sábado, 6 de agosto de 2022

OLD DRAGON Sessão B7 A morte espreita no Salão dos Pilares

 

05/08/2022

O tempo já havia passado e o grupo sem conseguir abrir as portas que se apresentavam diante deles na sala hexagonal revestida de mármore rosa, resolveram retornar para a sala dos caixotes levando consigo as chaves do portão.

Excitados explicam a descoberta a Gundabad e Otto. Apesar das novas um alonga discussão enove no grupo. Otto e os meninos dizem estar decididos a voltarem para a civilização, levando consigo o que restou dos mantimentos que os goblins haviam roubado. Haviam descoberto com os goblins que uma das carroças que as criaturas haviam roubadas ainda estava abandonada nas redondezas, mas que para sair do pântano em segurança precisariam da escolta do grupo. Querem a ajuda para partirem na manhã seguinte, que se tudo corresse bem, traria o grupo dos anões de volta à gruta no fim da tarde. Todos protestam e Otto diz que os rapazes precisam voltar e que gostariam de sepultar o corpo do falecido pai em sua fazenda. Gondorim e Otto discutem asperamente. Irritados, alguns dos jovens começam a chamar em sussurros Otto de “barba raspada” covarde, e quando o mercador o ouve fica enfurecido. Por fim Gondorim cede e decidem na manhã seguinte auxiliar os resgatados a voltarem para as fazendas.

 Com dificuldade dormem. A noite passa sem surpresas.

 Com a chegada da manhã, Otto prepara o que seria o último café para o grupo. O mercador diz que se for da vontade do grupo, poderia levar a corpo da elfa e sepultá-lo junto ao de Velho Tom na fazenda. Depois de uma curta discussão, Gundabad pensa na possibilidade de levar o corpo até a sala hexagonal e ver se sua presença teria algum efeito sobre as portas.

Deixando Otto, os rapazes e os goblins na sala dos caixotes seguem até a sala do portal. Usam as chaves para abrir a porta principal. Eri fica do lado de fora por segurança e começam a realizar várias tentativas. Voltam a tocar a pintura o que aciona o painel de mármore rosa, desta vez a mensagem aparece na linguagem comum, com o mesmo texto apresentando anteriormente:

“Adentras agora os Salões que por séculos o Terceiro Círculo da Dôr Angol utilizou para residir, estudar e prosperar. Tornou-se o local de repouso de três importantes sábios do Círculo em suas respectivas épocas. É determinado então que estas portas sejam e permaneçam lacradas. Visitar esta casa passa a ser de sua própria conta e risco”

Gundabad coloca óleo nos pequenos repositórios nas laterais do batente da porta de entrada. Imediatamente as setas gravadas sobre as portas se iluminam com luminescência azul clara.

Fazem várias tentativas: forçar simultaneamente as portas, chamar pelo nome daqueles representados na pintura, Gundabad conclama Dôr Angol a permitir a entrada do grupo... nada funciona.

Muitos e muitos minutos haviam se passado, quando Soturno, olhando seguidamente para as setas diz: “Isso me faz lembrar de uma bússola...”. Gondorim resmunga incrédulo e diz: “Norte”. Com um estalo sutil, a porta central se abre. Assombrados observam um corredor de mármore rosa e perfeitamente iluminado atrás da porta. Voltam a fechar as portas, pegar Eri e as chaves e voltam correndo até Otto.

Com promessas de ouro e pedras preciosas, convencem Otto a segui-los e permanecer em “segurança” guardando suprimentos na sala hexagonal, enquanto fazem um reconhecimento inicial. Atraído pela promessa de riquezas, o mercador e os garotos acompanham-nos.

Pronunciam “Norte” e a porta central volta a se abrir. Um corredor de aproximadamente 12m adiante, testam cuidadosamente o chão. Adiante vira a esquerda, e depois a direita, quando diante deles uma enorme sala em mármore rosa e cerca de 6m de altura se apresenta.  O teto é construído em arcos, oito pilares se distribuem lado a lado até o fim da sala. Notam que a parede do fundo é completamente coberta por uma imensa pintura. Antes do fim da sala, existe uma construção, talvez um altar.

Soturno e Thorn seguem pela esquerda. Gondorim e Erisdrale pela direita. Gundabad segue pelo centro.

Quase alcançando o meio da sala, Soturno nota uma passagem junto à extrema esquerda e percebe uma sombra que saindo de lá que se esconde por trás de uma coluna. Por gestos a informação circula por todos. Eri nota a existência de uma passagem também à direita.

Aproximam-se cautelosamente. Soturno nota por detrás da última pilastra, um tornozelo e pé descalço... mas a pele é estranha, negra.       

Gundabad pede que aqueles que esgueiram se apresentem e ao mesmo tempo que notam um vulto se esgueirar da pilastra para a construção, uma segunda criatura sai da passagem e com um urro inumano, corre com suas unhas pontiagudas na direção de Soturno. O anão sente perfeitamente o hálito fétido que exala da hedionda figura. Parecia que a pele negra como couro se unia diretamente aos ossos. Gundabad se junta ao primo, e Thorn ao fundo prepara seu arco. Os golpes dos anões não encontram o inimigo, nem mesmo a flecha do arqueiro. Por fim a criatura falha em seu ataque e acaba de costas para os anões.

Gondorim e Erisdrale ficam atentos e logo notam a segunda criatura deixar a cobertura do que o velho anão agora nota ser um grande espelho e se dirigir na direção de Gundabad. O clérigo grita: “Cuidado, mortos-vivos! Um mestre deve estar por perto.”

Os anões começam a acertar vários de seus golpes mas para seu terror, as monstruosidades urram e continuam a atacar.

Uma delas que já havia sido bastante ferida por Soturno, cai ao chão quando o anão desvia de sua mordida. Mas o movimento deixa seu flanco descoberto e a segunda criatura como que guiada por uma fome eterna, crava seus horríveis dentes no braço do anão... A dor é lancinante e Soturno aos poucos vai sentindo suas pernas adormecerem, seus braços se paralisam e imóvel, o guerreiro cai ao chão.

Em curta distância, Thorn abate a criatura que desajeitadamente tentava se levantar. Gondorim observa aterrorizado quanto a segunda criatura mesmo depois de atingida por uma de suas flechas, crava os hediondos dentes no braço de Gundabad... como Soturno, o clérigo vai aos poucos perdendo o movimento, até cair ao chão paralisado.

Eri sentia os braços tremerem diante da cena, mas mesmo assim girava com dificuldade sua funda... assim que libera a pedra, observa com terror o percurso do pequeno projétil. Com um som abafado a pedra atinge a cabeça da última das criaturas que lentamente vai ao chão.

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