31/05/2023
O grupo foi dividido.
Drev e Valgrim correm pela fazenda no encalço do orc feiticeiro e seus guarda-costas. Borges mantinha a corda esticada, prendendo o orc que havia ficado para trás para proteger a fuga dos demais. Teebos segue em auxílio dos companheiros.
Dentro da casa, as chamas se espalham rapidamente. A fumaça começa a dificultar a respiração de Bauron, Isiscarus, Duvel e Gerardus, que ouvem cada vez mais alto os gritos desesperados de mulheres e crianças em algum lugar na casa. Gerardus manda a mulher que era refém do orc morto fugir dali.
Do lado de fora da casa, o inimigo tenta se aproximar de Borges, que segurando a corda, contorna o oponente enrolando-a ao pescoço e sufocando o orc até desmaiar. Com o inimigo desmaiado, o elfo dá o golpe de misericórdia e quebra seu pescoço. Valgrim acerta mais um flechada nas costas do feiticeiro que urra e se vira na direção do anão. Olhares de ódio são trocados, e então, mais uma vez Valgrim ouve as palavras guturais e ríspidas que havia ouvido na noite anterior. Os movimentos do anão e de Drev começam a ficar mais lentos e difíceis, os músculos se contraem e então voltam a ouvir a gargalhada do orc. "Vamos Targon!" ouvem ao longe.
De volta a casa, o fogo se alastra consumido cortinas e papéis, e o teto já queima rapidamente. Um orc já havia sido acertado por uma flecha de Duvel, e acompanhado de outro inimigo, correm para um outro cômodo e fogem por uma porta.
Bauron, ouvindo gritos desesperados atrás de uma porta, põe ela abaixo e se depara com um último orc que lhe acerta um duro golpe de espada. Lá dentro mulheres e crianças começam a sufocar. Uma parte do teto em chamas cai sobre o anão, ferindo gravemente seu braço. Bauron grita "Saia daí, tudo está pegando fogo! Liberte os reféns e salve-se!". O orc devolve um sorriso maligno ao anão... "Anão fraco, não conhece os desígnios de meu mestre, Kazarem... Logo, todos vocês irão queimar!"
E mais uma vez o inimigo levanta a espada... repentinamente uma grande estalo é ouvido e grande parte do teto desaba, atingindo em cheio o orc. Sob os escombros, os gritos desesperados do inimigo perduram por pouco tempo. "Tolo", responde o anão.
Gerardus ajuda os reféns a fugirem da casa, Isiscarus e Duvel ajudam os mais intoxicados a fugir deixando do cômodo por baixo da cobertura que Bauron faz com o escudo. Por último, Bauron resgata uma última criança que estava desmaiada. Ao deixarem a casa, o criança abre brevemente os olhos na direção do anão e diz, "Obrigado".
Os aventureiros notam ao longe dois cavalos se aproximando e correm para se proteger no celeiro. Lá encontram mais moradores da fazenda, assim como os aldeões que haviam sido sequestrados do grupo de exilados. Bauron e Borges recolhem rapidamente Valgrim e Drev paralisados.
Assim que chegam na porta do celeiro, são interceptados pelos cavalos. Sobre eles, uma elfa e uma mulher numa armadura peculiar.
A mulher na armadura joga próximo a Bauron e Borges o corpo do orc que Duvel havia flechado mas que havia fugido, e pergunta "Onde estão os outros orcs?"
Bauron aponta para os corpos na entrada da fazenda e para a casa em chamas.
As mulheres trocam olhares, e a elfa diz "Bom trabalho."
A História de Bauron Copperhammer
por Lucas Von Lohrman @zerothepumpking
Bauron Copperhammer nasceu nas profundezas das Montanhas de Aço, no clã dos Copperhammer, conhecido por sua habilidade como mineiros e ferreiros. Desde jovem, ele foi treinado nas artes da forja e do combate, aperfeiçoando suas habilidades como ferreiro e guerreiro.
Bauron cresceu em meio à cultura anã, aprendendo sobre a importância da honra, do trabalho árduo e da lealdade. Seu clã era conhecido pela habilidade em extrair metais preciosos das montanhas e forjar armas e armaduras de alta qualidade.
Com sua força impressionante e habilidades na luta, Bauron logo se tornou um guerreiro respeitado entre os anões. No entanto, seu espírito aventureiro e sua sede por novas experiências o levaram a buscar o mundo além das fronteiras do clã. Ele ansiava por testar suas habilidades em batalhas reais, explorar terras desconhecidas e ajudar aqueles em necessidade.
Bauron decidiu deixar seu clã e partir em uma jornada solitária. Ele viajou por terras selvagens, enfrentando desafios e perigos inimagináveis. Durante suas viagens, Bauron cruzou caminhos com diversos povos e criaturas, aprendendo com suas culturas e expandindo seu conhecimento sobre o mundo.
Foi durante uma dessas aventuras que Bauron se uniu a um grupo de aventureiros contratados por um aristocrata de terras distantes para investigar o desaparecimento misterioso de pessoas em uma vila próxima. Impressionado com as habilidades de Bauron, o aristocrata o escolheu como membro-chave do grupo.
Ao chegar à vila, Bauron descobriu pistas que o levaram a uma floresta densa e sinistra. Lá, encontrou um poço misterioso que levava a um templo subterrâneo. Determinado a encontrar as pessoas desaparecidas, Bauron liderou o grupo na exploração do templo, enfrentando perigos e armadilhas mortais pelo caminho.
Foi durante essa jornada que Bauron encontrou Teebos, um kobold bêbado e triste, mergulhado em sua própria melancolia. Com compaixão e um olhar atento, Bauron enxergou além das aparências e viu o potencial do kobold. Ele estendeu a mão para Teebos, oferecendo-lhe uma chance de redenção e uma nova vida como parte do grupo de aventureiros contratados pelo aristocrata.
A amizade entre Bauron e Teebos cresceu rapidamente, superando diferenças e preconceitos. Bauron tornou-se um mentor e amigo leal para Teebos, enquanto o kobold encontrou em Bauron a figura paterna que nunca teve. Juntos, eles enfrentaram perigos, desvendaram mistérios e protegeram os inocentes.
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