06/09/2023
Finalmente os companheiros conseguem respirar, depois de várias horas de cerco e do combate intenso com o estranho humanoide azul que liderava a horda e anteriormente usava a forma de um orc, mas se revelou uma criatura muito maior e perigosa.
Borges, o Elfo Sombrio e Silencioso se junta aos demais, e rapidamente o grupo aprisiona os poucos orcs que haviam se rendido.
Borges então conta o que aconteceu durante o dia em que esteve invisível esgueirando-se entre os orcs.
"Targon, o orc que portava o colar da mão seca e que Valgrim cegou com uma flecha, conversava com o estranho orc azul, como se recebendo ordens. O orc azul e outros dos orcs maiores permaneciam no fundo da caverna, próxima a uma mesa de ripas de madeira sobre a qual um embrulho num pano preto e sujo permanecia. Tentei tranquilizar as mulheres que eram feitas prisioneiras. Quando vocês do lado de fora finalmente venceram o orc azul e entraram na caverna, consegui arrancar o colar da mão seca do pescoço de Targon que se enfureceu, e quando o combate começou aqui dentro, ele e vários dos outros orcs fugiram pelas escadas de madeira que levam para a plataforma superior.
Tentei ir na direção da mesa com o embrulho, quando de repente um dos orcs que estavam guardando-a caiu morto, um halfling surgiu ali do nada, e agarrou o embrulho. Os orcs se desesperaram e saíram correndo atrás do halfling que veio na direção do lago azul no centro da caverna, sorriu pra mim, e pulou lá pra dentro."
Ficam curiosos com a história contada por Borges. Bauron pega um dos corpos dos orcs e joga no lago, que assim que passa da superfície, desaparece.
Com muita dificuldade, Bauron pega um dos orcs aprisionados, amarra nele uma corda e joga ele no lago. Após alguns instantes a corda afrouxa, e Bauron recolhe-a intacta, sem nenhuma marca.
A curiosidade toma os aventureiros, que acreditam ser o lago alguma espécie de portal, e Drev resolve mergulhar.
O guerreiro mascarado sente rapidamente seu corpo ser puxado por uma sutil correnteza que o puxa para baixo. A iluminação do lago acima começa a diminuir e a escuridão aumentar. Rapidamente abaixo dele, nota que uma nova iluminação começa a surgir, na direção para onde seu corpo está sendo puxado, e no caminho nota o cadáver de um orc morto boiando na água. Seu corpo é levado pelo gentil fluxo a inverter a posição, e sua cabeça segue em direção a nova iluminação.
Drev emerge num novo lago, semelhante ao anterior, mas este está localizado no interior de um bosque. De dentro da água que estranhamente parece ajudá-lo a boiar, vislumbra árvores frondosas, um rico gramado. Ouve pássaros cantando e um deles passa voando sobre sua cabeça. O dia parece ensolarado, mas algo causa estranheza ao viajante. As cores são corretas, mas curiosamente são as mesmas em todo o lugar. A grama parece ser rigorosamente toda da mesma cor. Os troncos das árvores, marrons, não apresentam nenhuma diferença de tonalidade: todos são rigorosamente da mesma cor, assim com as folhagens das árvores e tudo o mais.Além das curiosas cores, Drev não nota nada de diferente.
O guerreiro mergulha de volta, faz o caminho de retorno e para surpresa dos demais emerge. "Venham!", diz e volta a mergulhar.
Surpresos e curiosos, o grupo fica um pouco indeciso mas logo Bauron decide ir, seguido por Gerardus e Borges. Isiscarus que tentava argumentar, se dá por vencido e mergulha assim como o titubeante Valgrim. Duvel permanece guardando os orcs acompanhado das mulheres resgatadas que se reuniram no interior da caverna.
O curso é semelhante ao que Drev havia seguido, indo em direção ao círculo azulado e passando pelo orc morto.
Emergem sem dificuldades do outro lado, mesmo aqueles não afeitos ao nado. Rapidamente, todos notam a excêntrica maneira como as cores se apresentam a seu redor.
De imediato Drev seguido de Borges saem do lago e se sentam no gramado sentindo a brisa agradável do lugar. Borges notando os ferimentos do companheiro, faz uma prece por sua cura.
Valgrim testa a grama, que apesar da uniformidade de cores, tem a textura e cheiro de grama normal. Nota que o céu é de um azul intenso e estranhamente uniforme.
Bauron segue na direção das árvores, em busca de sinais do orc vivo que havia mandado ou outra coisa qualquer.
Isiscarus e Gerardus descobrem uma grande parede de rocha natural e de coloração grená, onde um grande portão de pedra se apresenta. Resolvem examinar esse local. Gerardus não identifica movimentação na base do portão, e o halfling não consegue descobrir meio da abri-lo.
Bauron descobre que além das árvores, uma formação das mesmas rochas grená circunda o bosque, e em determinado ponto um portão aberto se apresenta. O anão consegue identificar um caminho de pedra e uma imensidão amarela adiante, mas dali retorna.
Um rápido debate se inicia, onde Isiscarus se mostra precupado com as várias situações seguidas em que o grupo se meteu, sem porém não conseguir chegar ao fim de nenhuma delas, e que no momento gostaria de levar as informações para Vinya e Terena em Brundoval, para regressar finalmente onde tudo começou, Rycote.
Os companheiros refletem rapidamente e com as palavras do halfling ecoando em suas mentes, decidem regressas à caverna dos orcs.
Duvel e as mulheres mantiveram os orcs amarrados e o debate volta a acender os corações.
Rememoram fatos e detalhes das últimas horas, com Borges repetindo o que havia visto. Chegam a conclusão de que há uma grande possibilidade do halfling furtivo ter roubado o que deve ser a tal arma que a horda encontrou nas montanhas, possivelmente uma espada, o que é confirmado por um dos orcs prisioneiros.
Isiscarus examina a área da mesa de madeira, e identifica que o halfling teria descido de uma plataforma estreita no alto da caverna, degolou um dos orcs de guarda e com a espada, pulou para dentro do lago.
O grupo tenta interrogar os orcs prisoneiros, mas apenas um deles contribui a contragosto dos demais, dizendo que era um escravo torturado pelo tirano Kazarem.
Decidem que seguir novamente para o lago e buscar a espada ainda os manteria alinhados ao objetivo atual, auxiliar Vinya e a Aliança a descobrir o que fazem os orcs.
Sem remroso, passam a espada nos orcs rebeldes e mantem vivo apenas aquele que havia contribuído, Zaro.
Ouvindo o debate do grupo, uma das mulheres Anisia, se oferece para levar uma mensagem para Brundoval, que é escrita por Gerardus. Pergunta ao clérigo como se chama o grupo de nobres aventureiros que salvou a vida dos prisioneiros, mas Gerardus não tem reposta para a pergunta. Ao se despedirem, trata Gerardus com grande reverência.
Valgrim decide levar o orc Zaro com ele, o que gera uma divertida discussão entre o grupo.
Atravessam o lago uma última vez.Seguem pelo portão que Bauron havia descoberto, e observam adiante um grande deserto de areias amarelo intenso.
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