sábado, 23 de setembro de 2023

OLD DRAGON Sessão D2: Os caminhos do Templo

 22/09/2023

A partir da pergunta de Buster, o Senhor dos Gatunos começa sua explicação...

“Segundo os inúmeros volumes de história que existem nas bibliotecas, Irlun existe há séculos, e nesses séculos reis chegaram ao trono e foram derrubados, famílias reais deram lugar a governadores e estes a conselhos, dinastias de linhagens ricas se estabeleceram e ruíram, e até mesmo deuses morreram. Um desses deuses se chamava Marduk, e rico e imponente ainda é seu Templo. 

Existe uma tradição obscura no submundo de Irlun, O Desafio do Templo de Marduk, e para este faço-vos um convite... 

Em um determinado local no 3o nível do templo, existe uma estátua na qual uma seiva única escorre indefinidamente. De dois em dois anos, um cristal especial termina sua formação a partir da seiva acumulada na estátua, e está pronto para ser coletado. 

O desafio de vocês consiste em adentrar o Tempo de Marduk, descobrir a sala do cristal, recolhê-lo e retornar em 24 horas. Existe uma trava encantada em certo local do Templo, que depois de aberta, se fecha novamente e somente poderá ser aberta daqui a 2 anos. 

Se conseguirem superar o desafio, cada uma receberá deste grupo a quantia de 1.000po, e mais algumas comissões.... Tudo o que vocês recuperarem de dentro do tempo, pertence a vocês.”  

Eldaryon reconhece o nome da divindade, Marduk, um antigo deus guerreiro ligado as tempestades e que teceria o destino dos homens, s seria capaz de de influenciar a clareza e sabedoria nas suas decisões.

Valgrif questiona sobre a partir de quando o tempo seria contado.

Hannes responde "O tempo será contado já dentro do templo, e vocês mesmos darão início à contagem. No momento certo vocês entenderão quando..."

Buster pergunta "é dito que se trata de uma competição... quem são nossos adversários?". Hannes responde que desta vez não há uma equipe adversária. O grupo está competindo apenas contra o tempo...

"Precisamos de algum tempo para discutir..." diz o halfling, ao que Hannes reponde "têm 10 minutos".

Os aventureiros se reúnem num círculo no meio da sala. "Eu quero ir, e quero ir agora!" diz Dagollas. "Também estou interessado" diz Valgrif.

"Isso tudo me traz desconforto... estamos cercados de foras-da-lei, prestes a invadir um templo. Isso tudo está muito errado. Não quero participar disso" diz Syr Thorvanak, cujo  rosto demonstra toda sua preocupação.

"Grande guerreiro" começa Eldaryon, "imagine a quantidade de riquezas que estão abandonadas dentro do templo e que podem financiar a propagação da palavra de seu deus..."

Valgrif apoia a linha do discurso de Eldaryon, e acrescenta que talvez hajam coisas estranhas lá dentro que possam estar conspurcando o templo.

Com os 10min quase se encerrando, ainda incerto, Thorvanak é convencido.  

O grupo transmite a decisão a Hannes, e alguns notam a cara de alívio de Elturo. O Senhor dos Gatunos olha novamente para todos com um sorriso no canto da boca, e anuncia "Ótimo, o Desafio está mantido, mas... o homem da fé não vai. Ele não é bem-vindo aqui", e imediatamente o meio-orc se posiciona arfando ao lado de Syr Thorvanak.

Começa um alvoroço tanto no grupo, como nos observadores nas sombras. "Como assim, para onde irá nosso companheiro?" perguntam. "Nós daremos um destino a ele" e o orc se aproxima um pouco mais... Thorvanak põe a mão no cabo de sua espada.  

"Nós contamos com ele. Ele é imprescindível ao grupo..." dizem Valgrif e Eldaryon.

"Mestre Hannes" intercede Elturo, "talvez a fé deste jovem não seja tão convicta assim... acredito que está confuso... e sua vestimenta indique mais um desejo de afirmação junto a uma desnecessária demonstração de força...". Thorvanak contorce o rosto mas permanece calado.

Hannes sorri mais uma vez, toma o último gole da taça de vinho, "É... talvez seja interessante. Está feito. A desafio foi aceito e o homem de pouca fé pode seguir com vocês". Ele faz um sinal para o homem de barba trançada branca com quem Buster havia conversado na execução, e este recolhe uma larga seção lateral de uma lado das cortinas. 

