As cobras que momentos antes atacaram Berthangahr, agora avançam sobre Syr Thovanak, o próximo da fila, que grita para que os companheiros recuem.. na cabeça de todos ecoa a dúvida, recuar ou atacar?...
Do fundo, Eldaryon asperamente grita "Vamos deixar o anão sozinho?", e os companheiros vacilam...
Berthangahr encurralado por outras cobras que saíam de novo corredor adiante, resolve pular de volta para mais próximo do grupo, e mais uma vez se queima nas chamas da lamparina.Buster repentinamente saca sua rabeca das costas e começa a entoar uma melodia.
Sob o olhar atônito de todos, as serpentes parecem hipnotizadas pelas notas do gnomo. Ele se aproxima, e sem dificuldade passam entre os repteis. Inseguros, os demais também passam cuidadosos mas em segurança, e com uma pouco de óleo que ainda possuem, traçam uma linha de chamas para evitar que as cobras despertas sigam em seu encalço.
Thovanak mais agora toma a frente com a tocha que ainda arde, passa pelo cruzamento que o anão havia identificado e segue adiante, até alcançar um "T" de corredores. No da esquerda, a tocha ilumina degraus que sobem, o da direita, escuridão. Segue para os degraus.
O suposto paladino alcança uma porta de madeira, de onde não ouve sons. Ladeado por Berthangahr, abrem a porta para um cômodo construído em pedra lisa, como todos os corredores que utilizaram até agora. Aparentemente seguro, o grupo adentra uma espécie de depósito, com prateleiras que em todas as paredes até o teto, caixotes vazios, cestas de vime vazias e jarros de barro revirados. Valgrif sente cheiro de vinagre velho em um, Buster reconhece as palavras "bacalhau" e "maçã" em caixotes. Nada mais é descoberto, e o grupo segue por uma porta na parede oposta de onde entraram.
Thonavak nota que a fechadura apesar de aberta, já foi substituída por uma mais nova e possivelmente remendada posteriormente.
A nova sala se abre, cumprida para esquerda e direita, e a tocha ilumina uma também comprida mesa que acompanha a área do cômodo. Várias cadeiras estão dispostas desordenadamente ao redor. Thovanak, Belthangahr, Valgrif e Dagollas, estre estranhamente calado, dão alguns passos dentro da sala, enquanto Eldaryon e Buster permanecem na soleira da porta de entrada. Estranhamente, o gnomo sente que algo se move na sua retaguarda, sutilmente tenta buscar uma adaga enquanto sussurra aos demais "tem alguém aqui atrás..."
Buster e Eldaryon se viram, e encaram um elfo com longos cabelos loiros vestido em armadura de couro que aponta uma besta na direção de ambos, "O que vocês estão fazendo aqui?" pergunta o elfo.
"Zombando dos curiosos", responde rapidamente o gnomo enquanto pula tropeçando para dentro na sala da mesa.
Eldoryon na linguagem élfica pergunta "Quem é você?", mas mais uma vez, o elfo contrapõe com a besta apontada, "O que estão fazendo aqui?""Estamos apenas examinando o local", respondem.
O elfo retruca "Este é um templo que está fechado desde a minha infância, proibido. Por que entraram aqui?"
Buster então se adianta, segurando uma adaga apontada a frente "Sim, fechado e proibido... então por que você está aqui?"... e por alguns instantes o elfo fica silencioso... "Curiosidade".
Buster sorri. Eldaryon pergunta como o elfo se chama, e a resposta é Orgalad.
Valgrif pergunta se Orgalad faz parte da Guarda da Cidade, e o elfo sorrindo diz que não.
Berthangahr pergunta como ele os descobriu aqui, e Orgalad responde que são muito barulhentos e desajeitados. Buster sorri.
Perguntam então se ele soltou as cobras no grupo, ele diz que não, que seguia atrás dos demais e riu bastante da ação descoordenada.
"Façamos então um trato, nos acompanhe e sacie sua curiosidade. Talvez você seja útil para nós", diz nós Valgrif. Buster abaixa a adaga, assim como Orgalad faz com sua besta. Enfim, parece que uma aliança é forjada.
Valgrif acredita que o novo cômodo é uma espécie de sala de jantar, sobre a mesa o carrancudo encontra pratos velhos e quebrados assim como travessas de madeira jogadas, que aparentemente não são usadas há muito.
Algumas portas existem nas paredes, uma ao norte, uma a leste e outra a oeste, duas ao sul ladeando a porta por onde entraram.
Thovanak e Buster examinam rapidamente duas arcas, os outros únicos móveis da sala. O pretenso paladino entrega três colheres de prata ao gnomo, que as junta a faca que encontrou.
Valgrif decide seguir a norte, por uma porta dupla de madeira que mais uma vez parece ter tido sua fechadura remendada algumas vezes. Berthangahr precisa utilizar sua picareta para arrombar o cadeado que ali existe, e mais uma vez a porta é danificada.
O que parece ser uma enorme sala se abre diante do grupo, mas agora o piso é coberto por rico mármore decorado.
À distância, uma grande estátua é vista no limite da luz da tocha.Eldaryon sussurra... "Marduk".
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