam a se sentir mais temerosos...

Lotar sugere examinarem os corredores da esquerda e depois de ser assustado por Valgrim, descobre que na verdade os dois se juntam mais adiante e não há saída. Mas inspecionando este túnel, nota que uma das paredes é coberta por pilhas de rochas. Os anões afirmam que um desmoronamento ocorreu ali.

Resolvem seguir pelo túnel a direita. Gerardus percebe que é praticamente uma ladeira e desce por alguns metros. Chegam a uma grande caverna, cuja altura os anões acreditam ter em torno de seis metros. À direita do caminho, o clérigo nota um pequeno lago, semelhante a outros que se espalham junto a outras paredes do ambiente. Gerardus segue com passos cuidadosos.

Em certo ponto o caminho se torna plano. Gerardus percebe que chegaram a uma espécie de área central da caverna.

O clérigo se assusta quando percebe duas figuras em trajes negros aparentemente ajoelhadas diante de uma estátua que praticamente atinge o teto.

A estátua representa um estranha figura humanoide com grandes asas de morcego. A cabeça possui olhos amedrontadores e do rosto, tentáculos monstruosos se projetam.

“Agora nós vamos embora, não é?”

   

 

 


 

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