Na parede de pedra é possível ver 4 pequenas janelas cobertas de vidro distantes uma das outras, por trás das quais conjuntos de olhos interessados observam o grupo. Após alguns instantes, de pequenas aberturas retangulares abaixo da janelas passam pedaços de papel, recolhidos pelo Barba Branca. Ele segue até o velho homem com a mordaça de ferro e entrega os papéis. Este olha alguns instantes para Hannes que diz "dez contra". Imediatamente depois Elturo diz "doze a favor". 

O velho acorrentado rabisca rapidamente e devolve um dos papéis a Hannes que se vira ao grupo e diz "além das 1.000po, cada um de vocês terá direito a 212po caso saiam de dentro do Templo de Marduk e nos estreguem o cristal."

Angustiado, Dagollas começa a puxar a manga de Valgrif dizendo "vamos, vamos logo, vamos!"

Valgrif questiona, "como começa o desafio?"

Hannes explica que o portão principal do Templo é guardado 24h pela Guarda da Cidade, e que qualquer tentativa de subjugá-los fará disparar um alarme. Existem 3 formas alternativas de entrar: pelos esgotos, por um túnel secreto utilizado pelos poucos cultistas de Marduk em Irlun que agem clandestinamente e pela grande cúpula que existe acima do salão principal do templo. A escolha é do grupo.

Valgrif de imediato "pelos esgotos"... "esgotos não, esgotos não, não..." ouvem Eldaryon sussurrar.

O guerreiro encara o elfo que diz "os túneis, os túneis secretos..."

Valgrif então encara Hannes e pergunta "por que secretos e existem perigos ao atravessar os túneis?". Hannes sorri, "como disse, os túneis são utilizados clandestinamente pelos cultistas de Marduk. Há algumas anos atrás, a adoração de Marduk caiu em descrédito e Irlun, por conta de um arcanista que subiu ao posto principal da religião (nesse momento ele olha para o velho amordaçado a seu lado, que desvia o olhar). Experimentos sombrios, conhecimentos obscuros, magia nefasta foram estudados e praticados... Nergal era o nome desse líder da igreja na época (virando mais uma vez para o velho, que fecha os olhos). A crença foi extinta, seguidores expulsos ou executados. Poucos e anônimos são aqueles que secretamente ainda professam a fé. Sobre outras informações, você pôde notar que também tenho interesses pessoais nesse desafio... qualquer informação adicional poderia impactar meu investimento".

É madrugada. Seguindo com a jovem de curtos cabelos negros que já haviam acompanhado antes, se aproximam do imponente Templo de Marduk. A grande construção parece formada por imensos cubos de pedra com alturas variadas. No alto à distância, notam a grande cúpula que ocupa a parte central do templo.

A jovem aponta uma pequena construção circular branca próxima do templo, "aquela é uma pequena capela externa. Lá vocês encontrarão a entrada. Não se iludam, todas as entradas a partir de agora permanecerão vigiadas", dá as costas e desaparece na escuridão das vielas.

Valgrif toma a dianteira, seguido dos demais. A pequena construção circular branca, encimada por um também pequena cúpula permanece na escuridão, fechada por um portão de grades e uma corrente trancada por cadeado. Dagollas e Buster discutem por alguns instantes... um tem ferramentas mas não sabe como usá-las, o outro tem pouca habilidade sem ferramentas. Juntos tentam abrir o cadeado silenciosamente mas não conseguem.

Syr Thorvanak angustiado, passa a lâmina de sua espada entre a corrente e faz uma alavanca que quebra um elo.


Dentro da pequena capela, o anão Berthangahr acende a lamparina. Rodeando as paredes um banco de pedra contínuo, na parede oposta um grande símbolo de uma adaga envolta em chamas e uma altar redondo de pedra no centro do ambiente. Eldaryon reconhece o símbolo como o de Marduk.

Berthanghar examina a base do altar e descobre um pequeno símbolo gravado na pedra semelhante ao da parede. Pressionado, revela uma abertura secreta sob o altar que dá para uma escada de pedra.

Berthangahr desce a escada, seguido por Syr, Buster, Dagollas, Valgrif e Eldaryion. Abaixo, um corredor de pedra segue adiante, até chegar num cruzamento. O anão se aproxima e de imediato ouve sons sibilantes vindo dos corredores laterais. O anão joga a lamparina no chão, matando algumas e ferindo outras das cobras que rastejavam em sua direção. Desvia do ataque de algumas e é atingido por outra. Grita para que os demais recuem... e resolve saltar adiante pulando cobras e fogo. Se queima levemente.

Syr agora nota as cobras e diz para recuarem...

Berthangahr observa nas suas costas a luz da lamparina no chão e seus companheiros recuando das cobras, mas por um instante seu sangue gela. Da escuridão do corredor adiante, ouve novos sons sibilantes.

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